Lições de vida
Comentários Bíblicos - Ezequiel 7
Consequência do pecado
O profeta
Ezequiel neste capítulo possui uma mensagem dura ao povo sobre a destruição,
sobre o fim de Jerusalém pelos babilônicos. Explica o exílio como consequência
do pecado de Judá e anuncia um castigo ainda maior e enfatiza o pecado social
da humanidade – a injustiça, a insolência e a violência. (v.10)
Ao tempo em
que estas profecias eram dadas a Ezequiel, relativas ao sítio e à queda de
Jerusalém, em Babilônia, Jeremias ainda profetizava em Judá.Certamente,
chegou aos judeus, tanto de uma quanto de outra parte, o teor destas profecias
de ambos, que eram uma só revelação em essência, e nem com isso eles se
arrependeram de suas más obras.
Deus havia
alertado a Ezequiel de antemão que Ele não seria ouvido pelos judeus, apesar de
tudo o que lhes dissesse proviesse dEle, e fosse a pura verdade. Porque Deus
sabe que para haver arrependimento e conversão é necessário muito mais do que
simplesmente ouvir a verdade, é necessário ter um coração contrito perante Ele,
que odeie o pecado, e que trema da Sua presença, pelo Seu temor e da Sua
Palavra, de maneira que Ele ache um caminho para poder se revelar aos nossos
corações.
Como os judeus poderiam se converter ao Senhor
enquanto seus corações estavam apegados às riquezas que eles haviam acumulado?
Estava
apegado de tal forma, que nem sequer no sítio que estavam sofrendo, viram que
ouro e prata não matam a fome, em tais circunstâncias, porque nada se pode
comprar com eles, e nem sequer servir para pagar tributos a nações que pudessem
lhes socorrer, porque estavam em aperto e incomunicáveis, de maneira que toda a
fortuna que haviam juntado de nada lhes serviria, e não somente isto, passaria
para as mãos de outros.
Por causa
dessa riqueza do mundo eles haviam desprezado a celestial, e afastando-se dos
caminhos retos do Senhor, vieram a viver na iniquidade. Então o dinheiro se
lhes tornou em tentação e laço, que endureceu seus corações, preparando-lhes
para a destruição (v. 19).
Até mesmo os
adornos que usavam foram convertidos em soberba, lhes tornando orgulhosos, e
fizeram deles imagens de esculturas para adorá-las (v. 20).
Então o
Senhor permitiria que caíssem nas mãos de ímpios, e também que o Seu próprio
templo fosse profanado, porque eles haviam se tornado indignos de entrarem na
Sua casa e adorá-lO.
Nos dias da
sua destruição eles buscariam a paz, mas não a paz que o Senhor dá, e por isso
não achariam nenhuma paz (v. 25).
O Senhor
agrada-se em dar a Sua paz, porque é um dos Seus atributos, é parte do fruto do
Seu Espírito, mas não pode dar tal paz a quem vive na iniquidade, e que se
recusa a se arrepender de seus pecados.
Jesus é o
Príncipe da paz, e nos dá a Sua paz não conforme é dada pelo mundo, ou seja,
pela ausência de dificuldades e tribulações. Ele nos dá paz em meio às
aflições, quando O buscamos de todo o nosso coração, dispostos a tomar sobre
nós o jugo da obediência que Lhe é devida.
Fazendo
assim, sendo Seus imitadores, por sermos mansos e humildes de coração tal como
Ele, acharemos por fim a Sua paz, porque agrada-se em dá-la aos que procedem de
tal forma.
Buscar
meramente alívio de aflições, tal como os judeus fariam na hora da destruição
que viria sobre eles, não significa buscar a paz de Deus, nem mesmo ao próprio
Deus, porque é possível achar conforto e alívio que nos seja dado por Ele, para
logo endurecer de novo o coração, pela falta de um verdadeiro arrependimento.
Pr Silvio
Dutra
(adaptado)
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