Reavivados
por Sua Palavra
Leitura
Bíblica - Daniel 2
O Sonho de Nabucodonosor
Comentários de Koot van Wyk
Neste capítulo Daniel relata um acontecimento que marcou
definitivamente a sua vida. Ele escreveu em aramaico, a língua falada pela
população em geral, para que a veracidade do relato pudesse ser confirmada
pelos oficiais da corte que falavam essa língua. É interessante notar que os pergaminhos
encontrados nas cavernas de Qumran trazem exatamente o mesmo texto hebraico a
partir do qual nossas atuais traduções da Bíblia são feitas.
Daniel não tinha ainda completado a sua formação na
“Universidade da Babilônia” quando, no segundo ano de Nabucodonosor, Deus deu
ao rei um sonho que o perturbou muito (v. 1).
Ditadores muitas vezes são inseguros e não confiam em
ninguém ao seu redor. Naqueles dias, um ditador buscava ansiosamente o conselho
dos adivinhos sobre o que deveria ou não fazer. Neste caso, entretanto, eles
simplesmente não sabiam o que dizer a Nabucodonosor a partir de suas tábuas
astrológicas.
O rei disse que
estava ansioso para saber o sonho (v. 3) e ameaçou todos os sábios da corte com
a morte caso não conseguissem revelar o mistério. “Esta é a minha decisão: se
vocês não me disserem qual foi o meu sonho e não o interpretarem, farei que
vocês sejam cortados em pedaços e que as suas casas se tornem montes de
entulho” (v. 5, NVI).
Os adivinhos perceberam então que tinham um grande problema.
Eles conheciam a extrema brutalidade dos ditadores assírios e babilônios, como
a demonstrada na captura de Laquis, registrada na parede do palácio de
Senaqueribe, em Nínive. Muito provavelmente eles seriam cortados em pedaços
ainda vivos.
Tendo ciência da
crise que também o envolvia, Daniel se aproximou e pediu para falar com o rei
(v. 15) e pediu a seus amigos para orarem com ele a respeito do assunto (v.
17-18). Deus respondeu a oração deles e deu a Daniel o sonho e a sua
interpretação (v. 19). No sonho o rei havia visto uma enorme estátua, de
diversos materiais, que foi destruída por uma rocha não cortada por mão
humanas.
O conceito fundamental do sonho é que Deus está no controle
da história deste mundo e de seus sucessivos impérios. Este mesmo conceito já
havia sido exposto por Moisés em Gênesis 31, Êxodo 3 e Jó 12.
A interpretação do
sonho dada por Deus a Daniel e transmitida ao rei foi a seguinte: A cabeça de
ouro da imagem representava a Babilônia (v. 37a). Outros reinos se sucederiam,
como confirmado pela História. Depois da Babilônia veio a Medo-Pérsia (v. 39a)
representada pela prata, e depois de sua queda, veio o Império Grego
representado pelo bronze (v. 39b).
Depois da queda da Grécia dominou o “império de ferro” de
Roma. Mais tarde, na Idade Média, Roma assumiu uma orientação religiosa através
da Igreja Católica Romana, quando passou a ser conhecido como o Sacro Império
Romano (v. 40). O aspecto religioso de Roma se revela logo em 538 dC, quando o
imperador Justiniano ordenou que nas moedas a serem cunhadas naquele ano ele
não deveria ser retratado, como no passado, como um guerreiro ou um soldado com
uma lança em um cavalo, mas como um teólogo segurando em suas mãos uma cruz.
O último reino que
aparece no sonho composto de “argila e ferro” (vs. 41-43), também teria fim,
como todos os demais. Então uma pedra vinda do próprio Deus destruiria a imagem
que Nabucodonosor vira em seu sonho e o Deus do céu estabeleceria um reino que
jamais seria destruído (v. 44).
Quando Nabucodonosor
ouviu tudo isso, colocou o rosto em terra perante Daniel (v. 45-47). Apesar de
ser ainda um calouro, Daniel foi promovido a chefe de todos os sábios da
Babilônia. Ele e seus três amigos nunca completaram os três anos de curso
superior para se formar na Universidade da Babilônia (v. 48). Daniel foi
trazido para a corte do rei e seus amigos se tornaram encarregados da
administração da província de Babilônia, a seu pedido (v. 49). A inteligência e
a sabedoria de Daniel e seus companheiros lhes foram dados por Deus.
Querido Deus,
Vivemos no tempo do fim e sabemos que o Seu filho, a Rocha
dos Séculos, virá em breve como Rei dos Reis e Senhor dos Senhores para encher
a terra com a Sua glória. Que possamos, desde agora, nos abrigar nEle. Amém.
Koot van Wyk
Universidade Nacional de Kyungpook, Coreia do Sul
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/dan/2/
http://www.palavraeficaz.com/
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