domingo, 31 de março de 2024

Ezequiel 6 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Ezequiel 6
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


EZEQUIEL 6 – Fica evidente, nesse texto, a natureza justa e ao mesmo tempo misericordiosa de Deus. Ele é intolerante ao pecado, mas faz de tudo para restaurar o pecador.

Ezequiel viveu durante o exílio do povo judeu na Babilônia. Ele profetizou sobre o julgamento divino contra o povo “santo” por causa de sua infidelidade, pecado e idolatria. Em Ezequiel 6:1-14, o juízo é pronunciado sobre as montanhas de Israel devido à adoração idolátrica praticado nelas, as quais sofrerão punição severa e devastação por meio de invasões estrangeiras.

• A natureza geme por causa do pecado da humanidade (Romanos 8:20-22).

Em Ezequiel 6:11 Deus ordena aplaudir ironicamente; esse gesto, que celebra a alegria, será utilizado de forma sarcástica. Deus está instruindo as nações estrangeiras a se regozijarem na destruição que Ele trará sobre o povo de Israel como resultado de seu pecado.

De certa forma, o bater palmas será uma celebração pela justiça divina. No Salmo 47:1 consta o seguinte imperativo: “Batam palmas, vocês, todos os povos; aclamem a Deus com cantos de alegria. Pois o Senhor Altíssimo é temível, é o grande Rei sobre toda a Terra!”

Além disso, a ordem de bater palmas e bater com o pé pode ser entendida em conexão com outros textos bíblicos que tratam do julgamento divino e a reação das nações. Por exemplo, em Isaías 55:12, há uma imagem de montanhas e árvores batendo palmas em alegria diante da restauração de Israel. O bater palmas a Deus, é tão importante para os seres humanos que, até mesmo a natureza inanimada – como rios e montanhas – o fazem diante de Seu juízo (Salmo 98:8-9). Em Ezequiel, as montanhas são personificadas como testemunhas silenciosas da destruição iminente, mas alguém deve aplaudir pelo julgamento divino.

• Tudo isso visa revelar a seriedade do pecado (Ezequiel 6:9) e o reconhecimento de quem é Deus (Ezequiel 6:14). Ele julga o pecado visando restaurar ao pecador.
• A devastação na natureza é um sinal visível de quão terrível é o pecado, e quão temível deveria sê-lo para nós.

Reconhecendo que Deus é tanto Juiz como Redentor, somos encorajados a buscar pelo arrependimento que gera transformação, e então buscar justiça e retidão em nossas ações.

Deus pode usar o sofrimento como processo de purificação e crescimento espiritual. Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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sábado, 30 de março de 2024

Ezequiel 5 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Ezequiel 5
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


EZEQUIEL 5 – Ezequiel recebe instruções de Deus para realizar mais um ato simbólico, agora envolvendo espada, balança, cabelos e fogo. “É a sexta encenação, simbolizando a espada que recairia sobre Jerusalém (Is 7:20)” (Bíblia Andrews).

O profeta deveria cortar o cabelo e a barba com espada como se fosse navalha; e, então pesá-los em três partes para dividi-los. Se a espada significa punição, a balança aponta para a investigação divina como parte do juízo sobre Seu povo (Ezequiel 5:1-4).

• Um terço do cabelo deveria ser queimado dentro da cidade: Juízo sobre os habitantes de Jerusalém.
• Outro terço é cortado ao redor da cidade: Símbolo do cerco e destruição aos idólatras, transgressores dos mandamentos divinos.
• O terceiro terço de cabelo deveria ser espalhado ao vento: Apontava para a dispersão e exílio do povo.

Desse último terço...

1. Um punhado de cabelo deveria ser escondido nas dobras da roupa do profeta, revelando a preservação de um remanescente do povo de Deus, indicando a misericórdia e a promessa de restauração ministrada por Deus através do Seu juízo.
2. Ainda uma mecha de cabelo deveria ser lançada ao fogo e o fogo se espalharia a toda a casa de Israel – fogo é instrumento de punição (julgamento) e purificação (restauração).
O trecho de Ezequiel 5:5-6:14, conforme a Bíblia Andrews apresenta, é a explicação da profecia encenada na forma de um processo judicial da aliança (ex., Deuteronômio 32; Miquéias 6):

• Preâmbulo apresentando o soberano/juiz (“o Soberano, o Senhor”, versículo 5).
• Prólogo histórico, resumindo as bênçãos passadas do governante à nação súdita (“que pus no meio dos povos”, versículo 5).
• Acusações à nação infiel (“ela se revoltou...”, versículos 6-7).
• Veredito de culpa (“Por isso... lhe infligirei castigo...”, versículos 8-9).
• Sentença de recebimento das maldições por deslealdade à aliança (preditas em Deuteronômios 28 e Levítico 26; “pais devorarão a seus filhos”, etc. versículos 10-17).
• As testemunhas (em Israel, os montes costumavam exercer esse papel; mas, neste caso, também são condenados, pois eram locais escolhidos para realizar cerimônias idolátricas de fertilidade, Ezequiel 6:1-14).

Aprendemos aqui que nossas ações têm consequências, Deus julga nossa desobediência (Eclesiastes 11:9); mas, as ações divinas visam nossa restauração.

Contudo, cada pessoa é responsável por suas escolhas e ações – nem todas serão restauradas. Portanto, reavivemo-nos intensamente visando nossa restauração! – Heber Toth Armí.

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sexta-feira, 29 de março de 2024

Ezequiel 4 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Ezequiel 4
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


EZEQUIEL 4 – Ezequiel foi chamado para ser profeta e mensageiro de Deus em sua primeira visão, iniciada no capítulo 1 (ver Ezequiel 2:1-9). Ao compreendê-la hoje, precisamos estar dispostos a também responder ao chamado de Deus, prontos para sermos enviados onde Ele nos conduzir, como fez Ezequiel no capítulo 3. Para tanto, devemos buscar um entendimento mais profundo da santidade divina e viver em conformidade com Seus padrões de vida (Ezequiel 2:8; 3:7-11).

A submissão a Deus leva-nos a tomarmos parte de Sua mensagem aos impenitentes pecadores. Quem não ouve a Palavra de Deus, precisa vê-la; para isso Deus utiliza-Se de encenações:

• Em visão, o profeta deveria comer o rolo do livro (Ezequiel 3:1-3). Isso significa absorção e internalização da mensagem divina por parte do profeta, que então deve proclamá-la ao povo rebelde.

• Encarceramento e mudez (Ezequiel 3:25-27). Deus falou ao profeta para encerrar-se em casa, onde seria amarrado e ficaria mudo impossibilitado de repreender aos rebeldes, simbolizando a dureza do coração e a recusa do povo em ouvir a mensagem de Deus, bem como o tempo de silêncio divino em resposta à rebelião deles.

• Desenhos em tijolos (Ezequiel 4:1-3). Ezequiel deveria desenhar numa taboa de argila uma representação de Jerusalém e então simular um cerco contra ela, como aviso do julgamento divino por causa do pecado do povo.

• Deitar-se do lado esquerdo e depois direito (Ezequiel 4:4-8). Os dias para cada lado seriam determinados pelos anos de história de pecado do povo de Deus.

• Comer pão assado em fezes (Ezequiel 4:9-17). Durante o tempo que ficaria deitado o profeta deveria comer pão assado em fezes. Era para ser fezes humana, mas ao argumentar com Deus, foi-lhe permitido utilizar fezes bovinas, encenando profeticamente o racionamento de alimento e água dos israelitas.

Além de encenações, Ezequiel 4:5-7 contém a base para a interpretação de profecias apocalípticas tratando de períodos “de tempo” especificados nas visões. Em certas profecias, onde um determinado período é mencionado simbolicamente, um dia na profecia representa um ano literal. Isso é conhecido como o “princípio do dia/ano”. Por exemplo, em Daniel 9:24-27 as 70 semanas (490 dias) equivalem a um período de 490 anos.

Acima de tudo, o importante é entender que nossa vida é a Bíblia que muitos lerão! Então, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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quinta-feira, 28 de março de 2024

Ezequiel 3 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Ezequiel 3
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


EZEQUIEL 3 – Enquanto a Palavra de Deus é poderosa e eficaz em cumprir seus sublimas propósitos, pode haver momentos em que os ouvintes escolhem rejeitá-la, resultando numa aparente falta de resposta. Isso, contudo, não diminui em nada à Palavra do Senhor, mas reflete a liberdade de escolha e responsabilidade das pessoas em aceitar ou rejeitar a mensagem divina.

A falta de conversão após pregações poderosas não significa que a Palavra de Deus voltou vazia (Isaías 55:11), pois ela sempre realiza o que Deus deseja através dela e alcança sim Seus soberanos propósitos. Compreender corretamente isso nos fará perceber melhor a confiabilidade e o poder da Palavra de Deus em realizar Sua vontade entre os pecadores.

Mesmo quando a Palavra de Deus é fielmente proclamada, não há garantia absoluta de que os ouvintes a aceitará e a obedecerá. Jesus estava ciente disso quando proferiu sua conhecidíssima parábola do semeador e os diferentes solos que recebiam as sementes (Marcos 4:1-20). A Bíblia não ignora que a resistência humana e a dureza do coração impedem as pessoas de aceitar sua mensagem, como Deus alertou Ezequiel (Ezequiel 2:3-8).

