sábado, 15 de outubro de 2016

Jó 26 COMENTÁRIOS Pr. Heber Toth Armi

 Jó 26

COMENTÁRIOS Pr. Heber Toth Armi

Uma fé rasa vacila frente a qualquer vento que soprar; porém, uma fé viva resiste até aos mais fortes vendavais que solapam toda nossa estabilidade. A forma como alimentamos nossa fé determinará como lidaremos com as calamidades que assaltam este mundo corrompido pelo pecado.

Os amigos de Jó esgotaram seus depósitos de conhecimento teológico ligado ao sofrimento. Jó ergue sua voz para confrontá-los, mostrando a fragilidade dos que criam ser sábios. O teólogo Paul R. House observa que a resposta de Jó teve três partes: Jó...

• ...contesta o sistema de crença dos seus amigos, argumentando que as pessoas más nem sempre sofrem (21:1-34); Deus os deixa prosperar.
• ...confessa que busca saber por que a justiça parece invertida, mas que ainda não conseguiu uma resposta adequada (23:1-24:23).
• ...se recusa a confessar os pecados que não cometeu (26:1-27:23).

O mesmo teólogo, após sistematizar estes pontos, analisa e conclui que até aquele momento, com todos aqueles diálogos filosóficos, ainda “os caminhos de Deus permanecem sob julgamento; o caráter divino ainda está sob escrutínio. As confissões de fé não interromperam a busca inexorável de Jó por uma completa compreensão”.

“Esta é a mensagem religiosa do livro: o homem deve persistir na fé até mesmo quando seu espírito não encontra sossego”, explica o comentário introdutório da Bíblia de Jerusalém.

Este capítulo demonstra que:
1. A filosofia e a teologia sem discernimento espiritual é deliberadamente inútil para consolar, confortar e salvar o sofredor de suas dores (vs. 1-4).
2. Às vezes é preciso ser sarcástico com aqueles que pensam serem donos da verdade, quando, na verdade, estão falando um monte de bobagens (vs. 2-4);
3. Há situações em que é necessário mostrar aos interlocutores equivocados que além de suas proposições há mais informações do que imaginam (vs. 5-14).

Os versículos 12 e 13 falam que Deus “abate o adversário” e “fere o dragão veloz [Leviatã]”. Parece que Jó tem uma ideia de que seu caso envolvia forças misteriosas do mal. A teologia do Grande Conflito ainda era embrionária na mente dos servos de Deus, mas já fazia sentido para explicar o que nenhuma outra teoria explicava satisfatoriamente.

É importante ir além da superfície teológica e ser um observador do todo, para não se apegar a ideias minúsculas! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Jó 25 COMENTÁRIOS Pr. Heber Toth Armi

Jó 25
COMENTÁRIOS Pr. Heber Toth Armi
Argumentos fortes até calam opositores charlatães, mas não os convencem. Os discursos dos amigos de Jó encurtaram frente ao contra-argumento de Jó. Agora, Bildade, fala pouco; ele não tem novidade para dizer!
A lição já está obvia: Nenhuma fonte de sabedoria supera a sabedoria revelada por Deus. A Bíblia está a anos-luz à frente de qualquer livro publicado neste mundo.
Maria do Carmo Rabello destacou que, “tudo o que foi escrito por filósofos, sábios e cientistas sobre o ser humano, seus objetivos e seu destino, deixa muito a desejar quando comparado com as verdades contidas na Bíblia”. E, que dizer sobre Deus?
• O livro de Jó é o berço da revelação escrita de Deus. A revelação é progressiva. Embora Jó não obteve todas as informações até o final do livro, nós temos mais informações do que ele; contudo, muitos preferem a ignorância antes que a revelação divina.
• Muitos não estão nem mesmo no nível sapiencial de Jó, estão no nível dos amigos; entretanto, certamente tem gente no nível ainda mais baixo da ignorância, pois, embora equivocados, os amigos de Jó criam em Deus.
O último dos amigos a falar foi Bildade. Sobre ele, Matthew Henry diz: “Aqui Bildade apresenta uma resposta muito breve a este último discurso de Jó, como alguém que começa a se cansar do caso”.
Bildade fala...
1. Do poder de Deus (vs. 1-3)
2. Da justiça de Deus (vs. 4-6).
Para Bildade, Deus é soberano, temível, autoritário, onipotente, onipresente, inacessível, transcendente. Sua teologia tem muita verdade, mas está misturada com falsidade. Ele não crê que Deus possa justificar o ser humano.
Bildade apresenta Deus como onipresente para punir pobres mortais; e, transcendente, a ponto de ser indiferente aos humanos tratando-os como vermes. Mesmo confrontado por tal visão carrasca de Deus, Jó não se apostatou. Ele não deu motivos para Satanás gloriar-se.
“É perturbador ver os amigos de Jó falando sobre Deus com ares de tanta sabedoria quando, na verdade, não fazem ideia do que estão dizendo. Com muita frequência, aquele que mais fala sobre Deus é o que menos sabe sobre Ele” diz Warren Wiersbe.
Pense:
• Quantos pregadores charlatães existem...
• Quantos líderes religiosos impondo meias verdades ao povo...
• Quantas heresias nos púlpitos/TV/livros/sites/vídeos...
Fiquemos alerta com falsas teologias! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Jó 24 COMENTÁRIOS Pr. Heber Toth Armi

Jó 24
COMENTÁRIOS Pr. Heber Toth Armi

O judeu Nachimânides colocou o problema do mal como um tema complexo, como “a questão mais difícil que se encontra tanto na raiz da fé quanto da apostasia, com o qual estudiosos de todas as épocas, povos e línguas têm lutado”.

