Lições de vida
Leitura bíblica Ezequiel 13
Profecia contra os falsos profetas
Tendo repreendido o povo no capítulo anterior, por estar
dando ouvidos aos falsos profetas, neste capítulo, o Senhor se voltou para
repreender os próprios falsos profetas, dizendo através de Ezequiel que não
lhes havia enviado, porque profetizavam somente o que via o próprio coração
deles.
O Senhor lhes dirigiu um “Ai!”, ou seja, lhes enviaria uma
grande aflição em juízo contra eles, porque falavam em Seu nome sem nada terem
visto da Sua parte.
Em vez de fortalecerem os israelitas na verdade, como quem
faz um muro em torno de uma casa, para lhe servir de segurança, e reparar-lhe
as brechas, de maneira que pudesse resistir aos juízos do Senhor no dia da Sua
visitação, eles os enfraqueceram na confiança no Senhor e na Sua Palavra, com a
vaidade e a adivinhação mentirosa deles, e por isso o Senhor era contra eles, e
não lhes permitiria sequer voltarem para a terra de Israel, porque seus nomes
seriam apagados da genealogia do Seu povo, de modo que não houvesse sequer
lembrança deles no futuro.
Eles haviam desviado o povo de Israel prometendo-lhe paz,
quando não havia nenhuma paz entre eles e o Senhor, e uns com os outros.
Eles haviam agido como quem constrói uma parede com
argamassa fraca, e que por fim vem a cair.
Tal sucederia com a palavra deles, e com eles próprios.
A sua argamassa (palavra) fraca não poderia resistir na hora
da tempestade que o Senhor enviaria sobre o Seu povo.
Assim eles pereceriam com a queda da parede que haviam
erigido, que cairia sobre eles próprios, quando o Senhor os julgasse.
Aquela palavra falsa que vinham pregando seria portanto
destruída, e eles seriam destruídos por causa desta mesma palavra.
Além dos falsos profetas havia também as videntes, mulheres
que usavam de feitiçarias, e artes mágicas, para prognosticarem um futuro próspero
para os judeus que as consultavam, e para colocarem a alma de outros em
amargura.
O Senhor disse que a ganância delas estava destruindo as
almas que estavam caçando para atender ao seu próprio interesse, e então, como
estavam matando aqueles que não haviam de morrer, até mesmo pela paga de
punhados de cevada e pedaços de pão, e prometendo vida para aqueles que haviam
de morrer, o Senhor era contra as suas pulseiras mágicas com as quais caçavam
as almas como quem caça aves, e arrancaria dos seus braços estas almas que
estavam caçando, e não somente isto, também arrancaria os véus com os quais
elas estavam impedindo o povo do Senhor de enxergar a verdade (v. 17 a
21).
Há muitos ministros do evangelho, na Igreja de Cristo, que
agem como estas mulheres adivinhadoras, porque não se importam com a verdade
senão em falarem aquilo que esteja em conformidade com os seus corações cheios
de iniquidade.
Eles repreendem os cristãos que se consagram e entristecem
com isso os seus corações, porque lhes dizem que servir a Cristo não exige
santificação, à qual eles chamam de fanatismo; e por outro lado, fortalecem a
impiedade daqueles que andam no erro aprovando as suas más obras, porque
segundo eles, os tais aprenderam a andar na “liberdade” que Cristo veio nos
trazer, para justificarem com isso, as suas próprias cobiças e mundanismo (v.
22, 23). Colocamos liberdade entre aspas porque a liberdade que eles oferecem é
falsa, porque consiste de fato em permanecer escravizado ao pecado.
Por: Pr Silvio Dutra
"O fato de Ezequiel se referir aos falsos mestres desta forma
sugere que eles contavam com a simpatia e a aceitação do povo. O espírito da
época aprovava esses falsos mestres. Eles estavam tão mergulhado no autoengano,
a ponto de acreditar que o que diziam era de fato verdade (Ver 2 TS 2:11).
Esses supostos mensageiros divinos, no entanto foram instruídos a ouvir “ a
palavra do Senhor”.( Ezequiel 13:2) -Comentário
bíblico Adventista Volume 4-
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