Em sua primeira visão, Ezequiel viu uma mão estendida segurando o rolo de um livro, o qual continha palavras de “lamento, pranto e ais” (Ezequiel 2:9-10), indicando mensagens de julgamento e advertência aos rebeldes judeus exilados na Babilônia.

Em Ezequiel 3, Deus constituiu Seu servo como atalaia para Seu povo, mesmo enfrentando resistência e oposição. A Palavra de Deus cumpriria Seu propósito: Alertaria o povo sobre o perigo de seu pecado e de sua desobediência à Palavra de Deus.

O rolo/livro da visão deveria ser comido/digerido pelo profeta. No paladar, o livro seria doce a Ezequiel; mas ao ser levado pelo Espírito a pregar, ele estava “cheio de amargura e de ira e com a forte mão do Senhor sobre” ele; e testemunha: “Fui aos exilados que moravam em Tel-Abibe, perto do rio Quebar. Sete dias fiquei lá entre eles – atônito!” (Ezequiel 3:1-15).

A intenção é que nem o profeta nem Deus deveria ser o responsável pelas consequências da desobediência (Ezequiel 3:16-27). O mesmo acontece em Apocalipse 10 ao João representar o remanescente que proclamaria o juízo divino diante da rebelião promovida pela Babilônia apocalíptica (Apocalipse 14:6-12; 18:1-4).

Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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quarta-feira, 27 de março de 2024

Ezequiel 2 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Ezequiel 2
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


EZEQUIEL 2 – O importante Livro de Ezequiel foi escrito por um importante servo de Deus.

Ezequiel, nascido na Babilônia, era sacerdote fiel, filho do sacerdote Buzi, da terra de Israel (Ezequiel 1:1-3). Seu ministério profético teve início enquanto estava exilado entre os judeus levados ao cativeiro babilônico, no trigésimo ano, no quinto dia do quarto mês. Sua primeira visão foi da glória de Deus, os Céus se abriram quando estava junto ao Rio Quebar (Ezequiel 1:4-27). Após a visão, o sacerdote profeta caiu com o rosto em terra e ouviu uma voz que falava com ele (Ezequiel 1:28).

Aquela voz o instruiu a levantar-se, pois o Senhor lhe falaria. Na verdade, ele foi colocado em pé quando o Espírito entrou nele; a partir daí Ezequiel passou a ouvir a voz que lhe disse para ir até os filhos de Israel para falar-lhes as palavras que Deus lhe daria para falar (Ezequiel 2:1-9).

O mensageiro deveria transmitir fielmente as palavras de advertência do Senhor ao povo de Israel, mesmo que este fosse rebelde e teimoso (Ezequiel 2:3-7). Ezequiel foi alertado de que o povo seria resistente à sua mensagem, mas ele deveria proclamá-la mesmo assim, sem temer suas línguas obstinadas; pois, o próprio Deus o fortaleceria e o capacitaria para cumprir essa dura e desafiante missão. O profeta deveria apenas ser submisso e obediente a Deus (Ezequiel 2:8) sem preocupar-se com os resultados.

Há uma aparente contradição nessa missão dada por Deus a Ezequiel em relação à missão da Palavra de Deus em Isaías 55:11 – ela não voltará vazia, pois fará o que Deus deseja através de Sua Palavra e atingirá o propósito pela qual a enviar.

• Ao refletir mais profundamente, é nítido que não existe contradição no texto, apenas numa compreensão meramente superficial. Observe Deus não disse que todos aceitariam miraculosamente Sua Palavra através de Ezequiel. O propósito de Deus é que as pessoas soubessem que Ele enviou Seu profeta para estar entre elas (Ezequiel 2:5).

• E, se Deus sabe que não vai ter adeptos, por que envia mesmo assim Sua Palavra? Primeiro, porque Ele não quer perder ninguém – oferece oportunidade a todos; mas, Ele também não quer que ninguém tenha desculpas por sua perdição.

Evangelizar implica mais que conversão, significa oportunizar a salvação! – Heber Toth Armí.

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terça-feira, 26 de março de 2024

Ezequiel 1 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Ezequiel 1
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


EZEQUIEL 1 – A visão deste capítulo enfatiza o controle soberano de Deus sobre todo o Universo – Deus governa sobre tudo!

A imagem da Sua glória descrita na visão destaca Sua natureza transcendente e incomparável. A proposta Ezequiel 1 é levar-nos a cultivar uma compreensão da grandeza e majestade de Deus, que ultrapassa os limites de nossa compreensão.

A visão retrata seres viventes e rodas cheias de olhos que estão sob o comando de Deus. “As rodas eram tão complicadas em seu arranjo que à primeira vista pareciam estar em confusão: mas moviam-se em perfeita harmonia. Seres celestiais, sustidos e guiados pela mão que estava sob as asas dos querubins, impeliam aquelas rodas; acima delas, sobre o trono de safira, estava o Eterno; e em redor do trono um arco-íris, emblema da misericórdia divina”, explica Ellen White.

Diante disso, devemos reconhecer e aceitar a autoridade de Deus sobre nossa vida, confiando em Sua sabedoria e plano. Através da informação da providência divina descrita na visão, somos encorajados a confiar que Deus está cuidando de cada detalhe, mesmo quando as circunstâncias parecem desconcertantes (Ezequiel 1:1-27).

Ao contemplarmos a glória, majestade e soberania divina diante de uma visão espetacular dada a Ezequiel, somos lembrados de nossa pequenez, insignificância e limitação (Ezequiel 1:28). Portanto, é imprescindível que cultivemos uma atitude de humildade diante da grandiosidade de um Deus que interage conosco.

A visão dada a Ezequiel se deu enquanto ele estava entre os exilados na Babilônia. Ela abre as cortinas da realidade física, destacando a importância do discernimento espiritual para a compreensão da vida real, e então entender os propósitos e caminhos de Deus em nossa existência.

“Assim como aquela complicação de semelhanças de rodas se achava sob a direção da mão que havia sob as asas dos querubins, o complicado jogo dos acontecimentos humanos achava-se sob a direção divina. Por entre as contendas e tumultos das nações, Aquele que Se assenta acima dos querubins ainda dirige os negócios da Terra” (EGW).

A visão deste capítulo estabelece o tom para o restante do livro, transmitindo a grandeza e a majestade de Deus, bem como a autoridade e soberania divina sobre todas as nações, inclusive sobre o Império Babilônico no passado ou qualquer império opressor no presente.  Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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segunda-feira, 25 de março de 2024

Lamentações 5

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Lamentações 5
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


LAMENTAÇÕES 5 – São os segundos sem esperança que parecem eternidades de vazio e desespero; pois, a esperança é o combustível da alma, sem ela, a vida perde seu propósito. Mak Finley salientou que “alguém disse com propriedade: ‘Você pode viver vários dias sem alimento, horas sem água, minutos sem ar, mas apenas segundos sem esperança”.

A esperança é a chama que nos mantém vivos durante os difíceis momentos sombrios. Através das terríveis adversidades é a esperança que nos sustenta e nos impulsiona a avançar.

Sendo que a falta de esperança transforma cada instante num fardo insuportável de carregar, é que Deus nos alcança onde estamos e tira-nos da lama em que nos chafurdamos. Por isso, como inicia Lamentações 5, com esperança podemos clamar a Ele: “Lembra-Te, Senhor, do que tem acontecido conosco; olha e vê nossa desgraça...”.

Evidentemente, quando tudo parece perdido, só existe esperança em Deus. Por isso, mesmo em meio à lamentação, há uma expressão de fé de que Deus está presente e pode intervir.

Em Lamentações 5:19, Jeremias clama: “Tu, Senhor, reinas para sempre; teu trono permanece de geração em geração”. A soberania de Deus é a esperança para quem sofre a tirania humana. Ao erguer os olhos da fé acima da desgraça, podemos alcançar o reconhecimento de que Deus continua reinando e que Seu domínio é eterno. Isso sugere uma confiança na fidelidade divina, apesar das circunstâncias adversas.

Embora o tom geral de Lamentações 5 seja de tristeza e lamento, esses versículos demonstram que, mesmo em meio ao sofrimento, há espaço para a esperança e a confiança na bondade e poder soberano de Deus. Em meio à instabilidade e desolação de nossa sociedade caótica, ao reconhecer a estabilidade divina encontraremos base para a esperança.

Das profundezas expressas em palavras (Lamentações 5:1-20) depois de reconhecer que o pecado é a razão de tanta desgraça e aflição, Jeremias exclama com certa expectativa no final do capítulo 5 que, embora a libertação divina possa não vir, é a única possibilidade de esperança.

Embora haja uma forte consciência da gravidade do pecado (Lamentações 5:22) há um apelo à misericórdia de Deus (Lamentações 5:21). Desta forma, se nossa desgraça exige uma restauração, precisamos reconhecer nossos erros e apegar-nos à misericórdia divina.

Certamente, há esperança! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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domingo, 24 de março de 2024

Lamentações 4 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Lamentações 4
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


LAMENTAÇÕES 4 – Na esfera da espiritualidade, há uma verdade que vai além das culturas e eras: A fragilidade humana. Lamentações convida-nos a contemplar essa realidade com amplitude e profundidade.