David Hume, um renomado filósofo, encurralou os crentes em Deus com estas históricas questões, oriundas de Epicuro: Se Deus...

• ...quer impedir o mal, porém é incapaz de fazê-lo? Então Ele é impotente, não onipotente;
• ...tem poder para impedir o mal, mas não o deseja? Então Ele é malévolo;
• ...pode e quer eliminar o mal, então por que existe o mal?

Afinal, se Deus é bom e poderoso deve eliminar o mal; se não o faz, a existência do mal sufoca a existência de Deus. 

A ignorância do plano da salvação incapacita o intelecto mais robusto entender o mundo. A filosofia desprovida da revelação divina não passa de conjecturas. Quatro filósofos debatiam em busca de verdades (Jó e seus amigos), assim como muitos outros fizeram. O livro de Jó é a primeira revelação escrita de Deus. Consequentemente, o próprio Jó tateava no escuro procurando respostas. 

O livro de Jó “dá suas expressões mais profundas de agonia no capítulo 24. Jó é a própria expressão do sofrimento e desnorteia os fieis de todas as gerações. Mas ele não havia abandonado a fé e volta às expressões tradicionais da justiça de Deus em 24.18-24” (Duane A. Garret). 

• Jó levanta argumentos sobre as injustiças no campo, na natureza (vs. 1-11).
• Jó levanta questões sobre injustiças e crimes nas cidades (vs. 12-17).
• Jó mesmo deseja fazer justiça com suas mãos (vs. 18-25).

“Para o bem do Universo inteiro, ao longo dos séculos sem fim, devia Satanás desenvolver mais completamente seus princípios para que suas acusações contra o governo divino pudessem ser vistas sob sua verdadeira luz por todos os seres criados e para sempre pudessem ser postas acima de qualquer dúvida a justiça e misericórdia de Deus e a imutabilidade de Sua lei” (Ellen G. White).

• Como saberíamos o que é injustiça, se Deus não desse espaço para ela manifestar-se?
• Como compreenderíamos que os bons sofrem nas mãos dos maus, se Deus não permitisse? 
• Como conheceríamos o caráter do mal, sem oportunidades para manifestar-se?

Ficou claro? – Heber Toth Armí 

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Jó 23 COMENTÁRIOS Pr. Heber Toth Armi

Jó 23
COMENTÁRIOS Pr. Heber Toth Armi

Ser incompreendido é uma coisa; não ser ouvido é outra coisa, pior ainda. Jó foi incompreendido pelos amigos e, aparentemente não era ouvido por Deus. Certamente, é muito difícil lidar com a incompreensão; entretanto, dificuldade maior é lidar com o silêncio de Deus. Quando esmagados pela dor, queremos urgentemente séria audiência com o Senhor. Muitas vezes, temos como respostas apenas o barulho ensurdecedor do silêncio do Criador. “O silêncio de Deus grita mais alto em nossos ouvidos que os berros da natureza. Os trovoes que ribombam das nuvens tempestuosas são mais suaves que o silêncio de Deus nas noites escuras da alma... Quando Deus se cala, ficamos confusos e perturbados” (Hernandes Dias Lopes). Aflito após muito sofrimento, angustiado após sentir tanta dor, ansioso após indescritível desgosto, Jó não duvidou da existência de Deus, nem faz chantagem com Ele, muito menos O abandonou. Em contrapartida, Jó ora insistentemente. Sua primeira oração “não é ‘Que eu seja curado das doenças que infestam todo o meu corpo!’ ou ‘Que eu veja meus filhos restaurados das garras da morte e meus bens retornem das mãos dos saqueadores!’. Antes, seu maior e mais elevado desejo é ‘Que eu possa encontrar o meu Deus e comparecer a Sua presença!’” – comenta Charles Spurgeon. 1. O maior alvo de Jó era encontrar-se com Deus ainda que não percebesse nenhuma bênção dEle em Sua vida; e... qual é teu maior objetivo? (vs. 1-9); 2. Jó olhava para sua situação em meio às mais densas provações e tinha certeza que sairia dali purificado como ouro provado no fogo; e você... teria a mesma certeza? (vs. 10-12); 3. O olhar de Jó ao futuro era de expectativas positivas: Deus alcançaria o que esperava dele. Jó estava disposto a não decepcionar a Deus; e... quanto a você? (vs. 13-17). Impactante e profunda essa atitude. Deste texto inspirado ainda pode-se destacar muitas lições de vida: • Só podemos encontrar Deus quando Ele se revela; • Não podemos mandar em Deus ou determinar o que Ele deve fazer; • Por mais perturbado com a situação, nada nem ninguém pode impedir nossa devoção, senão nós mesmos; • Resisti ao diabo e ele fugirá de vós (Tiago 4:7); a narrativa bíblica não citou mais o diabo, ele está derrotado. Deus seja louvado! –

