Ezequiel 10
Comentário Pr Heber Toth Armí
Deus não quer que o mal prevaleça e vença, pois sua proliferação resulta em desgraça imensa.
Quando os líderes espirituais não cumprem seu dever de erradicar a corrupção moral, o próprio Deus toma as rédeas em Suas mãos e faz a coisa acontecer.
Continuando a visão do capítulo anterior, o profeta Ezequiel vê:
• O homem que marcava a testa dos que suspiram e gemem por causa da maldade no mundo e a perversidade dos crentes; após terminar sua primeira missão, recebe a incumbência de ajuntar brasas dentre as rodas de um carro flamejante e as espalhe sobre Jerusalém num ato de julgamento visando purificação (vs. 1-6).
• A glória do Senhor se levanta, vai para a entrada do Templo, o qual se encheu de nuvem e o átrio foi iluminado pela sua resplandecência. Deus estava por trás do julgamento purificador; as rédeas da história estão firmemente em Suas mãos (vs. 3-5).
• Um dos querubins estendeu a mão entre os querubins para o fogo dentre eles, daí tirou a brasa para o homem vestido de linho a fim de cumprir sua nova missão (vs. 7-8).
• O cenário desta visão está em harmonia com a visão do primeiro capítulo de Ezequiel. Os quatro querubins aqui são acompanhados cada um por algo semelhante a rodas. Essa visão nos leva ao trono de Deus novamente e amplia a visão introdutória do livro. Antes, a glória de Deus deixou o trono acima dos querubins e se moveu para a entrada do Templo, agora a glória divina volta a subir no carro dos querubins e se elevam e param sobre a porta oriental do Templo (vs. 9-22).
Quando acariciamos pecados secretos ou públicos, afastamos Deus de nossa existência. Nada deveria nos deixar mais tristes do que ver a glória de Deus se afastando de Seu povo.
Hoje o templo do Espírito Santo é nosso corpo; dependendo do que fazemos, O expulsamos de nossa vida. As consequências da ausência de Deus em nossa alma devem nos motivar a buscar constantemente a Sua presença.
Deus revela nas páginas das Sagradas Escrituras como é Sua forma dinâmica de agir no mundo. Para nós é muito complexa; porém, ali Ele revela Seu soberano poder, sabedoria e amor visando atrair-nos para Si.
“Senhor, ajuda-nos!” – Heber Toth Armí #ebiblico #rpsp #rbhw
Ezequiel 9
Comentário Pr Heber Toth Armí
Proteção e segurança real frente às ameaças naturais ou bélicas só existem sob os cuidados do Deus verdadeiro. Ele não perderá nenhum dos que Lhe pertencem.
Abra tua Bíblia no capítulo em pauta, e acompanhe estes pontos com oração:
• Deus ordena que se coloque uma marca na testa de todos os que sofrem e lamentam profundamente por causa das práticas religiosas sincréticas dos judeus (vs. 1-4).
• Um homem começa a marcar e outros seis recebem ordens para mata aos que estão sem a marca (vs. 5-6);
• Deus pede que o juízo comece pelo Seu Templo, com os anciãos que deveriam ser luz ao povo, mas preferiam as trevas da perversidade e corrupção religiosa (vs. 6-7);
• A intercessão do profeta não coincide com a vontade de Deus, pois, embora revele misericórdia, Ele não releva o pecado que visa arruinar o plano de salvação do mundo (vs. 8-10);
• O homem incumbido de marcar os fieis e piedosos concluiu sua missão (v. 11).
Deus marca para proteger; foi assim foi desde que Caim pensou que devido ao que fez seria alvo de morte de qualquer indivíduo que o encontrasse (Gênesis 4:8-16). Ninguém sabe exatamente que marca Caim recebeu, mas o texto deixa claro seu objetivo: Proteção de Deus.
Deus manda marcar, em Ezequiel 9, aos que são fieis, para protegê-los de uma destruição iminente. Nenhum fiel se perderia, ou seria ignorado por não ter sido notado. Quando Deus coloca uma marca, Ele visa proteger ao marcado.
Deus quer marcar aos que Lhe pertencem antes das terríveis catástrofes mundiais, ao quais antecederão ao retorno de Cristo. Tal marca será o próprio selo do Deus vivo e verdadeiro na fronte dos fieis, para serem protegidos das aflições mundiais (Apocalipse 7:1-3).
