MEDITAÇÃO A SÓS COM JESUS
24 de dezembroA Beleza do Jejum
E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome. Mateus 4:2.
Enquanto realizávamos um acampamento, vi que certo jovem conversava animadamente com os outros durante o almoço, mas não comia.
— Você já almoçou? — perguntei.
— Não pastor, hoje não vou almoçar porque estou de jejum — foi sua resposta. Depois explicou-me que embora estivesse com fome, tinha prometido a Deus que esse dia ele jejuaria para que Deus o ajudasse a resolver um problema.
É o jejum o ato de não comer? Ou deixamos de comer porque no jejum existe algo muito mais sublime entre Deus e nós? Vejamos o seguinte comentário sobre o jejum de Cristo:
“Cristo jejuou enquanto estava no deserto. Em constante oração diante de Seu Pai, a fim de preparar-Se para resistir ao adversário, não sentiu as angústias da fome. Passou o tempo em fervente oração, sozinho com Deus. Era como se estivesse na presença do Pai. Buscava fortaleza para enfrentar o inimigo e para ter a certeza de que receberia graça para realizar o que tinha empreendido em favor da humanidade. O pensamento da luta que tinha diante de Si fez com que Se esquecesse de todo o restante, e Sua alma foi alimentada com o pão da vida, assim como serão alimentadas hoje as almas que vão a Ele em busca de ajuda... Viu-Se a Si mesmo curando os doentes, consolando os desesperados, reanimando os tristes e pregando o evangelho aos pobres e não sentiu nenhum aperto da fome até que terminaram os quarenta dias de Seu jejum. Quando a visão terminou, então, a natureza humana de Cristo pediu alimento.” — Comentário Bíblico Adventista, vol. V, pág. 1.056.
Em nenhum momento de Seu jejum, Cristo lutou contra a fome. Deus não responderia a Sua oração porque estava passando fome. O Pai não Se alegrava com a fome do Filho, mas com a Sua companhia. A companhia do Pai para Jesus era de tanto significado que o alimento passava para um segundo plano.
Os que, por viverem uma vida de comunhão diária com Jesus, são cada dia mais semelhantes a Ele, nunca perderão de vista a essência das coisas para concentrar-se em exterioridades. Quando num dia de jejum, que deve ser um dia especial de comunhão com Jesus, o fato de deixar de comer torna-se mais importante que o companheirismo divino, alguma coisa está errada e deve urgentemente ser corrigida. No verdadeiro jejum cristão, Deus deve ocupar o centro de todos os nossos pensamentos e sentimentos. O estudo de Sua Palavra e a meditação devem absorver-nos de tal modo que “não devíamos sentir as angústias da fome”.
Na companhia de Jesus entramos numa atmosfera tão sublime, que as coisas materiais e as necessidades físicas ficam em segundo plano. A fome só aparece “depois”.
Podemos sentir a presença de Jesus como a coisa mais linda que pode acontecer em nossa vida?
MINISTÉRIO BULLÓN
MEDITAÇÃO DIÁRIA
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