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Jó 22 COMENTÁRIOS Pr. Heber Toth Armi

Jó 22

COMENTÁRIOS Pr. Heber Toth Armi


Ao ver o sofrimento das pessoas, muitos intentam ajudar, mas acabam entrando por becos perigosos: Doutrinas espúrias e aplicações completamente equivocadas.


Elifaz não vê outra forma de explicar o sofrimento de Jó a não ser conectar com algum pecado. A visão dele era limitada demais, mas ele cria que suas palavras estavam recheadas da mais pura sabedoria. Contudo, não havia nenhum pecado evidente em Jó. Ninguém poderia acusá-lo de nada. Parecia que seu argumento de inocência falava mais alto que as acusações. Alguma coisa parecia errada (vs. 1-5). 


Então, Elifaz vasculhou seus pensamentos para provar sua filosofia teológica: Jó pecou por omissão! Dirigindo-se a Jó, Elifaz declarou: “Porventura, não é grande a tua malícia e sem termo as tuas iniquidades?” (v. 6). Então, prosseguiu especificando que...


1. Alguém ficou despido porque Jó não procurou em todos os lugares aos desprovidos de roupas (v. 6);

2. Alguém, em algum lugar deve ter ficado sem água ou sem comida porque Jó não assistiu a todos os sedentos e famintos (vs. 7-8);

3. Alguma viúva ou algum órfão ficou sem assistência por negligência de Jó (v. 9).


“Por isso”, afirma categoricamente Elifaz a Jó, “estás cercado de laços, e repentino pavor te perturba ou trevas, em que nada vês; e águas transbordantes te cobrem” (vs. 10-11).


A partir daí, Elifaz reflete teológica e filosoficamente culminando com um apelo poderoso diretamente a Jó:


• Deus é transcendente, incognoscível (vs. 12-15);

• Deus é Juiz poderosíssimo, mas terrivelmente vingativo (vs. 16-20);


Então:


1. Reconcilia-te com Deus e terás paz e prosperidade (v. 21);

2. Aceite a instrução divina e guarde Suas Palavras no coração (v. 22);

3. Arrepende-te e converta-se a Deus e serás restaurado, teus propósitos serão alcançados e terás recursos até para atender aos necessitados (vs. 23-27).


Nem todo discurso belo, inteligente e persuasivo está correto. Sermões com final positivo nem sempre resultam em reação positiva (como se verá no próximo capítulo). Por quê? Por estar no lugar errado, direcionado para a pessoa errada. 


Pregadores bem intencionados como Elifaz, mas totalmente equivocados em seus sermões, não falam ao coração dos sofredores; mesmo concluindo com tom positivo não colocam o bálsamo refrescante que sofredores tanto anelam; porque “não manejam bem a Palavra da verdade” (II Timóteo 2:15)

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Jó 21 COMENTÁRIOS Pr. Heber Toth Armi

Jó 21
COMENTÁRIOS Pr. Heber Toth Armi

Nem todos recebem o que merecem. Enquanto que, no capítulo anterior, Zofar alega que as calamidades atingem aos que desprezam a Deus, neste capítulo, Jó apresenta um quadro diferente: Os perversos podem se dar bem na vida!

Jó se vê obrigado a responder diretamente a seus amigos. Jó não aguenta mais ouvir suas baboseiras teológicas ou suas falácias filosóficas.

1. O sofredor precisa ter tanto direito de falar como de ouvir seus conselheiros. Mesmo sabendo que será ridicularizado, quem está no leito de dor quer imitir suas opiniões. Jó apela para ser ouvido como um meio de obter um pouco de consolo de seus amigos (vs. 1-6).

2. O contra-argumento de alguém de mente mais aberta ataca diretamente os conceitos superficiais da religião e da fé. Jó questiona os argumentos de Zofar (20:11), Bildade (18:19) e Elifaz (5:17-27). Para Jó era evidente que os ímpios vivem bem, veem o desenvolvimento de sua família e o aumento de seus bens, mesmo blasfemando abertamente contra Deus ou rejeitando declaradamente à religião verdadeira (vs. 7-15).

3. A afirmação de uma verdade deve ser avaliada com a outra face da mesma moeda. Ouvir apenas uma versão da verdade, proferida por um indivíduo, é apegar-se no mínimo como se fosse o todo. Jó propõe que os ímpios não são castigados. Incrédulos têm vida longa e próspera. Se os filhos pagam pelos erros dos pais, os pais podem não estar pagando pelos seus erros – isso confronta o argumento de Zofar em 20:5 (vs. 16-21).