DEUS...
• ...preza por aqueles que desprezam a corrupção moral, social e religiosa;
• ...tem como Seus aqueles que abominam ao pecado em todas as suas formas;
• ...protege àqueles que protegem sua mente das influências seculares, mundanas;
• ...salva aos que não suportam injustiças, malandragens e obscenidades de uma sociedade que se diz cristã, mas vive como pagã;
• ...preserva a vida dos que choram pela situação decadente dos crentes e da liderança eclesiástica.
A marca não é colocada ao léu, tem a ver com nossa atitude frente ao pecado! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí #ebiblico #rbhw #rpsp
Ezequiel 8
Comentário Pr Heber Toth Armí
Idolatria manifesta-se de inúmeras formas. Qualquer delas será um afronta direta a Deus.
Ezequiel deixa isso muito claro!
“Catorze meses após o seu chamado para o cargo profético, Ezequiel teve uma nova série de visões .... O povo furtava abertamente, cometia homicídios e praticava imoralidade e a idolatria, conquanto ainda alegasse adorar ao Yahweh no Seu Templo .... Ezequiel viu a extrema depravação dos dirigentes nacionais e do povo. O Senhor lhe revelou o vergonhoso fato de que o Templo, a casa do Deus verdadeiro, estava sendo usado como templo pagão!” (Frank Holbook).
“Ezequiel recebeu uma visão em Babilônia na qual Deus lhe mostrou o que estava acontecendo no templo de Jerusalém: havia idolatria (Ez 8:1-4), ciúmes (v. 5, 6), adoração de animais (v. 7-13), choro por Tamuz (deus babilônico da vegetação, como a mãe terra em outras culturas; v. 14, 15) e adoração ao Sol (v. 16-18). Isso era sincretismo em sua pior forma, bem no meio de Jerusalém, no centro de adoração a Yahewh, e a visão revelou os pecados secretos que levaram os judeus ao exílio” (Imre Tokics).
• Pecados secretos são mais prejudiciais ao cristão do que o pecado escancarado, visível e perceptível aos demais.
• Pecados ocultos e acariciados são justificados e preservados, portanto, dificilmente serão confessados e abandonados.
• Contudo, Deus vê tudo, inclusive os secretos da alma, portanto julga inclusive às intenções do coração.
“Ezequiel não viu jovens, que desconheciam a sua herança espiritual, sendo seduzidos por um culto estranho; e, sim, ‘setenta homens dos anciãos da casa de Israel’, os quais, quarenta anos antes, participaram do reavivamento espiritual do Rei Josias .... No ocaso da vida, esses dirigentes haviam abandonado secretamente o culto do Deus verdadeiro, a fim de mover os seus incensários diante de invisíveis relevos esculpidos e prestar homenagem a formas artísticas de animais imundos. Sua mente obnubilada pelo pecado levou-os a exclamar insensatamente: ‘O Senhor não nos vê, o Senhor abandonou a Terra’. Ezeq. 8:12” (Holbrook).
• Rituais desprovidos das exclusivas orientações de Deus é perversão da religião.
• Práticas religiosas reveladas por Deus misturadas com paganismo é sincretismo repugnante para Deus.
Deus quer uma religião pura e verdadeira para que os pecadores não se percam no caminho da salvação!
“Senhor, confessos meus pecados a Ti!” – Heber Toth Armí #rpsp #rbhw #ebiblico
Ezequiel 7
Comentário Pr Heber Toth Armí
Deus é paciente; mas também é intolerante ao pecado. Sua misericórdia é imensurável, mas sua santidade põe freio à multiplicação da maldade. Deus não é indiferente à proliferação das influências satânicas sobre Seu amado povo.
“Passaria mais de um século e meio desde que os profetas haviam começado a advertir da destruição de Jerusalém e da nação. (Ver Miq. 3:12; Amós 2:4 e 5). A fim de abalar a presunção do povo, Ezequiel anunciou cinco vezes em três versículos: ‘Vem o fim!’ Ezeq. 7:2, 3 e 6. A terrível disciplina não poderia ser adiada por mais tempo. Dentro de aproximadamente seis anos a dramatizada predição de sua ruína, Jerusalém ficou desolada e seus habitantes estavam mortos ou no cativeiro” (Frank Houbrook).