Lamentações 4:1-22 ensina-nos preciosíssimas lições:

• Não podemos driblar as consequências de decisões erradas. Tanto Sodoma, quanto Jerusalém foram destruídas “num instante sem que ninguém” as socorressem (Lamentações 4:6). A amplitude da fragilidade humana é evidente. Por mais que nos consideremos saudáveis, valiosos e poderosos, somos vulneráveis e frágeis, sujeitos às vicissitudes da existência (Lamentações 4:1-8).

• Diante das crises, somos tão frágeis que, é preferível morrer pela espada antes que pela miséria (fome). A indiferença ao Deus que provê sustento significa assinar nossa própria sentença de morte em meio ao caos (Lamentações 4:9-17).

• Por mais que nos consideremos autossuficientes, somos frágeis diante da escassez e da privação; no entanto, é na profundeza da fragilidade humana que encontramos esperança divina. Em meio à devastação e sofrimento, Deus promete restauração e redenção (Lamentações 4:18-22).

A profecia dos impiedosos edomitas tem sua explicação em Ezequiel 25:12-14; 35:5 e Oséias 11:1-14:9. A profecia é clara e incisiva: A taça da ira de Deus seria derramada sobre a terra de Edom. A queda de Jerusalém e do reino edomita são testemunhos vívidos da fidelidade de Deus em cumprir Suas palavras.

Meditemos...

• A fragilidade humana não é o fim da história; é o convite para olharmos para além de nós mesmos e encontrarmo-nos com o Todo-poderoso que deseja nosso bem!

• Deus pode reverter qualquer calamidade que assola a vida de Seu povo. NEle, sempre há esperança. Aliás, Ele é única esperança!

• Infeliz aquele que se opõe à Palavra de Deus!

Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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sábado, 23 de março de 2024

Lamentações 3 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica – Lamentações 3
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


LAMENTAÇÕES 3 – Mesmo nos momentos mais sombrios podemos encontrar conforto e segurança na fidelidade e misericórdia de nosso Criador.

Desde o capítulo anterior (Lamentações 2:17), a teologia de Lamentações está escancarada: “O Senhor fez o que planejou; cumpriu a Sua Palavra, que há muito havia decretado”. Esta passagem revela a ação de Deus e Suas consequências sobre o povo. Esse texto trata do cumprimento das palavras divinas, ainda que isso signifique a queda e a dor para aqueles que as experimentam.

A partir desse contexto, Lamentações 3:1-66 continua com o lamento de Jeremias, expressando uma mistura de tristeza, arrependimento, fé e esperança. Depois de iniciar com o lamento pela aflição que enfrenta, Jeremias muda o foco para lembrar da fidelidade e compaixão de Deus. Ele descreve intensamente sua angústia pessoal, mas também reconhece a esperança que permanece em meio ao desespero. É uma jornada emocional através da dor e da confiança em Deus.

Como consta na introdução de Lamentações na Bíblia do Discípulo, Jeremias “reconhece o juízo de Deus e ora em favor da restauração. Através da descrição da desgraça ele dá esperança de que o Senhor irá perdoar e aliviar o sofrimento do Seu povo. Apesar da destruição de Israel, Deus é misericordioso. Esta verdade é revelada no seguinte texto: ‘Graças ao grande amor do Senhor é que não somos consumidos, pois as Suas misericórdias são inesgotáveis. Renovam-se a cada manhã; grande é a Sua fidelidade’ (Lm 3:22-23). Portanto, esperança e não desespero é a grande mensagem de Lamentações. Jeremias realça a importância de compreender a natureza da dor, do pecado e da redenção”.

• Um servo de Deus pode descrever a própria dor, angústia e sofrimento, sentir-se como alguém que perdeu toda a esperança (Lamentações 3:1-20).

• Mas, nessas horas é preciso relembrar a fidelidade e misericórdia de Deus, para então encontrar esperança no fato de que o amor do Senhor nunca acaba, e Suas misericórdias renovam-se a cada manhã (Lamentações 3:21-24).

• Assim, percebe ser bom esperar e buscar ao Senhor em momentos de extrema dificuldade (Lamentações 3:25-33).

• Conhecendo mais profundamente a Deus, é possível compreender que mesmo que aflija Seu povo, Ele não é injusto (Lamentações 3:34-42).

• Tal reflexão resulta na confiança de que Deus ouvirá nossas orações suplicantes (Lamentações 3:43-66).

Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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sexta-feira, 22 de março de 2024

Lamentações 2 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Lamentações 2
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


LAMENTAÇÕES 2 – É interessante que o Livro de Lamentações “inteiro foi escrito em poesias muito bem construídas”. O livro “contém composições de acrósticos com base nas 22 letras do alfabeto hebraico. Os capítulos 1, 2 e 4 contêm 22 versículos cada, e cada um começa com uma letra diferente do alfabeto hebraico, em ordem alfabética. O capítulo 3 contém 66 versos. Os três primeiros começam com álef, a primeira letra do alfabeto hebraico, os próximos três versículos com a segunda letra, Beth, e assim por diante. O último capítulo contém 22 versículos, mas não é um acróstico” destaca Rodrigo Silva.

Isso implica que:

• O sofrimento humano é complexo e multifacetado, e a forma como é expresso artisticamente no livro de Lamentações auxilia na transmissão organizada dessa complexidade.

• A organização cuidadosa de Lamentações revela o caminho para encontrar ordem e propósito em meio ao caos e diante das circunstâncias mais desesperadoras.

• A ordem e simetria da estrutura poética são símbolos da fidelidade divina e do compromisso com Deus em trazer ordem e redenção mesmo nas situações mais caóticas.

Os judeus cativos precisavam saber que foi o próprio Deus que castigou Jerusalém (Lamentações 2:1-10) – o caos que assolou Jerusalém não foi má sorte, nem mero acidente, foi causado por Deus devido aos pecados de Seu povo –, para que entendessem que, a restauração viria caso houvesse arrependimento dos seus pecados, exclusivamente pela atuação de Deus (Lamentações 2:11-22).

Portanto, Lamentações 2:1-22...

• Convida-nos a refletir sobre a natureza do sofrimento humano e a maneira como lidamos com ele. Assim como o povo de Judá enfrentou dificuldades, nós também passamos por momentos de dor e desespero; e, todo o Livro mostra-nos a importância de expressar nossas lamentações diante de Deus.

• Além disso, o texto lembra-nos da seriedade do pecado e das consequências que ele pode acarretar, tanto individualmente quanto coletivamente. Nossas escolhas erradas nos afetam e afetam às pessoas ao nosso redor, inevitavelmente.

• Finalmente, Lamentações 2 nos desafia a manter nossa confiança na fidelidade de Deus, mesmo quando enfrentamos adversidades aparentemente insuperáveis. Por isso, nossa resposta diante do sofrimento não deve ser apenas reclamação e lamento, deve ser voltada para a busca da reconciliação com Ele através do arrependimento.

É bem certo que precisamos dessa mensagem hoje... Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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quinta-feira, 21 de março de 2024

Lamentações 1 -Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse


Leitura Bíblica – Lamentações 1
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


LAMENTAÇÕES 1 – Este livro, muitas vezes ignorado nos púlpitos e em estudos particulares, é uma expressão profunda do sofrimento do povo de Deus após a destruição de Jerusalém e do Templo pelos babilônios.

Curiosamente, “textos de lamentação são comuns na literatura do Antigo Oriente Médio. Eles geralmente evocam a dor individual ou coletiva causada pela destruição de uma cidade, pela morte de um ente querido ou pelo castigo infligido por uma divindade. No contexto bíblico não é diferente. Há salmos de lamentações e seções em diversos profetas. Neste caso, o livro inteiro é um grande lamento profético pela destruição do templo e da cidade de Jerusalém pelos babilônios em 587 a.C. Seu próprio título em hebraico é uma exclamação de luto”, explica Rodrigo Silva.

Lamentações 1 reflete o desespero e a angústia vivenciados pelo povo que experimentava o sofrimento:

• Socialmente, a destruição da cidade resultou numa crise humanitária, com inúmeras vidas perdidas, famílias desfeitas e uma grande parte da população sendo levada como cativa para Babilônia (Lamentações 1:1-22).
• Politicamente, a queda de Jerusalém marcou o fim do reino de Judá como entidade independente, sujeita agora ao domínio estrangeiro.
• Religiosamente, o Templo de Jerusalém representava o centro da adoração e da identidade nacional de Israel, e sua destruição deixou o povo sem um ponto focal para sua fé e culto.
• Teologicamente, a destruição de Jerusalém é vista como juízo divino, mas também como um ato da disciplina amorosa de um Deus paciente para com Seu povo (Lamentações 1:5, 8, 12, 17).

Embora o escritor de Lamentações seja Jeremias, o autor da mensagem é Deus. Esta concepção é importantíssima para a compreensão mais profunda do texto. Note que, “a tradição retrata o padecente profeta se lamentando numa gruta além do muro setentrional de Jerusalém, à sombra do outeiro chamado Gólgota, onde o padecente Salvador morreu. Seja como for, o Espírito de Cristo no profeta fez dele, num sentido real, um prenúncio do Senhor (Jr 13:17), pois o Mestre também Se lamentou sobre a cidade desencaminhada (Mt 23:36-38)”, observa Merrill Unger.

Deus chora, quando Seu povo chora; Ele Se identifica com Seu povo mesmo quando o sofrimento é resultado das consequências dos erros desse povo.

