Reavivados por Sua Palavra-
Leitura Diária- Números 21
Comentários sobre Números 21
A SERPENTE DE BRONZE E AS PRIMEIRAS BATALHAS
Números capítulo 21
Tendo terminado de vagar pelo deserto, o povo de Israel
seguiu um caminho tortuoso em direção ao oriente da terra de Canaã, rodeando
pelo sul do mar Morto, e evitando passar pelas terras de Edom. Seu caminho os
levava por regiões desertas, e também por território ocupado por cananeus.
O primeiro dos cananeus foi o rei de Arade, que habitava no
Neguebe, a sudoeste do Mar Morto. Ele os atacou e levou alguns cativos. Israel
clamou ao SENHOR e prometeu destruir totalmente as suas cidades se o SENHOR
lhes desse vitória. O SENHOR os ouviu e entregou em suas mãos os cananeus, que
eles então destruiram completamente, como haviam prometido. O SENHOR já havia
anteriormente prometido destruir estes povos (Êxodo 23:23).
Continuando a viagem, eles passaram do outro lado do monte
Hor, no caminho do mar Vermelho (o golfo de Acaba). É um caminho deserto e
pedregoso, trazendo novamente o desânimo para o povo. Pela sétima e última vez,
eles reclamaram contra Deus e contra Moisés, por terem sido tirados do Egito e
trazidos para o deserto onde não havia pão nem água, reclamando ainda do maná,
que chamaram de pão vil.
No Salmo 78 encontramos as causas das reclamações do povo:
Obstinação,
Rebeldia,
Inconstância de coração e
Infidelidade de espírito (versículo 8).
Não guardaram a aliança de Deus e
Não quiseram andar na sua lei (versículo 10).
Esqueceram-se das obras e das maravilhas que o SENHOR lhes
mostrara (versículo 11).
Nossas reclamações frequentemente têm as mesmas causas. Se
pudermos corrigir estas ações e atitudes irrefletidas, deixaremos também de nos
queixar quando achamos que as coisas não vão bem.
O SENHOR fez uso de serpentes abrasadoras (venenosas)
para punir o povo pela sua incredulidade e rebeldia. O deserto naquelas regiões
tem uma variedade de serpentes, algumas das quais se escondem na areia e atacam
sem aviso prévio. A mordida traz grande sofrimento e pode levar a uma morte
lenta. As serpentes que o SENHOR mandou sobre o povo de Israel eram mortais,
pois morreram muitos dentre eles.
"Havemos pecado" disse o povo a Moisés ao pedir
que ele intercedesse por eles para que fossem tiradas as serpentes. Todos nós
só podemos começar uma nova vida com Deus depois que reconhecemos que pecamos.
Cristo morreu pelos pecadores. Quem não vier a Ele na categoria de pecador, não
pode ser salvo por Ele. O povo não prometeu nada, apenas reconheceu o seu
pecado, e confiou na misericórdia de Deus. Também somos salvos apenas por
reconhecermos o nosso pecado e confiarmos na graça de Deus revelada em Cristo -
Deus não requer uma promessa de nossa parte.
A resposta do SENHOR foi mandar que Moisés levantasse uma
serpenteabrasadora feita de bronze numa estaca à vista de todos: quem
fosse mordido e olhasse para a serpente, seria curado. Quem, porém, em sua
incredulidade não olhasse para a serpente e confiasse em outros remédios,
morreria. Era, portanto, necessário que o que fosse mordido tivesse fé
suficiente apenas para olhar para a serpente.
O Senhor Jesus nos explicou que, da mesma forma, quem crê
nEle não perecerá, mas terá a vida eterna (João 3:14-16). É suficiente que o
pecador convicto olhe para Cristo (Hebreus 12:2), pela fé, para ser salvo da
perdição, não há outra condição. Mas, quem procurar se salvar por outros meios,
nunca o conseguirá.