4. Avançando no raciocínio, o sábio amplia seus argumentos mostrando verdades impensadas por muitos questionadores do sofrimento. Jó relembra que tanto os bons quanto os maus morrem e vão para o mesmo lugar: a sepultura (vs. 21-26).

5. Teologias unilaterais são destruídas com argumentos sólidos da vida real. Jó mostra que seus amigos ignoraram muitas coisas simples, por isso despejaram sobre ele um montão de bobagens embrulhadas com sabedoria piedosa (vs. 27-34).

Nem todo sofrimento vem como castigo pelo pecado cometido. Nem toda prosperidade significa honestidade ou fidelidade a Deus. Com estes argumentos, fica claro que os...

• ...ateus, vivem em paz;
• ...incrédulos, prosperam;
• ...pagãos, vivem bastante;
• ...pecadores perversos são abençoados;
• ...maus, se dão bem...

E você, em que acredita? Aprofunde tuas convicções... Estude Jó! – Heber Toth Armí

domingo, 9 de outubro de 2016

Jó 20 COMENTÁRIOS Pr. Heber Toth Armi

Jó 20
COMENTÁRIOS Pr. Heber Toth Armi

A dor está presente desde nosso nascimento. Já nascemos chorando e ao morrermos deixamos muita gente chorando. Nossa existência não flui por caminhos aveludados, mas por estradas acidentadas: Subidas íngremes e precipícios perigosíssimos. Trilhamos muitas vezes por desertos abrasadores e despencamos para vales escuros.

Perdas. Lutos. Dores. Sofrimentos... A vida não é um mar de rosas; nem um parque de diversões. Nossa existência não acontece num jardim. Estamos entre espinhos, numa luta ferrenha para sobreviver. Somos açoitados de um lado para outro pelos látegos da dor sem a presença de entes queridos. Desprovidos de recursos vitais, somos entregues à morte o dia todo, principalmente se amamos a Jesus (Romanos 8:36).

Cicatrizes, hematomas, feridas purulentas, corações partidos, amores destruídos, vazio na alma, abandono, desprezo... vão aumentando nosso currículo, diminuindo nossas expectativas. E, nestas horas sempre tem alguém para nos dar sermões moralistas, legalistas. Jó teve que ouvir as proposições de Zofar, o qual destacou os seguintes pontos:

1. Aquele que defende teorias infundadas sente-se ameaçado quando confrontado. Começa a falar precipitadamente objetivando impedir aquele que tem opinião contrária de prosseguir expondo seu lado. Zofar mostra-se incomodado com a repreensão de Jó (vs. 1-3).

2. Aquele que se sente ameaçado emite opinião como se fosse absoluta convicção. Zofar não tem nada novo para acrescentar a seu discurso, seu objetivo é martelar na mesma tecla a fim de intentar convencer seu oponente a mudar de opinião. Ele reitera sobre o destino dos perversos intentando provar que Jó não era um bom indivíduo devido a sua situação caótica (vs. 4-29).

Comentando este capítulo, Tewoldemedhin Habtu diz sobre Zofar: “Considerando seu estado emocional agitado, teria sido melhor permanecer calado”. Zofar descreve “as desgraças que aguardam ao perverso... Ainda que essa lista de retribuições seja expressa em termos gerais, não há dúvida que o alvo de Zofar é Jó. Contudo, a acusação de que Jó oprimiu e desamparou os pobres (20:19) é totalmente infundada. Prosseguindo com sua metralhadora de punições, Zofar afirma que aflições e ira de Deus serão recompensas do perverso em meio à sua prosperidade; não há como escapar”.

Assim, quem...

• ...diz meias-verdades acusa justos de perversos.

• ...vive de opiniões despreza provas que lhe ameacem.

• ...é orgulhoso tem dificuldades para explicar o sofrimento.

Portanto, cresçamos espiritualmente! – Heber Toth Armí

sábado, 8 de outubro de 2016

Jó 19 COMENTÁRIOS Pr. Heber Toth Armi

Jó 19
COMENTÁRIOS Pr. Heber Toth Armi
A vida é marcada pela dor, mas a vida cristã é recheada de esperança. A caminhada cristã não é sem sofrimento; contudo, o cristão é motivado por elevadas expectativas. Os grandes homens do passado sofreram, tais como os patriarcas, profetas e reis, até mesmo os apóstolos no Novo Testamento - dos quais muitos se tornaram mártires por causa de sua fé.
Os grandes teólogos da igreja primitiva e também grandes reformadores enfrentaram amargos sofrimentos. Alguns foram perseguidos, como John Wycliffe; outros foram queimados vivos, como John Huss e Girolamo Savonarola; e, outros foram até esquartejados, como William Tyndale. Muitos, como Lutero, foram difamados e acusados tanto pela igreja quanto pelo estado. Contudo, todos eles resistiram porque tiveram esperança.