Assim, o texto revela muito do caráter gracioso de Deus. Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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quarta-feira, 20 de março de 2024

Jeremias 52 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Jeremias 52
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


JEREMIAS 52 – Num mundo de confusão, aflição e incerteza, a comunhão com Deus, a busca pela verdade e o discernimento espiritual são nossas âncoras para a vida.

“No final do livro de Jeremias encontramos dois apêndices, um referente à queda de Jerusalém, destino dos utensílios do Templo, e número de deportados, e outro referente ao libertamento do rei Joaquim... Se se pergunta o porque destes apêndices... uma resposta é que para os homens que compuseram o canon do Velho Testamento não havia distinção entre história e profecia. Com efeito, os livros históricos são incluídos com os livros proféticos na mesma seção – Nebhi´im, ‘profetas’, e o livro de Isaías segue imediatamente ao de Segundo Reis na Bíblia Hebraica. O primeiro apêndice seria, pois, o selo posto sobre as predições de Jeremias concernentes ao futuro de Israel e de Babilônia. O segundo apêndice, relativo ao rei Joaquim, poderia ter contribuído para reacender a esperança no coração de um povo desapontado e desalentado. A exaltação inesperada de Joaquim, depois de anos de humilhação, era o penhor da restauração e exaltação do povo de Israel, segundo a promessa feita aos pais”, explica Siegfried Schwantes.

Levítico 26:44-45 enfatizam a fidelidade de Deus à aliança com Seu povo de Israel, mesmo quando eles estão na terra de seus inimigos como consequência de sua desobediência. Mesmo durante períodos de exílio e punição, Deus promete não rejeitar completamente Seu povo nem quebrar Sua aliança com eles. Em vez disso, Ele Se lembra da aliança feita com os antepassados de Israel e permanece comprometido em ser Seu Deus.

Jeremias 52:31-34 é mais que o cumprimento de Levítico 26:44-45; pois, estes versículos finais de Jeremias refletem a natureza misericordiosa e compassiva de Deus, mesmo diante da desobediência humana. Noutras palavras, independentemente da desobediência do povo de Deus e das circunstâncias em que ele se encontra, na fidelidade de Deus baseada em Seu amor reside a certeza do cumprimento de Suas promessas.

• No turbulento século 21, o amor misericordioso de Deus é a garantia do cumprimento de Suas promessas, apesar de nossa fraqueza e indiferença e das circunstâncias adversas.

• Esse amor de Deus continua disponível a nós; apegando-se a ele mantemo-nos firmes diante das tempestades da vida agitada e instável dos dias atuais.

Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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terça-feira, 19 de março de 2024

Jeremias 51 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Jeremias 51
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


JEREMIAS 51 – Os eventos históricos têm propósitos maiores que as intenções humanas e estão sujeitos a um plano divino.

A história das potências políticas é vista como um palco onde as ações humanas têm consequências morais. A queda de Babilônia é um evento importante na teologia e escatologia bíblicas. Podemos ampliar nossa visão através da seguinte análise:

• Jeremias profetizou a queda iminente da Babilônia e convocou outras nações a unirem-se contra ela (Jeremias 51:1-4).

• Jeremias instrui o povo de Deus a sair da Babilônia antes que seja tarde demais, para que não compartilhem de sua punição (Jeremias 51:5-10, 45-46).

• Jeremias delineia as razões para a queda da Babilônia, que inclui orgulho, idolatria e violência. Além disso, o profeta trata do julgamento aos deuses babilônicos e a restauração do povo de Israel (Jeremias 51:11-19, 47-53).

• Jeremias expressa louvores e alegria pela queda de Babilônia, pois Deus é exaltado como o vingador de Seu povo (Jeremias 51:20-26, 33).

• Jeremias descreve os meios pelos quais Babilônia seria destruída, incluindo exércitos inimigos – onde os Medos são citados por nome – e a seca sobre as águas (Jeremias 51:11, 27-44, 54-58).

• Jeremias encerra suas profecias contra a Babilônia, pede que tudo seja escrito num rolo, lido e depois amarrado a uma pedra e então atirado no Eufrates – como uma encenação da fatalidade desta nação (Jeremias 51:59-64).

Literalmente, a profecia de Jeremias se cumpriu em Daniel 5:1-30. Porém, no Novo Testamento, especialmente em Apocalipse 17, 18 e 19, essa profecia é elevada a um nível espiritual – aguardamos seu cumprimento! João trata da Babilônia como poder político-religioso que exerce autoridade e influências mundiais.

• Da mesma forma que em Jeremias, em Apocalipse a Babilônia refere-se a uma grande potência sobre as nações e, condenada por sua imoralidade e idolatria.

• Assim como em Jeremias, a Babilônia apocalítica terá de enfrentar o julgamento divino por seus pecados contra Deus e contra Seu povo.

• Tanto em Jeremias quanto no Apocalipse, a queda de Babilônia resulta em liberdade e redenção ao povo de Deus; desta forma, a destruição da Babilônia é retratada como parte do plano de Deus para libertar Seu povo da opressão e então estabelecer Seu reino.

Aos fiéis, devemos permanecer firmes na fé: O julgamento de Deus é o alicerce da nossa esperança! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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segunda-feira, 18 de março de 2024

Jeremias 50 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Jeremias 50
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


JEREMIAS 50 – No micro, a decisão cabe a nós; no macro, cabe a Deus. Ele está no controle da História; e, sábio é todo aquele que optar por viver segundo Seus propósitos.

“O poder exercido por todo governante sobre a Terra, é-lhe comunicado pelo Céu; e depende seu êxito do uso que fizer no poder que assim lhe é concedido... Compreender que ‘a justiça exalta as nações’, que ‘com justiça se estabelece o trono’ e que ‘com benignidade’ (Prov. 14:34; 16:12; 20:28) ele é mantido; reconhecer a operação destes princípios na manifestação de Seu poder que ‘remove os reis e estabelece os reis’ (Dan. 2:21) – corresponde a entender a filosofia da História”, destaca Ellen White.

Em Jeremias 50, o relato de Babilônia ecoa através dos séculos trazendo consigo lições sobre poder, justiça e o desígnio divino. Os princípios bíblicos transcendem as fronteiras religiosas, apresentando-se como verdades universais aplicáveis a todos os contextos políticos e sociais.

• A queda da Babilônia serve como lembrete vívido das consequências do abuso do poder e da injustiça.
• A história da humanidade está repleta de exemplos que corroboram a importância da justiça e da benevolência na governança.

Ao examinarmos Jeremias 50 à luz desses princípios, somos confrontados com a narrativa de uma nação que se desviou do caminho da justiça e da retidão. A soberba e a opressão levaram à ruína de um império que, em sua arrogância, esqueceu-se dos princípios divinos que fundamentam a verdadeira autoridade.

Considerando que Deus interage com a história humana, é evidente que a história das nações não são apenas uma sequência de eventos aleatórios; ela é como um intrincado tecido de causa e efeito, influenciado pela interação entre a vontade de Deus e a vontade humana.

Por conseguinte, entender a filosofia da história não é apenas uma tarefa intelectual, mas uma jornada espiritual e moral. Implica reconhecer a soberania divina sobre os assuntos imperiais, governamentais – políticos, enquanto também se assume a responsabilidade pela justiça, retidão e compaixão em nossa própria esfera de atuação.

• A soberania divina sobre os assuntos humanos nos recorda que governantes são meros administradores temporários do poder concedido pelo Céu; devem, portanto, agir com responsabilidade e humildade.

Diante disso, é imprescindível preocuparmo-nos com os governantes e orar por todos eles! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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domingo, 17 de março de 2024

Jeremias 49 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Jeremias 49
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


JEREMIAS 49 – O Soberano do Universo não está atoa. Ele atua administrando Seu Reino Universal, que incluía o Planeta Terra e os povos com seu governo.

Note que no Livro de Levítico encontramos instruções relacionadas à santidade da terra e à contaminação dela devido às práticas abomináveis dos seus habitantes. Em Levítico 18, por exemplo, Deus dá uma série de proibições relacionadas à moralidade sexual, depois adverte especialmente aos israelitas que adentravam o território de Canaã:

“Não se contaminem com nenhuma dessas coisas, porque assim se contaminaram as nações que vou expulsar da presença de vocês. Até a terra ficou contaminada; e eu castigarei a sua iniquidade, e a terra vomitou os seus habitantes. Mas vocês obedecerão aos meus decretos e às minhas leis. Nem o natural da terra nem o estrangeiro residente entre vocês farão nenhuma dessas abominações, pois todas estas abominações foram praticadas pelos que habitaram a terra antes de vocês; por isso a terra ficou contaminada. E, se vocês contaminarem a terra, ela vos vomitará, como vomitou os povos que ali estavam antes de vocês”.

Em Levítico 20:22-24 o próprio Deus diz: “Obedeçam a todos os Meus decretos e leis e pratiquem-nos, para que a terra para onde os estou levando para nela habitar não os vomite. Não sigam os costumes dos povos que vou expulsar de diante de vocês. Por terem feito todas essas coisas, causam-me repugnância. Mas a vocês prometi que herdarão a terra deles; eu a darei a vocês como herança, terra onde há leite e mel com fartura. Eu Sou o Senhor, o Deus de vocês, que os separou dentre os povos”.