• No capítulo 4, o profeta dramatizou o cerco de Jerusalém;
• No capítulo 5, Ezequiel raspou a cabeça e a barba com o objetivo de revelar o destino dos judeus;
• No capítulo 6, o profeta falou contra os lugares altos em que se adoravam deuses pagãos;
• No capítulo 7, Ezequiel declarou que o julgamento está às portas.
Parece que Deus está demorando a executar o juízo. O pecado do povo já estava mais que maduro.
“O povo tinha fracassado em sua missão de testemunhar de Deus. Agora, daria testemunho por meio do julgamento. Trata-se de uma questão séria para reflexão. O juízo é completo: Abrange todas as classes e toda a terra. A nação que rejeita o conhecimento de Deus perde sua força moral e não tem como se sustentar quando enfrenta dificuldades. O mesmo princípio se aplica a indivíduos” (William MacDonad).
O que interfere no cumprimento da missão de Deus?
1. A teoria da religião verdadeira não alcançava a vida prática do povo de Deus. Crer em Deus vivendo como ateu caracteriza péssimo testemunho (vs. 1-8);
2. Preferir a prática do pecado antes que a prática da vontade de Deus é o caminho mais certo do fracasso espiritual, o qual impede testemunhar de Deus (vs. 5-9);
3. Orgulho, violência, materialismo, consumismo são empecilhos que impedem testemunhar de Deus (vs. 10-16);
4. Presunção, vaidade, idolatria e hipocrisia não proclamam, mas profanam a verdadeira religião (vs. 19-27).
Fracassar em testemunhar de Deus significa fracassar nos negócios, na vida e na religião. Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí #ebiblico #rbhw #rpsp
Ezequiel 6
Comentário Pr Heber Toth Armí
Quanto mais você gostar de pecar, menos vai gostar das coisas espirituais. Quanto mais você amar a Deus, mais repugnante torna-se o pecado.
O juízo divino contra o pecado, a severa disciplina de Deus para com Seu povo e, a permissão para experimentar desgraças, devem-se pelo fato do pecado não ser irrelevante. Deus o considera como algo terribilíssimo, e quer que o consideremos também.
A indiferença a Deus, a Seus princípios e propósitos nos fará ávidos pelos pecados que arruínam a vida. Por isso, Deus faz tudo para atrair-nos a Ele, oferece-nos oportunidades de perdão e restauração; cabe a nós a decisão e o arrependimento.
Avalie com atenção o capítulo em questão:
• Desde a entrada do pecado, a sentença maior dada por Deus foi sobre a terra (veja o caso de Adão e Caim). Os montes eram lugares de adoração a deuses falsos; consequentemente, Deus enviou Ezequiel a proferir profecias contra os lugares altos. A idolatria do povo faz Deus enviar mensagens que se referem à terra; a qual seria castigada mais do que o povo que cometeu pecado – isso é graça (vs. 1-7).
• Desde que o pecado entrou no planeta, seus habitantes tentaram justificar seus erros; quando, na verdade, Deus queria que tivessem aversão ao pecado, por isso os sacrifícios nojentos de animais – diariamente. O plano divino aqui é que o remanescente, ao se conscientizar de seus erros no exílio, enojassem a si mesmos (vs. 8-10).
• Desde o início da desgraça causada pelo pecado, Deus usou vários recursos para frear sua influência destruidora. Agora o povo indiferente, rebelde e irreverente que traiu seu Deus com deuses prostitutos, ídolos repugnantes e práticas religiosas perversas, veria seus pecados serem castigados com peste, guerra e fome (vs. 11-14).
A transgressão aos mandamentos de Deus é uma distorção de Seu caráter, um péssimo testemunho ao mundo, e um roubo de oportunidades de conversão às nações pagãs.
A frase “para que saibais que Eu Sou o Senhor” citada nos versículos 7, 10, 13-14, se repete aproximadamente 60 vezes em Ezequiel. Conforme Levítico capítulos 18-26 a razão da disciplina é a violação do caráter do Deus que os judeus representavam. Isso não te diz nada?