Jó, se não tivesse esperança, teria dado fim a sua vida ou desistido de Deus. A esperança é tão real para o cristão quanto o é o sofrimento. Jó é nosso exemplo bíblico de como o cristão enfrenta a dor; além disso, sua história revelada do ponto de vista divino ajuda-nos entender muitos mistérios sobre aquilo que incomoda nossa paz, alegria e felicidade.
No capítulo em questão, Jó se sente...
• ...provocado pelas palavras cruéis de seus amigos que tinham como alvo lhe oprimir, esmagar e destruir (vs. 1-4);
• ...como um animal preso em uma rede (v. 6);
• ...como um réu no tribunal (v. 7);
• ...como um viajante impedido de seguir seu caminho (v. 8);
• ...como um rei destituído de seu trono (v. 9);
• ...como uma construção devastada (v. 10);
• ...como uma árvore extirpada (v. 10);
• ...como uma cidade cercada (vs. 11-12);
• ...isolado, solitário (vs. 13-22);
• ...motivado pela esperança (vs. 23-29).
Temos que aprender com Jó, que, apesar de intensos sofrimentos, sabia que seu fim não seria trágico; sabia para onde ia e que lá chegaria, ainda que passasse pela morte. Essa esperança o manteve resoluto em sua fé. Ele não se rendeu ao pecado, não vendeu sua alma ao diabo.
Quem crê na esperança de Jó, pode gritar como ele em meio a mais terrível dor: “Eu sei que meu Redentor vive e por fim se levantará... Vê-lo ei por mim mesmo...”
Certamente, a vida cristã não é indolor, mas, verdadeiramente, temos um libertador! Essa esperança nos fortalece para avançar na trajetória cristã! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Jó 18 COMENTÁRIOS Pr. Heber Toth Armi

Jó 18
COMENTÁRIOS Pr. Heber Toth Armi

As acirradas acusações de mais de uma pessoa faz o acusado perverter sua autoimagem. Esse alvo tinham os amigos de Jó ao pronunciar suas preleções analíticas sobre ele.

Veja bem, Jó enfrentava as consequentes descrições que Bildade fez do ser humano perverso:

• Calamidades lhe sobrevieram famintas e a miséria estava alerta ao seu lado (v. 12);

• Ele foi arrancado de seu lar confortante e levado ao rei dos terrores (v. 13);

• Seus queridos se afastaram como se em sua casa tivesse enxofre (v. 14);

• Seus dez filhos morreram, não ficou nenhum descendente em suas moradas (v. 19);

• Os amigos que vieram de longe se espantaram e foram tomados de terror calando-se por 7 dias ao encontraram-no em sua situação caótica e deprimente (v. 20).

Bildade fez aplicação direta de seu “sermão”: “Tais são, na verdade, as moradas do perverso, e este é o paradeiro do que não conhece a Deus”. Nem precisa ser bom intérprete para sintetizar o que Bildade cria: Jó era um perverso que não conhecia a Deus.

Para provar isto, Bildade elaborou seus argumentos sobre o perverso com grande critério e sabedoria retórica e didática desde a introdução de sua fala (vs. 1-11), na qual incluiu profecias pessimistas (vs. 16-18), direcionando tudo a Jó com maestria. No final afirmou ter apresentado a verdade (v. 21).

Enquanto Bildade preparava sermões o justo Jó – classificado por ele como perverso, Jó elevava a Deus a mais sincera das orações. Observe atentamente esta citação de Jean-Nicolas Grou: “Deixemos nosso sofrimento ser carregado por Deus. Sofra com submissão e paciência em Jesus, e você terá oferecido a mais excelente oração”.

Enfim, que dizer daqueles que agem como Bildade? Esses são...

• amigos que prezam pela própria vaidade, defendem com maestria seus pontos de vistas aparentando ser possuidor de sabedoria; entretanto, são desprovidos do verdadeiro amor pelos sofredores.

• rápidos em fazer análises, comparações, poesias retóricas e profecias teóricas, baseando-se em fatos visíveis; contudo, não dão a mínima para o desabafo dos aflitos.

• temerosos em ser desmascarados em suas tolices e conceitos falhos, consequentemente, tornam-se arrogantes e ferinos em seus fortes argumentos lógicos.

• orgulhosamente religiosos, defendem a Deus e Sua intolerância à injustiça, mas suas aplicações são absolutamente equivocadas.

Deus nos livre de sermos amigos como Bildade! – Heber Toth Armí

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Jó 17 – Comentários Pr Heber Toth Armí

Jó 17 – 
Comentários Pr Heber Toth Armí

Temos dificuldades em reconciliar o amor de Deus com o sofrimento de Seus filhos aqui neste mundo. Também, quando o assunto é sofrimento parece que temos dificuldades em compreender o poder de Deus. Isso porque cremos que, se Deus ama, Seus filhos não deveriam sofrer; se Deus é poderoso, deveria livrar-nos do sofrimento.