Estes textos explicam a razão dos judeus contemporâneos de Jeremias irem ao cativeiro e da Terra Prometida ficar desolada. Revela também que Deus está atuando na história das nações, como é notório em Jeremias 49:

O profeta profere palavras acerca dos amonitas (Jeremias 49:1-6), dos edomitas (Jeremias 49:7-22), dos habitantes de Damasco (Jeremias 49:23-27), de Quedar e Hazor (Jeremias 49:28-33) e de Elão (Jeremias 49:34-39). Com isso, precisamos aprender a...

• Procurar não seguir os costumes pecaminosos das nações ao nosso redor.
• Confiar na direção de Deus e na Sua promessa de herança aos fiéis (Mateus 5:5).
• Buscar segurança em Deus, não na política humana.

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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sábado, 16 de março de 2024

Jeremias 48 Comentário:

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Jeremias 48
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


JEREMIAS 48 – Os profetas desempenhavam papel crucial na vida política e religiosa de Israel e das nações circunvizinhas. Eles eram escolhidos por Deus para transmitir Sua Palavra e vontade aos líderes e ao povo, muitas vezes confrontando-os com questões de justiça, moralidade e fidelidade a Deus.

• Um exemplo notável é o profeta Natã, que confrontou o rei Davi após o seu adultério com Bate-Seba e o assassinato de Urias. Natã não hesitou em denunciar o pecado desse rei, mesmo sabendo que isso poderia custar-lhe a vida. Ele agiu como um mensageiro de Deus, chamando Davi ao arrependimento e anunciando as consequências de seus atos.

• Outro exemplo é o profeta Elias, que confrontou o rei Acabe e sua esposa Jezabel por causa de sua idolatria e injustiça. Elias ousadamente profetizou uma seca sobre a terra como julgamento divino e confrontou os profetas de Baal no monte Carmelo, demonstrando o poder e fidelidade de Deus.

• Da mesma forma, Jeremias era um profeta que não temia denunciar os líderes de Israel por Sua idolatria, corrupção e injustiça. Ele advertiu sobre a destruição iminente de Jerusalém e do Reino de Judá se o povo não se arrependesse de seus pecados e voltasse para Deus.

Porém, o ministério profético não era restrito ao território do povo de Deus. De Jeremias 46 a 51, o profeta profere sentenças sobre nações e povos estrangeiros. Tudo isso evidencia como os profetas de Deus exerciam influência significativa na esfera política mundial. Não faziam isso por interesse pessoal ou ambição, mas como instrumentos divinos para trazer justiça e restauração às nações. Eles desafiavam os governos a agirem com justiça e a cuidarem do bem-estar do povo.

Jeremias 48 é uma profecia contra Moabe, um povo orgulhoso e autoconfiante – sua arrogância o levaria à ruína. Embora os moabitas se vangloriassem de suas cidades fortificadas e de suas habilidades militar, Deus denuncia sua destruição.

• Dele é a Terra e conduz sua História!

Jeremias lamenta a queda de Moabe, apesar de sua maldade e opressão (Jeremias 48:31-46). A despeito do juízo iminente sobre Moabe, Deus promete uma restauração no futuro distante (Jeremias 48:47), revelando Seu caráter gracioso e benevolente.

• Assim, o juízo divino visa a restauração humana!

Precisamos aprender a orar pelos governantes, e pelas nações! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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sexta-feira, 15 de março de 2024

Jeremias 47 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Jeremias 47
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


JEREMIAS 47 – Neste curto capítulo, o profeta Jeremias descreve a profecia de julgamento de Deus sobre os filisteus, um povo antigo que habitava a região costeira do Mediterrâneo Oriental. Em sua mensagem, o representante de Deus alertou sobre a iminente devastação que se abateria sobre os filisteus, trazendo consigo um turbilhão de destruição e desolação.

• Mas, o que torna este relato antigo tão relevante para os tempos modernos?

Uma das verdades que sobressai é que Deus é soberano sobre todos os poderes deste mundo. Ele é Rei dos reis e Senhor dos senhores. Ele não Se curva aos caprichos dos poderosos, mas sim traz justiça e julgamento sobre aqueles que abusam de sua autoridade.

Deus é o Criador e Proprietário do Universo e do Planeta Terra. Ele governa sobre tudo e sobre todos. Interessante que no livro de Levítico, há instruções relacionadas à santidade da Terra e à contaminação dela devido às práticas abomináveis de seus habitantes. Em Levítico 18, Deus dá uma série de proibições relacionadas à imoralidade sexual, e adverte sobre como a terra pode ser contaminada pelas práticas ímpias de seus habitantes (Levítico 18:24-27).

Ali, Deus explica que lançou fora as nações de Canaã devido às suas abominações. Depois disso, Deus dirigiu-Se a Seu povo:

• “E se vocês contaminarem a terra, ela os vomitará, como vomitou os povos que ali estavam antes de vocês” (Levítico 18:28).
• “Obedeçam a todos os meus decretos e leis e pratiquem-nos, para que a terra onde os estou levando para nela habitar não os vomite. Não sigam os costumes dos povos que vou expulsar diante de vocês. Por terem feito todas essas coisas, causaram-Me repugnância. Mas a vocês prometi que herdarão a terra deles; eu a darei a vocês como herança, terra onde mana leite e mel com fartura...” (Levítico 20:22-24).

Isso explica por que os judeus da época de Jeremias perderam a terra e os filisteus receberam uma mensagem tão forte de destruição.

• Nenhum povo está isento de prestar contas por Suas ações.
• Todos comparecerão perante o Tribunal de Cristo.
• Nenhum indivíduo, instituição ou nação está acima do Legislador do Universo.

Jeremias 47 é um alerta para que as nações façam mudanças políticas e incorporem valores éticos em suas ações e decisões! Oremos pelos governantes! – Heber Toth Armí.

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quinta-feira, 14 de março de 2024

Jeremias 46 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Jeremias 46
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


JEREMIAS 46 – Aqui encontramos uma profecia que denota a inevitável queda do Egito. Neste contexto, Deus é retratado como o verdadeiro antagonista do Egito, enquanto a derrota do país é descrita como uma celebração na qual Deus mesmo oferece o Egito em sacrifício. O orgulhoso faraó é exposto como um fanfarrão, enquanto a devastação trazida pelos babilônios é comparada a enxame de gafanhotos incontáveis.

No cumprimento da profecia de Jeremias 46, histórias posteriores relatam a invasão babilônica e a subsequente queda do Egito. Os babilônios, como agentes divinos de juízo, efetivamente executaram a sentença pronunciada pelo profeta. O esplendor egípcio sucumbiu diante da força dos conquistadores, mostrando a soberania de Deus sobre as nações e a realização de Suas palavras através dos eventos históricos.

Ao olharmos ao mundo contemporâneo, encontramos paralelo entre o texto de Jeremias 46 e as dinâmicas geopolíticas atuais. Assim como o Egito confiava em deuses sem poder e sucumbiu diante da invasão babilônica, muitas nações modernas colocam sua confiança em poderes terrenos e sistemas políticos que eventualmente revelam-se frágeis e falíveis. A história egípcia nos lembra que a confiança em qualquer coisa além de Deus é fútil e pode levar à catastrófica ruína.

Diante desse cenário, extraímos lições práticas para a nossa vida atual:

• É vital reconhecer a soberania de Deus sobre as nações e confiar nEle como a verdadeira fonte de segurança e proteção (Jeremias 46:10, 18, 25).
• Devemos aprender com a arrogância do faraó e evitar cair na armadilha do orgulho e da autoconfiança (Jeremias 46:17, 19).
• Ao contrário da arrogância, do orgulho, da vaidade e da autoconfiança, devemos humildemente submeter e buscar orientação divina em todas as nossas decisões e ações na vida (Jeremias 46:20-21, 27).
• A limitação do julgamento revela que a graça de Deus triunfa sobre a desgraça do pecado; há intenção de Deus de que haja arrependimento e conversão entre os pagãos (Jeremias 46:26).
• É crucial lembrar que, assim como Deus não destruiu totalmente Seu povo, Ele também oferece esperança e restauração para aqueles que O buscam de coração sincero – mesmo em meio às adversidades e juízos (Jeremias 46:27-28).

Sendo que a confiança em poderes terrenos e em nós mesmos é fútil e leva-nos à ruína, devemos reavivar nossa confiança na Palavra divina! Aceitas? – Heber Toth Armí.

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quarta-feira, 13 de março de 2024

Jeremias 45 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Jeremias 45
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


JEREMIAS 45 – Quem era Baruque? E, o que podemos aprender com ele?

Ele foi escriba e colaborador de Jeremias, que, segundo Flávio Josefo, “provinha de uma família eminente”.

“Provavelmente, o camareiro-mor Seraías, enviado para Babilônia em uma missão real, fosse seu irmão (Jr 51:59; 43:3). No quarto ano de Jeoaquim, Baruque escreveu, por ditado de Jeremias, uma série de profecias denunciatórias e, no ano seguinte, ele as leu publicamente (Jr 36:1-20). Os príncipes informaram ao rei sobre isso; este, quando o livro foi lido em sua presença, cortou-o em pedaços e o queimou, ordenando também que o profeta e seu escriba fossem presos. Escondidos, eles escaparam da ira do rei (v. 21-26). Lá, Jeremias ditou as profecias antigas para que Baruque as reescrevesse, acrescentando muitas mais (v. 27-32). Devido à escrita do pergaminho, Baruque ficou tão desanimado que o Senhor lhe enviou uma mensagem especial de conforto” (Dicionário Bíblico Adventista).

