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Leitura
Bíblica - Ezequiel 18
Comentários de Chawngdinpuii Chawngthu
Ezequiel 18 começa com um provérbio que era popular entre os
exilados na Babilônia: “Os pais comem uvas verdes, e os dentes dos filhos se
embotam?” (v. 2 NVI). Os exilados acreditavam que o juízo que lhes havia
acontecido era devido aos pecados de seus antepassados e não deles. E que não
havia nada que pudessem fazer sobre isso. Eles falharam em reconhecer sua
própria maldade e o papel que haviam desempenhado em trazer julgamento sobre si
mesmos. Assim, acabaram acusando Deus de ser injusto.
Este conceito errôneo originou-se da má interpretação de
passagens bíblicas tais como Ex. 20:5; 34:7 e Deut. 5:9-10 que falam que Deus
castiga a iniquidade de uma geração até a terceira e quarta geração de seus
descendentes.
O restante do capítulo refuta esse falso provérbio,
demonstrando o princípio bíblico básico que “Aquele que pecar é que morrerá” (v.
4 NVI). Embora seja verdade que gerações seguintes, muitas vezes, sofrem as
conseqüências dos pecados da geração passada, a culpa de seus antepassados não
é transferível para eles. Cada um é responsável por seus próprios pecados ou
erros cometidos e, assim, seus próprios atos serão a base da punição.
Para tornar claro que cada um é responsável por suas
próprias escolhas e que ninguém é punido pelos pecados de outros, Ezequiel usa
uma ilustração de três gerações.
Em primeiro lugar, um pai “justo que faz o que é certo e
direito” (v. 5NVI). Deus diz dele: “Ele age segundo os meus decretos e obedece
fielmente às minhas leis. Esse homem é justo; com certeza ele viverá” (V. 9
NVI). Em segundo lugar, seu filho ímpio “ladrão, derramador de sangue”. Este
“não viverá” “o seu sangue será sobre ele”(v. 10-13 ARA). Em terceiro lugar, o
neto justo “que vê todos os pecados que
seu pai comete e, embora os veja, não os comete”. “Ele não morrerá por causa da
iniquidade do seu pai; certamente viverá” (v. 14, 17, NVI).
Deus é acusado de ser injusto pelos exilados (v. 25, 29),
mas a Sua justiça é evidente em julgar cada pessoa de acordo com as escolhas
que fez. Se um homem perverso se converter do seu mau caminho e fizer o que é
certo, viverá; mas se um homem justo voluntariamente se afasta de justiça e faz
o que é mal, ele morrerá (v. 21-28).
À luz de tudo isto, Deus pede a Seu povo que reconheça seus
caminhos injustos e se afaste deles, porque Ele não tem prazer na morte do
perverso, mas deseja o seu arrependimento para que ele viva (v. 23, 32). O
urgente é para o arrependimento. Àqueles que atenderem é prometido “um coração
novo e um espírito novo” (v. 31 NVI). E isto se chama GRAÇA!
Chawngdinpuii Chawngthu
Universidade Adventista Spicer, Índia
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/eze/18/
http://www.palavraeficaz.com/
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