O livro de Jó quebra com nossos conceitos pré-formados sobre Deus. Ao estudar os diálogos de Jó com seus amigos considerando toda informação do contexto do livro, nossa interpretação sobre Deus alcança níveis nunca antes alcançados.


Antes de avançar, reflita no que escreveu Hernandes Dias Lopes:

“É bem verdade que ninguém compreendeu a saga de Jó. Satanás estava errado porque pensou que um homem não poderia amar a Deus mais do que o dinheiro, à família e à própria vida. A mulher de Jó estava errada porque pensou que Deus não pode ser adorado no sofrimento. Os amigos de Jó estavam errados porque pensaram que Jó estava sofrendo por algum pecado cometido. Jó estava errado porque pensou que Deus que Deus o afligira sem causa”.

Nossas interpretações serão sempre equivocadas sem a interpretação que Deus dá para toda e qualquer situação.

• O destino traçado pelo sofrimento só apresenta a sepultura como “esperança” (v. 1). Entretanto, aquele que tem comunhão com Deus será levado a procurar esperança além da sepultura, solução para o desespero e esperança além da morte (vs. 13-16).

• O sofredor acusado injustamente anseia por um auxiliador (vs. 2-3) e avança ciente da sua justiça, preservando seus princípios na caminhada da vida (v. 9).

• Emoções negativas cegam ao sofredor diante da dor; por isso, suas interpretações sobre si mesmo, sobre seu mundo e sobre Deus são confusas (vs. 4-8); porém, com oração é possível distinguir a falsa sabedoria da verdadeira sabedoria, mesmo quando se anela entender muito mais (vs. 10-12).

Jó é exemplo de pessoas transparentes na oração. Em sua época, a revelação da Bíblia estava no alvorecer, ele ansiava pela esperança que nós temos. Apesar do desespero em que se encontrava, a sepultura foi seu estímulo para procurar esperança!

Substitua poesias de morte por profecias de vida: Valorize a esperança depositada por Jesus em nosso coração!

Não temos muito que esperar deste mundo, esperemos em Deus! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Jó 16 Comentários Pr Heber Toth Armí

Jó 16 
Comentários Pr Heber Toth Armí

Dentre tantas incertezas nesta vida, algumas certezas são possíveis. Primeiramente, Deus ouve nosso clamor, atende nossas orações. Também, a Bíblia é a revelação para o pecador de um Deus cheio de amor. Finalmente, Deus, somente Deus, poderá ser fonte segura de consolo real para nossos infortúnios.

Uma das coisas que fica claro neste capítulo é que a visão humana, por mais longe que enxergue, sempre será limitada em relação à visão divina. Sim, por mais inteligentes que sejamos, certamente muitas coisas que nos acontecem serão mistérios, não teremos explicação satisfatória.


Desta forma, a Bíblia deixa explícito que, sem comunhão real e íntima com Deus e dependência absoluta do Espírito Santo, qualquer ser humano fala coisas estúpidas e demonstra insensibilidade a mudanças de pensamentos e à dor do próximo (vs. 1-6).
• A mente se cauteriza quando se acomoda encima do orgulho e do preconceito.

Assim como Jó, Jesus teve de lidar com pessoas de corações duros. Os fariseus e seus preconceitos foram contrastados por Jesus e Seus conceitos. Estes se acham no direito de machucar e humilhar aos bons como se fossem maus (v. 10).
• Nem mesmo Jesus consegue mudar mentes fechadas para novas revelações da verdade.

Todavia, assim como Jó e Jesus, precisamos apresentar claramente a verdade mesmo aos insensíveis a ela! Contudo, até mesmo religiosos como Jó podem ter opinião equivocada sobre Deus.

1. Será que Deus destrói mesmo nossas famílias? (v. 7);
2. Será que Deus age para nos prejudicar? (v. 8);
3. Será que Deus nos despedaça e ameaça com acusação ao justo? (v. 9);
4. Será que Deus entrega os justos nas mãos dos ímpios para sofrer na desgraça? (vs. 11-14).

Deus alcança propósitos positivos com tantas coisas negativas (vs. 15-17); também é possível agir corretamente quando tudo conspira contra nós (vs. 18-22) – se buscarmos a Deus.

Ao falar com Deus elevamo-nos a um patamar que nunca se alcança sem comunhão com Ele. A oração é o trampolim para a confiança no Deus da aliança. A oração nos faz enxergar mais longe do que os mais visionários ateus.

A mente sensibilizada, quando se expande com a oração, se abre para novas revelações, avança para altos picos de esperança e alcança níveis de compreensão acima do normal. Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Jó 15 COMENTÁRIOS Pr. Heber Toth Armi

Jó 15
COMENTÁRIOS Pr. Heber Toth Armi

No capítulo anterior, Jó havia deixado seus amigos de lado e voltado para Deus em oração, em busca de consolo relevante, concreto e restaurador. Jó é exemplo de um ser humano de oração. Além disso, Jó é um ícone na Bíblia e na história de que, doenças, prejuízos, miséria e crises não são sinônimos de deficiências da fé em Deus ou, consequências diretas de algum pecado pessoal. Finalmente, Jó prova que, mesmo perdendo todos os recursos, inclusive família e saúde, é possível a um ser humano ser fiel a Deus.