Mark Pickles salienta que “os inimigos de Deus acusaram Baruque de incitar Jeremias contra eles, para entregá-los nas mãos dos caldeus. Ele e o profeta foram levados por Joanã, contra a vontade, para o Egito, num ato de desobediência ao Senhor (Jr 43:3-7). Jeremias então advertiu Baruque a não buscar grandes coisas para si mesmo (Jr 45:1-5). Baruque lamentava sua tristeza e suas dores, mas o Senhor desejava que ele entendesse que, dentro do contexto da destruição de Jerusalém e do exílio, ele deveria ser grato por escapar com vida”.

“Os judeus o obrigaram, assim como a Jeremias, a acompanhá-los para o Egito (Jr 43:1-7), onde termina a história de sua vida. Mais tarde, os judeus o consideraram autor de vários livros, entre os quais o livro apócrifo ‘Baruque’ e um pseudoepígrafo ‘Apocalipse de Baruque’” (Dicionário Bíblico Adventista).

• As situações adversas podem levar-nos a revelar desânimo e angústia; contudo, o texto inspira-nos a manter uma perspectiva eterna, olhando além das dificuldades temporárias para o quadro maior: O soberano plano de Deus.

• Em vez de buscar grandes coisas para satisfazer nossa ambição e egoísmo neste mundo de desgraças e mortes, é preferível submeter-se humildemente a Deus porque Seus propósitos são maiores que nossas mais ousadas ambições.

Neste mundo incerto, não há nada melhor que deixar Deus cuidar de nossa vida, especialmente do nosso futuro! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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terça-feira, 12 de março de 2024

Jeremias 44 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Jeremias 44
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


JEREMIAS 44 – Jeremias oferece-nos um rico panorama sobre a dedicada dinâmica entre a voz de Deus e a resistência humana.

É crucial, atualmente, compreendermos a distinção entre as diversas formas de comunicação que envolvem a mensagem divina. Os mensageiros, orientados pelo Espírito Santo, devem ser hábeis em discernir entre exortar, repreender, censurar, admoestar e criticar. Não é por acaso que no livro Parábolas de Jesus, Ellen White adverte sobre os perigos da crítica, alertando-nos ao fato de a crítica não ser uma ferramenta divina:

“Muitos que professam ajuntar com Cristo, estão espalhando. Este é o motivo de a igreja ser tão fraca. Muitos tomam a liberdade de criticar e acusar. Expressando suspeita, inveja e descontentamento, entregam-se a Satanás como instrumentos” (pág. 340).

Muitos, infelizmente, confundem a força do Espírito com o peso da crítica, esquecendo-se de que o verdadeiro poder transformador vem de uma fonte celestial, não terrena. A mensagem proferida deve vir do Senhor (Jeremias 44:1-3), e motivada pelo amor (Jeremias 44:4-5); deve-se expor os sentimentos de Deus pautando-se em Sua revelação, não na própria opinião (Jeremias 44:6-10), e apresentar o resultado da desobediência em nome do Senhor (Jeremias 44:11-14).

Jeremias estava entre os indiferentes a Deus, ele não os abandonou. Acompanhou-os até o Egito, não os ignorou. Embora mais direto e apelativo, seu segundo sermão tem os mesmos elementos do primeiro (Jeremias 44:15-30). Evidentemente, Jeremias, o profeta fiel não se inclinou à tentação da crítica. Ele não atacou com palavras ácidas, mas construiu com a verdade divina revelada. Seus sermões foram uma mescla cuidadosa de exortação, repreensão e admoestação, todos mergulhados na profundidade do amor divino. Numa sociedade sedenta por julgamento, Jeremias mostra ser mais importante uma mensagem de restauração, destacando o caminho da retidão e da graça.

No entanto, o relato apresenta uma triste realidade: A resistência humana à voz e amor divinos. Mergulhados em suas próprias convicções e práticas, os filhos de Deus encontraram justificativas para as próprias ações. A idolatria os cegou para a verdade, obscurecendo sua percepção diante da voz profética.

Assim como o povo de Jerusalém, muitos de nós sucumbem à sedução das práticas que se opõem a Deus; no entanto, a voz divina continua a ecoar através dos séculos, chamando-nos ao arrependimento e à obediência. Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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segunda-feira, 11 de março de 2024

Jeremias 43 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Jeremias 43
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


JEREMIAS 43 – Nem todo remanescente do povo de Deus é obediente. O remanescente que ficou em Judá após o cativeiro babilônico confrontou ao profeta acusando-o de mentiroso, falso e traiçoeiro. Então, ousada e arrogantemente partiram ao Egito, contrariando a mensagem que pediram a Deus através de Jeremias.

• “Quando os israelitas se cansaram de viver pela fé, caminharam cerca de 400 km a Sudoeste, na direção do Egito, onde tudo era claro e preciso. Eles levaram Jeremias consigo. Durante toda sua vida, Jeremias havia pregado uma fé intensamente pessoal. Ao contrário, o Egito organizou uma religião que era burocrática e impessoal. A grande ironia da vida do profeta foi ter terminado seus dias no Egito, um lugar que representava tudo aquilo que ele sempre censurou”, diz Eugene Peterson.

• “Não há nada mais difícil que viver com espontaneidade, esperança e virtude – pela fé. E jamais houve um período em que as condições externas foram mais contrárias a esse viver do que aqueles dias confusos e devastadores que se seguiram à invasão babilônica. O templo, centro do culto por quase meio milênio, estava em ruínas. O ritual, rico em símbolos e significado, fora abolido. As vozes dos sacerdotes que haviam proferido palavras de ânimo por décadas jaziam silentes. Apesar desse cenário traumático, Jeremias reafirmou ao povo a necessidade de deixar suas lágrimas e começar uma nova vida de fé”. Contudo, “para os israelitas, era muito mais fácil procurar refúgio no Egito. Assim, lá foram eles”. Pois acreditavam que, “em terras egípcias não havia incertezas, riscos nem ambiguidades...”. Hoje em dia, também, “muitas pessoas escolheram viver no Egito em vez de perseverar na fé”, afirma Peterson.

Deus, através do seu profeta, alertou, revelando que a concepção do povo sobre o Egito estava absurdamente equivocada (Jeremias 43:7-13). Ao apresentar as desgraças que viriam sobre o Egito, Deus pretendia que Seu povo soubesse que não era possível escapar da disciplina – oriunda de seus pecados – confiando em soluções terrenas para seus problemas. Ele queria que confiassem nEle e obedecessem às Suas instruções, mesmo que isso implicasse enfrentar dificuldades e incertezas (Jeremias 43:1-6).

Com isso, Deus demonstrava ser maior que o Egito; o povo deveria mostrar sabedoria confiando em Sua Soberania! Precisamos, como indivíduos e como Igreja, dessa lição também! Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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domingo, 10 de março de 2024

Jeremias 42 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica – Jeremias 42

Comentário: Pr. Heber Toth Armí

JEREMIAS 42 – A estrutura deste capítulo auxilia-nos na compreensão de seu conteúdo:

• O povo que restou em Judá faz súplica a Jeremias; queriam que intercedesse por eles pois estavam dispostos a obedecer a Deus (Jeremias 42:1-3).

• Jeremias prontamente aceita o pedido, e assegura que transmitiria fielmente a mensagem de Deus, seja ela favorável ou não (Jeremias 42:4-6).

• Deus responde a súplica de Jeremias: Deveriam permanecer na terra de Judá e não buscar refúgio no Egito. Deus prometeu bênçãos na obediência, mas advertiu severamente contra optarem por fugir ao Egito.

“Joanã e os demais respeitavam Jeremias e, por essa razão, pediram suas orações, mas eles não confiaram em Deus o suficiente para seguir o conselho do profeta. Estavam cansados de viver pela fé e decidiram ir para o Egito. Um dos motivos foi medo. Tinham receio da represália da Babilônia pelo assassinato de Gedalias, cometido por Ismael. Entretanto, a grande razão foi a recusa em viver pela fé. Eles não queriam aceitar os riscos e perigos de depender de um Deus invisível. Almejavam a segurança e a estabilidade de uma economia sólida. O povo não queria assumir a árdua tarefa de reconstruir uma vida de fé em Deus. Ansiavam pela vida tranquila que, segundo imaginavam, os aguardava no Egito: ‘Não; antes, iremos à terra do Egito, onde não veremos guerra, nem ouviremos som de trombeta, nem teremos fome de pão, e ali ficaremos’ (Jr 42:14). Eles buscavam uma saída fácil”, expõe Eugene Peterson.

Reflita:

• Escolher o Egito hoje é buscar segurança nas ilusões do mundo, em vez de confiar nas provisões de Deus.

• Quando optamos pelo Egito, trocamos a liberdade espiritual pela escravidão das convenções mundanas.

• Ir para o Egito nos dias de hoje é deixar de lado a fé para abraçar o conforto temporário, ignorando as terríveis consequências eternas resultantes da desobediência a Deus.

• Optar pelo Egito significa recusar convites divinos para uma vida consagrada e escolher viver aquém do propósito para o qual fomos chamados.

• Ao escolhermos o Egito, trocamos a segurança da presença divina pela incerteza das soluções humanas.

