Reavivados
por Sua Palavra
Leitura
Bíblica - Ezequiel 7
O Juízo profetizado
Comentários de Eric Bates
Recentemente, preguei uma série de sermões sobre Ezequiel.
Quando eu cheguei ao capítulo sete, eu pulei e preguei sobre o capítulo oito.
Para ser honesto, eu saltei capítulo sete porque é um capítulo difícil. Ele
fala sobre juízo e eu sempre tive dificuldades nesta questão.
Quando eu era jovem, eu estava frequentemente em problemas.
Eu era o que minha esposa chama de uma criança “a todo vapor”. Eu estava
constantemente fazendo o que não deveria fazer e constantemente deixando de
fazer o que eu deveria fazer. Como resultado disso, enfrentei muita disciplina
e julgamento. Eu era manipulador e rápido para transferir a culpa e a
responsabilidade para outras crianças na família, mas a justiça, mesmo que
adiada com sucesso por algum tempo, sempre me encontrava com força total.
Eu nunca tive um grande interesse em juízo, de modo que
pular o capítulo sete não foi uma coisa muito difícil de fazer. Mas, enquanto
eu trabalhava nos próximos capítulos na minha série de sermões, o Senhor me
convenceu a não pular este capítulo, mas voltar para ele e pregar o que estava
no texto.
Enquanto eu estudava este capítulo e orava, algumas coisas
se destacaram para mim, como a forma completa e devastadora que o juízo divino
sobre Israel deveria ser e quão pessoal foi para Deus o ato de julgamento (observe
todos os pronomes pessoais em versículos 8-9). Que completo fracasso foram os
ídolos de Israel em protegê-los da Babilônia!
Esquadrinhei esse texto à procura de algum vislumbre da
graça de Deus, mas tudo o que eu encontrei foi o Seu juízo pessoal e abrangente.
Foi então que Deus realmente começou a falar ao meu coração.
Foi por causa da minha tendência em ver graça e juízo como se fossem
desconectados entre si, e esperar que a intensidade da graça divina fosse muito
maior do que a do Seu juízo é que eu não via a graça de Deus em Seu juízo.
Como pode um juízo estar cheio de graça? Quando, em minha
infância, minha mãe me disciplinava, seu objetivo não era apenas me punir. Seu
objetivo para mim era o mesmo que Deus tinha para Israel – o desenvolvimento de
caráter e crescimento.
A disciplina de Deus é misericordiosa, porque nos alerta
para o fato de que Deus leva o pecado a sério. A disciplina, que, por vezes,
precisa ser severa, evita que o pecado se espalhe ainda mais rápido.
Além disso, o juízo de Deus expõe quão completamente inúteis
nossos ídolos são. Na verdade, ao enfrentar o juízo, o povo de Deus jogou a sua
prata e ouro nas ruas como se fossem impuros (ver verso 19). Pela graça de Deus
em Seu juízo nós também percebemos a inutilidade dos ídolos dos quais temos
dependido para nos satisfazer e apagar nossos medos.
O juízo que Ezequiel profetizou não era eterno para Judá. No
meio de seu juízo, eles tiveram a oportunidade de se arrepender e voltar para o
único e verdadeiro Deus. Como o juízo divino continua válido também para nós,
hoje, pela graça de Deus nós também temos a oportunidade de nos convertermos
dos nossos ídolos e voltar para Deus. Há grandes novas da graça no juízo! Amém.
Pr. Eric Bates
EUA
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/eze/7/
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