A SÓS COM JESUS
30 de outubroPor um Prato de Lentilhas
Ele respondeu: Estou a ponto de morrer; de que me aproveitará o direito de primogenitura? Gênesis 25:32.
Quando lemos a história de Esaú e Jacó a primeira impressão é de que o vilão da história é Jacó, que sorrateiramente, aproveitando um momento de fraqueza do irmão, apoderou-se da primogenitura. Geralmente Esaú aparece como a pobre vítima, que foi enganada. Mas a verdade é outra. Naturalmente, nada diminui o caráter mentiroso, astuto e egoísta de Jacó, mas a leviandade com que se trata as coisas espirituais é igualmente grotesca aos olhos de Deus.
A primogenitura, naqueles tempos, era um direito reservado ao primeiro filho. Isto significava não apenas benefícios espirituais, mas também vantagens materiais. Só que o direito da primogenitura só podia ser viabilizado quando o pai morresse, e aparentemente faltava muito tempo para que Isaque morresse.
A história bíblica conta que um dia Esaú chegou cansado, depois de andar pelos montes à procura de caça. Era tarde e estava faminto. Ao chegar à entrada do rancho sentiu o cheiro gostoso de um guisado de lentilhas que seu irmão Jacó estava preparando.
“Dá-me de teu guisado”, pediu. E Jacó aproveitou para pedir em troca o direito de primogenitura. Esaú não pensou duas vezes. Estava a ponto de morrer, raciocinou, logo para que lhe serviria o direito de primogenitura?
Ninguém morre por resistir à fome por mais dez minutos. Estava na entrada do rancho, era só chegar até a cozinha e acharia a refeição de que precisava. O assunto não era fome. O problema era que tinha vivido a vida toda satisfazendo seus sentidos “aqui e agora”. A primogenitura era uma bênção futura, enquanto o prato de lentilhas era o prazer do momento. Quase que instintivamente trocou o presente fugaz pelo futuro eterno.
Mas o tempo cobrou o preço de sua decisão errada. Sempre é assim. O tempo é O juiz inexorável, implacável e sempre justo. Finalmente o pai envelheceu, e a bênção, outrora futura, se fez presente, e Jacó ardilosamente levou o que comprara anos atrás. Quando Esaú descobriu que não havia mais bênção, chorou diante de seu pai e clamou: “Não reservaste bênção nenhuma para mim?”
Era tarde. Estava tudo perdido. Por que será que nós, homens, só valorizamos as coisas quando as perdemos? Quantos maridos choram no silêncio da solidão o lar que perderam! Quantos filhos sentem saudades, nas horas escutas de insônia, dos pais que abandonaram, das oportunidades que não souberam aproveitar, do tempo que foi embora e não volta mais!
Jesus é a única Pessoa que pode nos ajudar a dar valor às coisas espirituais. Ele é o único que pode colocar em nosso coração o equilíbrio necessário para não trocar por um momento de prazer fugaz as bênçãos que Deus nos tem preparado.
Diga hoje em seu coração: “Senhor, toma minha vida nas Tuas mãos é guia-me pelas veredas da justiça.”
MINISTÉRIO BULLÓN
MEDITAÇÃO DIÁRIA
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