quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Salmos 89 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Salmos 89
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


SALMO 89 – Os Salmos 88 e 89 compartilham o tema do sofrimento humano em sua intensidade, buscam respostas de Deus em meio à angústia e, revelam aparente tensão entre as promessas divinas e a realidade das circunstâncias difíceis.

Hemã sentiu-se abandonado por Deus, assim como os questionamentos levantados por Etã no Salmo 89 em relação às promessas a Davi revelam sentimentos parecidos.

• Ambos os Salmos fornecem expressões brutas e honestas referentes ao sofrimento e ao lamento do crente fiel.
• Ambos os Salmos abordam aspectos fundamentais, importantes e relevantes da experiência humana diante da fé e da relação com Deus.

Os escritores dos dois Salmos clamam a Deus, mas não encontram consolo ou respostas imediatas. No Salmo 89, o autor lembra aos leitores do Servo Sofredor ampliado em Isaías 52:13-53:12, tema também relevante no contexto do Salmo 88, onde o salmista compartilha do sofrimento do servo de Deus, identificando-se com ele em meio às suas tribulações.

• A 1ª estrofe oferece uma introdução do diálogo e expressão da inquietação (Salmo 89:1-4).
• A 2ª estrofe contém questões diretas a Deus sobre as dificuldades enfrentadas (Salmo 89:5-37).
• A 3ª estrofe apresenta súplicas por intervenção divina e respostas claras (Salmo 89:38-45).
• A 4ª estrofe questiona o silêncio de Deus (Salmo 89:46-48).
• A 5ª estrofe conclui refletindo na busca incessante por respostas visando maior compreensão (Salmo 89:49-52).

No Salmo 89, o escritor lida com a perplexidade sobre a aparente falha das promessas divinas em meio ao desaparecimento da linhagem de Davi no poder. Jesus é o cumprimento dessas promessas questionadas; todavia, antes Ele é identificado como Servo Sofredor, que experimentou intensa aflição e angústia profunda, reveladas no Salmo 88.

O Salmo 89 menciona que o sofrimento é parte da glória da aliança davídica. No Salmo 88, o sofrimento do salmista pode ser visto como parte da experiência pessoal do Servo Sofredor, o Messias que, em diversas ocasiões, enfrentou desolação e dificuldades.

Em Marcos 15:33-34 Jesus não pediu a Deus “que O livrasse da cruz, não Lhe pediu alívio, queria apenas a Sua presença. O mundo escureceu. Seu sofrimento chegou ao limite do insuportável”; em Sua aflição “ofertava na cruz a energia de cada uma de Suas células em favor de cada ser humano”, destaca Augusto Cury.

Portanto, reavivemo-nos em Cristo! – Heber Toth Armí.

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