Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse
Leitura Bíblica – Salmos 39Comentário: Pr. Heber Toth Armí
SALMO 39 – Precisamos olhar além da efemeridade da existência a fim de encontrar sentido para a vida.
Somos incentivados, através das sábias palavras do Salmo 39, a considerar o vazio da vida como uma força que nos impulsiona para a busca de um sentido mais profundo e um propósito mais nobre do que focar nas coisas efêmeras deste mundo.
Salomão, o filho de Davi, ampliou ainda mais as meditações e reflexões de seu pai no Salmo 39. O livro de Eclesiastes é profundamente filosófico que trata da vaidade da vida alheia a Deus e a Seus princípios. Os 12 capítulos de seu livro ecoam a mensagem do Salmo 39. Pai e filho, inspirados pelo Espírito Santo, nos lembram em seus escritos que, apesar de todo esforço humano em buscar segurança e satisfação nas coisas materiais e temporais, elas jamais oferecerão respostas satisfatórias para as questões mais profundas da vida e para a busca de significado.
• A única forma de encontrar verdadeira realização e real significado está em uma genuína conexão com Deus. Para isso, é preciso concordar com o Rei de Israel no reconhecimento da brevidade da vida, que pode ser comparada a um sopro ou uma sombra que passa rapidamente (Salmo 39:1-6). É preciso também reconhecer a futilidade dos esforços humanos em acumular riquezas, realizações e conquistas mundanas, compreendendo que tudo isso é passageiro desprovido de valor duradouro.
• Tal percepção da efemeridade humana precisa nos conduzir a orar a Deus em busca de maior compreensão da fragilidade e mortalidade a fim de encontrar um propósito mais profundo da existência (Salmo 39:7-13). Enquanto a efemeridade humana grita por socorro, a eternidade divina oferece auxílio. O Deus que transcende as limitações humanas possui uma natureza eterna. Esta percepção da eternidade divina oferece consolo e esperança ao crente diante da transitoriedade da vida humana.
O poeta, nos versículos centrais do Salmo 39, “avança com afirmações cada vez mais contundentes, até que no versículo 7, no ápice mais agudo, levanta uma pergunta desesperada: ‘Mas agora, Senhor, que esperança me resta?’” Neste exato momento ele “dá um grande salto, e vem a solução e o desfecho: ‘Tu és a minha esperança’”, destaca Ignácio Larrañaga.
Enfim, podemos perder tudo; mas, se tivermos Deus, ainda temos tudo o que precisamos! – Heber Toth Armí.
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