Assim como os conterrâneos de Jeremias, podemos ser tentados a escolher o Egito da vida quando a jornada da fé parece árdua; porém, é na perseverança que encontramos a verdadeira força. Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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sábado, 9 de março de 2024

Jeremias 41 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Jeremias 41
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


JEREMIAS 41 – Após a queda de Jerusalém, Nabucodonosor permitiu que alguns judeus permanecessem em Judá sob o governo de Gedalias. Todavia, Ismael, junto com alguns outros conspiradores, assassinou traiçoeiramente a Gedalias e sua comitiva babilônica. Isso resultou num massacre subsequente dos judeus que estavam com Gedalias, bem como na captura e escravidão de muitos outros.

• Ismael aqui era “Filho de Netanias (2Rs 25:23-25). Ele tinha sangue real e era oficial do exército sob Zedequias, rei de Judá... Ismael não foi levado cativo quando Nabucodonosor dissolveu o reino de Judá e conquistou a Jerusalém (v. 23)” (Dicionário Bíblico Adventista).

• Ele era “um dos oficiais do exército que se uniram a Gedalias em Mispa, perto de Jerusalém, quando este foi nomeado governador de Judá, após os judeus irem para o exílio na Babilônia (2Rs 25:23-25). Gedalias tentou convencer esses oficiais a permanecer na terra e não temer os caldeus (v. 24). Alguns meses mais tarde Ismael voltou a Mispa com dez homens e assassinou Gedalias, outros judeus que estavam com ele, bem como alguns caldeus (v. 25)”, observou Paul Gardner.

• “Após alguns outros assassinatos (Jr 41:4-8)”, Ismael “ levou o restante do povo, incluindo as filhas do rei e, presumivelmente, Jeremias. Então se preparou para unir-se aos amonitas (v. 10-12). Contudo, Joanã, filho de Careá, e seus seguidores, encontraram Ismael em Gibeão. Eles recuperaram os cativos, mas Ismael e oito de seus seguidores conseguiram escapar de Joanã e se uniram aos amonitas (v. 13-15)” (Dicionário Bíblico Adventista).

O relato de Ismael mostra a confusão e a desintegração da ordem social e política em Judá após a destruição de Jerusalém. Ele revela como os próprios judeus estavam envolvidos em conflitos e traições, o que levou ao aumento do sofrimento e da desgraça do povo de Deus. Esse tipo de traição e instabilidade política contribuiu para o desespero e a desolação enfrentados pelos judeus durante o exílio.

Jeremias 41 ensina-nos que...

• Se todos buscassem orientação divina em vez de confiar nos próprios planos, evitaríamos muitos desastres.
• Se os sofredores se unissem em vez de conspirarem uns contra os outros, poderiam resistir às adversidades com maior êxito.
• Se cada um buscasse o bem-estar alheio acima dos próprios interesses, teríamos sociedades mais coesas e estruturadas.

Temos muito a aprender. Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

#rpsp #ebiblico #palavraeficaz
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sexta-feira, 8 de março de 2024

Jeremias 40 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse


Leitura Bíblica – Jeremias 40
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


JEREMIAS 40 – Os conterrâneos do profeta Jeremias, líderes do povo de Deus, o prendeu, como visto em capítulos anteriores; porém, quando ia cativo entre os exilados judeus, o comandante da guarda imperial da Babilônia o libertou. Nebuzaradã ainda reconheceu que tudo o que acontecia à terra de Judá era Deus cumprindo o que havia prometido.

Não era nenhuma novidade de Jeremias a profecia do exílio. O livro de Levítico revela que, por causa do pecado do povo de Deus, o exílio seria sua consequência (Levítico 26:14-33). Alguns ficariam na terra devastada, mas em péssimas condições (Levítico 26:36-39). Jeremias pode optar em ir a Babilônia com os exilados, ficar com os restantes na terra devastada, ou ir para onde quisesse. Ele escolheu ficar com os poucos inválidos deixados para trás (Jeremias 40:1-6).

Um dos motivos para o exílio seria o descanso sabático da terra e libertação dos escravos conforme orientado por Deus em Levítico 25:1-55, confirmado pelo profeta em Jeremias 34:13-18. Os princípios do ano jubileu estão presentes em Jeremias, o qual aborda a libertação dos escravos, justiça social e o descanso da terra para beneficiar aos pobres necessitados. Jeremias aproveitou sua libertação para permanecer com estes pobres necessitados, vivendo a mensagem do jubileu (Jeremias 40:6-7).

Jeremias sabia que haveria tensões, conspirações, e grande sofrimento entre os pobres desprezados de Judá (Jeremias 40:7-16); contudo, mesmo assim não os abandonou.

Levítico 25:1-5 instrui sobre os produtos da terra não trabalhada, produzidos naturalmente no ano jubileu; as colheitas dos frutos seriam para o sustento dos pobres e estrangeiros. Em Jeremias 40:12, vemos Gedalias, governador dos judeus nomeado por Nabucodonosor, instruindo os recém-chegados a Mizpá a colherem uvas, figos e azeites, demonstrando preocupação com suas necessidades básicas – como prescrito em Levítico.

Jeremias 40 tem muito a nos ensinar. Considere:

1. A verdadeira liderança se revela na preocupação genuína com as necessidades básicas dos vulneráveis, como fez Jeremias e Gedalias.
2. Mesmo diante de tensões e conspirações, não abandone aqueles que precisam de você, seguindo o exemplo de Jeremias que permaneceu ao lado dos pobres desprezados de Judá.
3. O descanso sabático da terra e a libertação dos escravos são princípios essenciais que refletem a preocupação divina com a justiça social e com os menos favorecidos.

Diante disso, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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quinta-feira, 7 de março de 2024

Jeremias 39 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Jeremias 39
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


JEREMIAS 39 – Este relato marca um momento crucial na história eclesiástica do Antigo Testamento. Testemunhamos não apenas a realização das profecias proferidas sobre a queda de Jerusalém por Jeremias, mas também a graça de Deus sobre o remanescente visando um futuro de glória diante de uma perspectiva deprimente.

Jeremias 39 confirma a autenticidade do ministério de Jeremias como profeta verdadeiro. Suas profecias não foram meras conjecturas humanas, mas mensagens inspiradas do próprio Deus. A queda de Jerusalém foi o cumprimento tangível das suas advertências sobre o julgamento iminente de Deus.

O julgamento sobre Jerusalém não foi apenas uma consequência das ações pecaminosas do povo em seu estado de rebelião e rebeldia apegando-se à infidelidade e idolatria, mas também uma manifestação da santidade e compromisso de Deus com a justiça.

• O destino do rei Zedequias, que revelou descrença na palavra de Jeremias e falta de confiança na proteção divina, escolhendo confiar na própria sabedoria e em nações pagãs, é um imperioso lembrete das consequências da desobediência e falta de fé. Ele foi capturado pelos babilônios, testemunhou a execução de seus filhos, encerrando assim seu reinado em desgraça e humilhação (Jeremias 39:1-9).

• Por outro lado, Jeremias foi poupado e recebeu proteção especial dos conquistadores babilônios, demonstrando a misericórdia àqueles que confiam em Deus (Jeremias 39:10-18). Sua vida foi preservada como testemunho contínuo da graça divina!

O sofrimento durante situações de crise e trauma é um tema recorrente na história humana após a queda no Éden, e é ricamente ilustrado neste relado de Jeremias 39. Contudo, Jeremias destaca a importância de encontrar esperança e fé, mesmo em situações mais sombrias. Assim, este relato apresenta o papel da fé e da esperança na superação das adversidades.

A queda de Jerusalém representou uma grande mudança no antigo povo de Deus. Para muitos isso significa o colapso de suas estruturas sociais, culturais e religiosas. Diante de situações como esta, é necessário aprender a deixar ir aquilo que não podemos controlar e encontrar oportunidades de crescimento mesmo em situações desfavoráveis, assim como fizeram Daniel, Ananias, Mizael e Azarias – jovens fiéis que foram exilados (Daniel 1:1-20).

Em situações tenebrosas é possível erguer os olhos pautando-se na revelação divina, e então enxergar um Deus que cuida dos detalhes de nossa vida. Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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quarta-feira, 6 de março de 2024

Jeremias 38 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Jeremias 38
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


JEREMIAS 38 – Este capítulo destaca a complexidade das dinâmicas de poder e influência, e como estas podem distorcer o julgamento moral dos líderes. Desta forma, a história da liderança judaica, revela-nos os desafios enfrentados por líderes diante de verdades inconvenientes e a tentação de suprimi-las em prol de interesses pessoais.

Jeremias 38 apresenta os perigos da conformidade cega e da falta de coragem moral em face da injustiça. Ao examinar a mensagem desta história, somos levados a questionar não apenas as ações dos líderes de Judá, mas também as motivações profundas por trás de seus comportamentos irracionais.

O caráter dos líderes revela-se em contextos de desafios políticos e religiosos. Os líderes compatriotas de Jeremias, atiram o profeta num poço devido as suas profecias impopulares, considerando-o uma ameaça a sua autoridade e status quo. Ou, os líderes de Judá podem ter experimentado medo em relação às consequências das profecias de Jeremias – medo de perderam o poder caso as palavras do profeta se concretizassem. Esse medo gerou sentimento de raiva. Então, os líderes mostraram sua autoridade colocando Jeremias num poço cheio de lama (Jeremias 38:1-6).