“Senhor, abra nossos olhos para entendermos Tuas mensagens! Reaviva-nos por Tua Palavra!” – Heber Toth Armí #ebiblico #rbhw #rpsp
Ezequiel 5
Comentário Pr Heber Toth Armí
As lições que Deus desejava que Israel aprendesse, também anseia que as aprendamos. Isso, porque Ele quer nosso bem, nossa salvação...
Neste capítulo, vemos que...
• ...Ezequiel deveria rapar o cabelo da cabeça e dividir os pelos da face em três partes iguais.
• ...O profeta foi orientado por Deus a queimar um terço da barba, cortar outro terço com a espada e lançar o terço restante ao vento.
• ...Ezequiel recebeu a incumbência de preservar alguns fios de cabelo nas orlas da própria roupa.
• ...Além disso, alguns dos fios restantes deviam ser jogados ao fogo.
Qual a razão dessa dramatização tão esquisita?
• Tudo era uma profecia, ilustrando a iminente destruição de Jerusalém e o destino de seus habitantes.
• Os fios de cabelos preservados simbolizam o remanescente sobrevivente quando a nação enfrentasse o julgamento divino.
• Os fios jogados ao fogo representam a severidade e a intensidade do juízo contra maldade do povo.
• Dois terços dos habitantes de Jerusalém morreriam de fome ou pela espada; o outro terço, seria exilado em Babilônia.
Além de todo sofrimento físico, o povo de Deus enfrentaria sofrimento emocional. As nações ao redor tratariam Jerusalém como objeto de zombaria. Qual o problema do povo para Deus permitir tamanha humilhação?
• Primeiramente, quanto maior o privilégio, maior a responsabilidade. A negligência aos privilégios e responsabilidades resulta em retirada das bênçãos do Deus que faz aliança com pecadores.
• Em segundo lugar, rebelião contra Deus, rebeldia contra Seus mandamentos e profanação do Seu templo são mais do que provocação ao Deus que oferece graça aos desgraçados e infelizes pecadores condenados à morte.
• Em terceiro lugar, a gravidade do pecado resulta em consequências funestas. A negligência ao Autor da vida faria o povo, outrora privilegiado, passarem necessidades agora, enfrentarem a fome extrema a ponto de comerem membros da própria família.
Deus Se expõe ao ridículo, através de Seu profeta, visando chamar a atenção dos pecadores visando salvá-los. Fez isso através dos profetas no Antigo Testamento, e também mediante Seu Filho Jesus Cristo, no Novo Testamento.
O Espírito Santo precisa imprimir estas verdades em nosso coração para que aprendamos a evitar a destruição. Precisamos permitir que Deus faça Sua obra em nós, coisa que os judeus não permitiram.
Experimente fugir do pecado e entregar-se a Jesus! Anima-te! – Heber Toth Armí #rpsp #rbhw #ebiblico
Ezequiel 4
Comentário Pr Heber Toth Armí
Se as pessoas soubessem toda a desgraça que o pecado causa antes delas transgredirem a Lei de Deus, pensariam mais antes de se envolver com ele?
Neste capítulo está um retrato do caos causado pelo pecado a fim de nos alertar, avisar e orientar. “Esse capítulo retrata o cerco e o respectivo desconforto, a fome e a contaminação resultantes do pecado de Judá e do fato de haver se afastado de Deus” (William MacDonald).
Da mesma forma que temos as evidências do pecado revelado por Deus na vida de indivíduos e nações e mesmo assim ignoramos os avisos divinos, no passado o povo de Deus ouviu o alerta dos profetas verdadeiros e mesmo assim preferiu fazer o que era errado.
1. O profeta deveria tomar um tijolo para representar Jerusalém e montar algo que representasse o cerco realizado por Nabucodonosor. Depois, uma panela de ferro deveria ser colocada entre o profeta e a cidade. Ezequiel, representando Deus, seria o sitiador como sinal a Israel em seus pecados (vs. 1-3).
2. O profeta deveria deitar-se sobre o lado esquerdo e colocar sobre si os pecados de seu povo, isso por 390 dias que corresponde a 390 anos de apego de Israel ao pecado; depois deitaria do lado direito e carregaria sobre si os pecados de Judá durante quarenta dias. Enquanto isso, não deveria tirar os olhos do cerco de Jerusalém, deveria arregaçar as mangas, mostrar o braço descoberto e, amarrado, pregar contra a cidade (vs. 4-8).