Apesar disso, os amigos de Jó não mudavam suas opiniões. Agora, na segunda rodada de discursos, Elifaz provoca novamente a Jó por ser uma ameaça para suas crenças. Matthew Henry esboça sua fala em três tópicos, como segue:

1. Elifaz repreende a Jó por se justificar, e o responsabiliza por muitas coisas más que são, injustamente, deduzidas disto (vs. 1-13);

2. Elifaz persuade Jó a se humilhar perante Deus e se envergonhar (vs. 14-16);

3. Elifaz faz a Jó uma longa preleção a respeito do lamentável estado dos ímpios, que endurecem seus corações contra Deus e os juízos que são preparados para eles (vs. 17-35).
Elifaz prova que, sem discernimento espiritual faz até mesmo os sábios dizerem coisas equivocadas ou aplicar verdades de forma errada. Qualquer apologética baseada em fontes de sabedoria humana está fadada ao erro.

“Elifaz não apenas ouviu as palavras de Jó, mas viu para onde elas levavam [v. 4]. Se todo mundo cresse, como Jó, que Deus nem sempre castiga os perversos e recompensa os justos, então que motivo haveria para obedecer a Deus? A religião não valeria a pena! Mas essa é a teologia do diabo, justamente aquilo que Deus estava refutando por meio de Jó”, diz Warren Wiersbe.

Reflita, decore: “Se as pessoas servem a Deus pensando apenas no que irão ganhar com isso, na verdade não estão servindo a Deus coisa nenhuma, estão apenas servindo a si mesmas e colocando Deus a seu serviço” (Wiersbe).

• Quando não dependemos de Deus para elaborarmos nossos conceitos (filosofias e doutrinas), podemos distorcer o caráter de Deus e favorecer a obra do diabo. Nossa interpretação, julgamento e preconceitos podem ser os obstáculos para a aceitação da verdade.

Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Jó 14 Comentários Pr. Heber Toth Armí

Jó 14

Comentários Pr. Heber Toth Armí

Você já ouviu o famoso adágio popular: “Pouca oração, pouco poder; muita oração, muito poder”? Pois bem, Jó orava bastante antes de lhe sobrevir tanto sofrimento, mas não ficou blindado contra os ataques do mal. Jó intensificou suas orações desde o inicio de seus sofrimentos, mas o tempo passava e nada acontecia!


Reflita: Em Ester, o livro que antecede Jó, Deus não é mencionado; parece distante! Contudo, ficou claro que embora pareça que Ele esteja ausente, está sempre presente agindo nos bastidores de forma imperceptível. Em Jó, Deus aparece no início do livro e depois parece ausentar-se e deixar a história do mundo rolar desnorteadamente e os sofredores tateando no escuro por algum vislumbre de Sua divindade. Entretanto, Ele está observando o desenrolar de cada detalhe e interfere ativa e visivelmente no final; de forma tão impactante quanto em Ester.


Juntando a teologia dos dois livros, é possível ampliar nossa percepção de Deus. Ainda que pareça que Deus esqueceu-Se do mundo e de Seus filhos, na hora certa Ele agirá em prol deles e os libertará da aflição. Veja também Êxodo 2:23-25 e Apocalipse capítulos 13 a 19.


Por enquanto, voltemos ao clamor de Jó no capítulo em questão, onde podemos nos encontrar enquanto aguardamos a hora de Deus intervir em nosso favor. Neste capítulo Jó...


• ...avalia sua debilidade, fragilidade e mortalidade como uma triste fatalidade (vs. 1-12);
• ...medita na doutrina da ressurreição e cogita na possibilidade de ser melhor morrer para descansar até o dia da ressurreição (vs. 13-17);
• ...perde a clareza doutrinária pela densidade da tristeza, angústia e sofrimento que está enfrentando e parece ser tomado por desesperança (vs. 18-22).


Foi dureza o sofrimento experimentado por Jó; contudo, mergulhado em incertezas, ele preza pela oração ao Deus que controla a natureza.


Reflita em oração: Ainda que...• ...falemos coisas tão infantis ou imbecis a Deus, é melhor orar do que não orar!
• ...nossa oração tenha falhas doutrinárias, é melhor orar do que não orar!
• ...pareça que não seremos atendidos, é melhor orar do que não orar!


Com quem desabafar abertamente se até nossos amigos nos condenam? Só Deus conhece o íntimo de nosso coração e mesmo assim nos ama e nos entende. Então, vamos desabafar com Ele?


Hoje, viva com Deus! – Heber Toth Armí

domingo, 2 de outubro de 2016

Jó 13 – COMENTÁRIOS Pr. Heber Toth Armí

Jó 13 –
COMENTÁRIOS Pr. Heber Toth Armí

Tem muitas coisas que sabemos, mas Jó não sabia. A revelação é gradativa. A Bíblia demorou aproximadamente 1600 anos para ser concluída. O livro de Jó foi o primeiro a ser inspirado pelo Espírito Santo neste mundo pecaminoso. Contudo, é possível que nossa fé não seja tão sólida como a de Jó. Isso é lamentável!