Prendendo e lançando Jeremias num poço, era uma forma de silenciá-lo e evitar a propagação de suas mensagens; porém, tal comportamento da liderança revela uma negligência pela ética e justiça, privilegiando os próprios interesses e poder sobre a verdade e a integridade. Isso ficou claro no diálogo que Jeremias teve com o rei Zedequias, após ter sido liberto da cisterna por Ebede-Meleque (Jeremias 38:7-28).

• Este relato serve como lembrete poderoso das armadilhas da arrogância e da autojustificação, mesmo entre aqueles que são chamados para liderar e representar o povo de Deus.

• O medo do desconhecido, a raiva contra aqueles que desafiam a autoridade e o orgulho em sua própria sabedoria impedem a tomada de decisões racionais e compassivas.

• Líderes imersos num ciclo de pensamentos catastróficos são incapazes de considerar alternativas ou consequências a longo prazo.

• Não é sábio optar pela supressão da mensagem em vez de enfrentar a verdade inconveniente proclamada pelo mensageiro de Deus!

Numa sociedade de incerteza e conflito, a narrativa de Jeremias 38 convida-nos a refletir sobre a natureza da liderança e os dilemas éticos enfrentados por aqueles que detêm poder e autoridade.

Oremos por nossos líderes... Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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terça-feira, 5 de março de 2024

Jeremias 37 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Jeremias 37
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


JEREMIAS 37 – Na história bíblica deste capítulo encontramos insights valiosos sobre o comportamento humano, especialmente sob circunstâncias extremas, como a prisão.

Jeremias foi um profeta enviado por Deus para alertar aos judeus sobre as consequências da desobediência e da idolatria. Todavia, suas mensagens foram abertamente rejeitadas, e ele acabou sendo preso por autoridades do povo de Deus. Durante seu tempo na prisão, enfrentou diversas dificuldades, incluindo oposição, falta de recursos e isolamento social.

Um dos aspectos marcantes do comportamento desse profeta é sua resiliência e perseverança. Apesar das condições adversas, ele permaneceu fiel à sua missão e continuou a transmitir a mensagem que Deus Lhe havia dado, mesmo diante da hostilidade e incompreensão dos outros (Jeremias 37:16-17).

Jeremias demonstra uma série de pensamentos e crenças adaptativas que o ajudaram a enfrentar sua situação de injustiça:

• Ele manteve uma forte convicção na missão que Deus Lhe havia outorgado; essa crença fortaleceu sua determinação e sua capacidade de suportar dificuldades. Jerusalém estava sitiada por Nabucodonosor, e Jeremias preso sob acusação de traição – só por Deus para suportar tamanha angústia.
• Ele revela ter capacidade de adaptação às circunstâncias. Embora experimentasse a falta de recursos e o isolamento social, Jeremias encontrou maneiras criativas de comunicar-se e continuar sua missão. Mesmo preso, conseguiu transmitir mensagens importantes ao rei Zedequias através de terceiros, demonstrando como contornar obstáculos e manter sua influência.

Contudo, Jeremias não era um super-homem, como nenhum servo de Deus também não é. Ele expressou sentimentos de desânimo e frustração diante da falta de reconhecimento e do sofrimento injusto que enfrentou (Jeremias 37:18-20). Essas reações emocionais são compreensíveis diante das circunstâncias difíceis em que se encontrava, e refletem a natureza humana de experimentar uma variedade de emoções em respostas a eventos estressantes.

• A resistência de Jeremias diante da opressão nos lembra que a verdade não pode ser aprisionada e que devemos proclamá-la com ousadia, independentemente das circunstâncias. Em tempos de liberdade (Jeremias 37:1-9) e de reclusão (Jeremias 37:11-21), o servo de Deus não abre mão de sua convicção e de sua missão

• Que a coragem de Jeremias na prisão nos inspire a permanecer fiéis à nossa vocação, mesmo quando enfrentamos oposição e desafios, lembrando-nos que o propósito de Deus transcende as circunstâncias.

Portanto, reavivemo-nos urgentissimamente! Sejamos pregadores corajosos! – Heber Toth Armí.

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segunda-feira, 4 de março de 2024

Jeremias 36 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Jeremias 36
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


JEREMIAS 36 – Com a colonização europeia das Américas, muitas culturas indígenas foram suprimidas e suas crenças religiosas foram marginalizadas em favor do catolicismo. Isso não envolveu apenas a conversão forçada, mas também a destruição de artefatos religiosos indígenas, substituindo-os por símbolos e instituições “cristãs”.

Os relatos históricos dessa época foram escritos pelos invasores europeus, que retratavam os povos nativos como “selvagens” ou “pagãos” em contraste com a superioridade moral e espiritual dos europeus. Diferentemente, a Bíblia não é fruto de interesse dos poderes dominantes. Jeremias 36 revela que a Palavra de Deus desafia o paradigma da narrativa moldada pelos poderosos.

O escriba Baruque é encarregado por Jeremias, o profeta sensível, de escrever sua mensagem, e então levá-la ao palácio real para ser lida ao rei Jeoaquim e aos líderes do povo. No entanto, enquanto a mensagem era lida, o rei indignou-se e, em vez de arrepender-se, ordenou que o rolo fosse cortado e queimado. Ao contrário do que geralmente acontece, onde os poderosos moldam a narrativa conforme seus próprios interesses, a Palavra profética desafia a autoridade humana.

Nossa sociedade moderna tenta silenciar a Palavra de Deus, como os poderes humanos do passado também intentaram. Os líderes de Judá tentaram destruir a revelação de Deus com canivete e fogo, hoje utilizam a ridicularização, a censura, a indiferença, etc. Jeremias 36 ilustra a trajetória da Bíblia até chegar a nós. Apesar de tantas renhidas perseguições, ela foi preservada para revelar-nos a Palavra divina.

A mensagem de Jeremias era uma voz profética em meio ao caos e a corrupção de seu tempo (Jeremias 36:1-7). A Palavra de Deus precisava ser uma luz inextinguível que penetra as trevas mais densas da injustiça, da imoralidade e do pecado. Mesmo quando rejeitada por pessoas de renome e de importância social, a Palavra divina irá permanecer inalterada em sua verdade e integridade – assim como Seus representantes (Jeremias 36:8-32).

Atualmente...

• ...precisamos ser corajosos e persistentes em proclamar a verdade em um mundo indiferente, tomado pela mentira, pelo engano e a falsidade.
• ...Temos que compartilhar profusamente a mensagem de Deus sem importar-se com as consequências.
• ...Não podemos permitir que o medo da morte ou a pressão social ou dos poderes nacionais nos impeçam de compartilhar o plano da salvação ao mundo condenado.

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

#rpsp #ebiblico #palavraeficaz
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domingo, 3 de março de 2024

Jeremias 35 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Jeremias 35
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


JEREMIAS 35 – Deus honra àqueles que O honram. Os recabitas serviram de ilustração de fidelidade aos judeus; por conseguinte, foram exemplos de fidelidade para o povo que deveria ser fiel a Deus.

Os recabitas foram o sermão de Jeremias demonstrando lealdade inabalável aos mandamentos de seu antepassado Jonadabe, mesmo diante de provas arriscadas: Poderiam ser expulsos de Jerusalém (Jeremias 35:11).

Como os recabitas, Deus queria que judeus de outrora, e cristãos de agora...

• Reconhecessem a importância da lealdade e da integridade mesmo em tempos de adversidades.
• Entendessem que confiar plenamente nEle e em Seus princípios é o meio de obter segurança até mesmo em tempos de crises.
• Assimilassem que o compromisso mantido com Ele é a garantia de preservação diante de quaisquer situações.

Enquanto que, para os infiéis desobedientes e impenitentes judeus, Deus apresentava consequências de seus pecados, aos recabitas, no final do capítulo, Deus fez uma declaração profética, prometendo que sempre haveria alguém da linhagem de Jonadade para estar diante dEle, ou seja, servindo-O fielmente.

Enquanto os recabitas foram recompensados por sua obediência, os judeus enfrentaram as consequências de sua infidelidade e desobediência. Além de revelar que Deus não deixa passar despercebida a lealdade e fidelidade, a grande questão é que Ele cumpre o que promete.

Assim que o cristianismo ressurgiu das cinzas da perversão religiosa da Idade Média, e várias doutrinas importantes foram redescobertas, especialmente a promessa da segunda vinda de Cristo, José Wolff atuou como missionário adventista apregoando o advento de Cristo extensivamente pelo Oriente Médio durante o século 19. “Entre judeus, turcos, persas, hindus e muitas outras nacionalidades e povos, ele distribuiu a Palavra de Deus em várias línguas, e em toda parte anunciou a proximidade do reino do Messias. Em suas viagens pelo Usbequistão encontrou a doutrina da próxima vinda do Senhor, professada por um povo remoto e isolado”. “No Iêmen”, diz Wolff em seu diário, “passei seis dias com os filhos de Recabe. Não bebem vinho, não plantam vinhedos, não semeiam, e vivem em tendas; lembram-se do bom e velho Jonadabe. [Eles] esperavam... a breve vinda do Messias nas nuvens do Céu” (EGW, GC, 360-362).

Certamente que Deus cumpre o que promete! Ele preza, vela e age para que Suas promessas sejam realidade.

Reavivemo-nos. Sejamos leais a Ele! – Heber Toth Armí.

#rpsp #ebiblico #palavraeficaz
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