A serpente de bronze é um símbolo do pecado julgado e
condenado. Bronze nos fala do julgamento de Deus, como no altar de bronze
(Êxodo 27:2) e do julgamento de si próprio, como na bacia de bronze. A serpente
de bronze é uma figura de Cristo feito pecado por nós (João 3:14, 15; 2
Coríntios 5:21), levando nossa condenação. Historicamente, o momento foi quando
Cristo bradou "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" (Mateus
27:46).
Podemos fazer as seguintes comparações:
Serpentes que mordíam. O pecado nos ataca.
A mordida doía pouco no início mas a dor crescia até um
grande sofrimento final. Inicialmente pouco sentimos, mas vai nos trazer
grande sofrimento no fim.
O resultado era a morte. Morremos espiritualmente.
Uma serpente de bronze foi levantada no deserto. Jesus
Cristo foi levantado em uma cruz no Calvário.
Só olhar para a serpente de bronze restabelecia a vida. Só
olhar para Cristo nos dá a vida eterna.
Terminado este episódio de castigo e salvação, o povo
prosseguiu pelo caminho determinado pelo SENHOR, parando para acampar em Obote,
Ijé-Abarim, vale de Zerede, na outra margem do Arnom, e em Beer, o nome de um
poço com água abundante para o povo.
Enquanto no deserto eles estiveram se queixando e
lastimando, agora eles cantaram um cântico de alegria por causa do poço.
Notemos o progresso:
a expiação (versículos 8, 9; João 3:14, 15)
a água, símbolo do Espírito Santo (versículo16; João
7:37-39)
a alegria (versículos 17, 18; Romanos 14:17)
o poder (versículos 21:21-24, Atos 4:33).
Saindo de Beer, continuaram indo primeiro para Mataná,
depois Naaliel e Bamote, chegando até um vale no campo de Moabe, de onde
mandaram mensageiros a Seom, rei dos amorreus, pedindo licença para passar pelo
seu território.
O rei Seom, ao invés de usar de diplomacia, não só recusou
passagem, mas reuniu todo o seu povo e foi ao encontro de Israel para combater
contra ele. O SENHOR deu vitória absoluta ao povo de Israel, que tomou então
posse da terra e das cidades dos amorreus, que estes haviam antes conquistado
dos moabitas.
Este território tinha como fronteiras, ao sul o rio Arnom,
que deságua aproximadamente no centro do mar Morto, ao norte o rio Jaboque,
afluente do rio Jordão que fica aproximadamente entre o mar de Quinerete
(Galiléia) e o mar Morto, ao oeste o rio Jordão e ao leste a fronteira
fortificada de Amom.
Assim eles conquistaram seu primeiro território, mais tarde
ocupado pelas tribos de Rúben e Gade. Os versículos 27 a 30 consistem em um
poema daquele tempo celebrando a vitória. Camos era o deus nacional dos
moabitas, que não lhes valeu quando os amorreus haviam invadido o seu
território, agora tomado pelos israelitas.
Havia restado um grupo de amorreus em uma localidade chamada
Jazer, dentro daquela área. Depois de um reconhecimento que Moisés mandou
fazer, os israelitas expulsaram os amorreus e tomaram as suas aldeias.
O povo tomou novamente o rumo do norte, e foram enfrentados
por Ogue, o rei de Basã, cujo território ficava do outro lado do rio Jaboque.
Mesmo antes da batalha o SENHOR já havia dito a Moisés que havia entregue todo
o povo e território de Basã em suas mãos. E assim sucedeu: todo o povo que ali
habitava foi destruido, e Israel com isso adquiriu toda a região a leste do mar
da Galiléia e do rio Jordão, até o monte Hermom (Deuteronômio 3:8). Mais tarde
o território de Basã foi herdado pela tribo de Manassés.
Deus nos dá vitória sobre os nossos inimigos espirituais
também: a carne, o mundo, e o diabo! Primeiro, porém, precisamos confiar em
Cristo e depois tomar a nossa armadura para combater (Efésios 6:13-18).
Por R David Jones- http://www.bible-facts.info/
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