O que sabemos (ou deveríamos saber) que Jó não sabia? Dentre tantas coisas, observe esta reflexão oriunda da pena de Rodolfo Gorski:

“Quando aceitamos a Cristo como Salvador, não recebemos nenhuma apólice de seguro de saúde e de proteção contra os resultados do pecado neste mundo. Por isso, todos os cristãos estão sujeitos aos acidentes, às doenças e até à morte. Todavia, é gratificante notificar que, ao aceitarmos a Cristo e nEle permanecermos, Deus nos concede a apólice de vida eterna, com todas as garantias. Essa apólice vem autenticada pelo sangue do próprio autor da vida, Jesus Cristo”.

Também temos a história de Jó que nos ensina preciosas lições espirituais para fortalecer a nossa fé que ele, obviamente, não tinha. Neste capítulo, Jó continua seu discurso, do qual temos:

• Ele falando com seus amigos. Indignado, em meio à dor e aos ataques ferinos da parte deles, Jó declarou que falaria com Deus; pois, não adiantava nada falar com eles, era pior ouvir suas palavras que seu silêncio (vs. 1-5). Assim como os amigos de Jó, na hora de ajudar um amigo na dor, muitos agem como charlatões, como médicos que dão receitas erradas, ou como advogados fraudulentos (vs. 6-12).

• Ele expressa esperança antes de dirigir-se diretamente a Deus. Mesmo sofrendo, Jó tem certeza da existência de Deus . Ele não tem medo de Deus, mas confiança. Em meio a mais terrível dor, Jó se rende ao Senhor antes de falar com Ele (vs. 13-19). É lamentável que, mesmo possuindo muito mais informações reveladas, nossa fé pode nem chegar perto da confiança de Jó em Deus.

• Ao orar a Deus, Jó Lhe faz dois pedidos (vs. 20-28):

1. Tira de mim as aflições.
2. Fala comigo para que eu possa responder.

Como Jó, em meio ao sofrimento precisamos aprender a fugir para Deus, não a fugir dEle. Por que afastar-se de Deus, se Ele é nossa única esperança? – Heber Toth Armí


sábado, 1 de outubro de 2016

Jó 12 Comentários do Pr. Heber Toth Armí

Jó 12
Comentários do Pr. Heber Toth Armí

Três contra um! Um trio irredutível em seus argumentos mesmo diante de provas contundentes. Jó e suas declarações eram as provas de que os justos sofrem, contra os argumentos de que o sofrimento era punição aos pecadores impenitentes. Que desafio para Jó!

É normal o abandono até dos amigos quando se perde tudo (Lucas 15:11-16). Mesmo que muitos abandonaram a Jó, seus amigos estavam com ele. Embora eles não fossem compreensivos, a fidelidade de Jó a Deus se fortalecia.

• Apesar dos pesares, o sofrimento extrai de nós muitas coisas boas.
Jó vasculhou fundo em sua mente visando encontrar respostas aos seus confrontadores. Isso é positivo! O ferro afia o ferro assim como relacionamentos influenciam no desenvolvimento do caráter. Não importa o tipo de amigo, no relacionamento, o fiel servo de Deus amadurecerá seu caráter. Com fé em Deus e atitude positiva é possível crescer/aprender até mesmo nas condições mais negativas.

• Jó mostra aos amigos que supõem-se mais sábios que é universal a suposta sabedoria mais elevada deles; suas verdades filosofadas não eram nenhuma novidade para ele (vs. 1-3).

• Jó intentava mostrar que, a crença tradicional na teologia da retribuição não condizia com os fatos. Nem todo sofrimento vem por algum pecado cometido. Em outras palavras, as provas indicavam o contrário da crença popular, que inclusive parece que Jó era adepto (vs. 4-6).

• Jó mostra que o conhecimento é universal, a natureza ensina muitas verdades aos que param para observá-la atentamente. A sabedoria natural é acessível a todos, mas a sobrenatural é exclusiva de Deus (vs. 7-13).

• Jó, em sua ignorância ao tema do grande conflito – entre um Satanás poderoso, agente do mal, e um Deus Todo-poderoso agente do bem – enfatiza aspectos negativos da criação/natureza relacionados com Deus. Sua teologia é confusa (vs. 14-25).

Como alguém na escuridão buscando luz, a pressão psicológica dos amigos de Jó o fez procurar por saída, solução e explicação. A falta de compreensão do grande conflito impede até os mais sábios de entender sua história e seu mundo.

• O causador do mal é Satanás; Deus só investe no bem!

• O destruidor é Satanás; Deus é o Criador!

Desconsiderar a existência de Satanás leva a interpretações equivocadas do caráter de Deus!

Como Jó, muitas pessoas carecem destas verdades... Heber Toth Armí
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