Reavivados
por Sua Palavra
Leitura
Bíblica - Daniel 8
Comentários de Koot van Wyk
Daniel, após a queda de Babilônia, tem mais uma visão com
animais: um carneiro com dois chifres, simbolizando a Medo-Pérsia, que dominava
a Mesopotâmia e a Terra Santa (que formavam o Crescente Fértil) e um bode, que
o derrota, simbolizando o império grecomacedônico, das conquistas rápidas de
Alexandre, o Grande.
O profeta vê o chifre do bode da visão subitamente se
quebrar. E em seu lugar nascem quatro chifres que crescem “na direção dos
quatro ventos da terra” (v. 8). De fato, na concretização da profecia,
Alexandre morre inesperadamente e seu reino é dividido em quatro porções entre
seus generais.
De um dos ventos, nasce um pequeno chifre que cresce em poder
e faz coisas terríveis, chegando a desafiar o Príncipe do exército e destruir o santuário. Da visão do cap. 7, vimos que o quarto animal
simbolizava Roma em suas fases imperial e religiosa. Este chifre que nasce pequeno e cresce em
poder tem todas as características do quarto império do cap. 7, Roma.
Cabe observar que alguns teólogos interpretam que o pequeno
chifre nasce de entre os quatro chifres do bode, ou seja, seria um poder que se
afirma a partir de um dos quatro reinos nos quais o império de Alexandre se
divide. Assim, eles apontam para Antíoco Epifânio, que governou a Terra Santa,
perseguiu os judeus e seu culto, chegando a fazer sacrifícios de animais
imundos no templo de Jerusalém. Porém, uma análise mais acurada dos elementos
da profecia e seus desdobramentos revela que esta interpretação carece de
sustentação, pois a guerra contra Deus profetizada dura 1260 anos e não apenas
poucos meses.
Todos os elementos visualizados por Daniel sobre o chifre
que surgiu pequeno se cumprem em Roma. A visão diz que o santuário e o exército
(o povo fiel a Deus) serão entregues "a fim de serem pisados" (Daniel
8:13, ARA). Roma desafiou Jesus, o Príncipe do exército, suprimiu o sacrifício
diário, isto é, fez com que as pessoas olhassem para seres humanos e não para
Jesus a fim de obterem o perdão dos pecados, e perseguiu os santos. Durante
este período, cristãos sinceros que não traíram sua fé foram perseguidos e
mortos.
Em seu sonho, Daniel ouve um anjo perguntar ao outro quanto
tempo duraria esta situação, de uma instituição atribuir a si mesma o trabalho
de mediação de Cristo (v. 13) e obteve a resposta de que depois de duas mil e
trezentos dias (ou 2300 anos) o santuário seria purificado (v. 14). Isto aponta
para o Dia da Expiação, quando o santuário era purificado dos pecados nele
deixados durante o ano.
Apesar do anjo dizer a Daniel que a visão dos 2300 dias se
referiam a tempos distantes (v. 26), Daniel ficou muito abalado e fraco, pois
não conseguia entender o que estava ali envolvido.
As profecias concedidas a Daniel não se referiam à sua
época, não se limitavam ao retorno dos Judeus após 70 anos de cativeiro, mas
tinham como foco o tempo do fim (v. 19). Foram dadas para este nosso tempo
presente, para preparar um povo para adorar somente o Deus verdadeiro e assim
achar-se preparado para o breve retorno de Jesus Cristo a este mundo.
Querido Deus,
Dirigimos nossa atenção a Ti, que habitas no Santuário
Celestial, onde nosso caso é julgado. Limpa agora a nossa vida de nossas culpas
e veste-nos com a Tua justiça, declarando-nos justos, perante todo o Universo,
pelos méritos de Jesus. Amém.
Koot van Wyk
Kyungpook Universidade Nacional, Coreia do Sul.
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/dan/8/
http://www.palavraeficaz.com/
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