3. O profeta deveria pegar trigo, cevada, feijão, lentilha, painço e espelta, misturar tudo numa bacia para fazer pão para comê-lo os 390 dias que estiver deitado. Ezequiel deveria comer e beber uma pequena quantidade em horas marcadas. O pão deveria ser assado com fezes humanas secas; mas, depois do questionamento do profeta, Deus permitiu que assasse com fezes de vacas (vs. 9-15).
4. O profeta recebe de Deus a interpretação para todos esses símbolos (vs. 16-17).
O pecado é nojento. Suas consequências são horrendas. Satanás não brinca com quem brinca com o pecado. Desgraça e miséria inundam as suas vítimas.
Contudo, como “quem avisa amigo é”, Deus avisa. Deus não quer a desgraça de Seus filhos. Porém, não decide por eles...
Sejamos espertos, ouçamos a Deus! – Heber Toth Armí #ebiblico #rpsp #rbhw
Ezequiel 3
Comentário Pr Heber Toth Armí
Um amor infinito domina as ações de Deus em relação aos rebeldes. Deus nunca abandona Seu povo, nem mesmo em situações em que qualquer pessoa já teria desistido.
Warren Wiersbe sintetiza os três primeiros capítulos de Ezequiel:
O chamado do profeta:
1. Vendo a glória de Deus (capítulo 1);
2. Ouvindo a Palavra de Deus (capítulo 2);
3. Tornando-se atalaia de Deus (capítulo 3).
Embora no exílio, sofrendo com perversos pecadores, por causa das transgressões alheias, Ezequiel era homem de Deus, chamado para transmitir mensagens inspiradas aos humanos sofredores.
Deus deixou Jeremias com os fracos, doentes e inválidos, rejeitados por Babilônia; e, levantou Ezequiel no cativeiro.
“Enquanto Jeremias continuava a dar o seu testemunho na terra de Judá, o profeta Ezequiel foi suscitado entre os cativos em Babilônia, para advertir e confortar os exilados, e também para confirmar a palavra do Senhor que fora exposta pelo profeta Jeremias. Durante os anos que restaram do reinado de Zedequias, Ezequiel tornou muito clara a loucura de confiar nas falsas predições dos que estavam levando os cativos a esperar para breve o retorno a Jerusalém. Ele foi também instruído a predizer, por meio de variedade de símbolos e solenes mensagens, o cerco e posterior destruição de Jerusalém” (Ellen G. White).
Lições:
• Primeiramente, mensageiros de Deus precisam alimentar-se e ser nutridos pela mensagem: Sua vida deve assimilar as verdades divinas antes de revelá-la aos outros. Conquanto, diariamente, como alimento, deve ser ingerida e digerida (vs. 1-9).
• O porta-voz de Deus não cria ou inventa mensagens; recebe-a de Deus e não fala o que quer, senão o que Deus quer (vs. 10-15).
• Como uma atalaia, mensageiros de Deus precisam vigiar seu contexto e transmitir a mensagem certa para não ser conivente com a destruição almejada pelas hostes do mal (vs. 16-21).
• Como um arauto fiel, mensageiros da revelação divina precisam calar-se (ou falar) conforme Deus, o Autor das mensagens, orientar (vs. 22-27).
Ninguém pode dar do que não tem; nem pode fazer o que Deus quer, sem preparação. Ezequiel foi devidamente preparado por Deus para ser Seu mensageiro, porta-voz, atalaia e arauto. Ele recebeu a Palavra de Deus para compartilhá-la, embora houvesse descarada rejeição. Assim, fica nítido o amor e cuidado de Deus!
Compartilharemos esse amor? Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí #rpsp #rbhw #ebiblico
Ezequiel 2
Comentário Pr Heber Toth Armí
Servir a Deus quando nem os religiosos estão dispostos a se submeterem ao Seu senhorio não é nada fácil. Os mensageiros de Deus são rejeitados porque seus ouvintes interpretam suas palavras como indignas para um servo do Altíssimo.
Alguém escreveu as seguintes informações:
“Ezequiel era filho de Buzi. Buzi significa ‘descaso’ ou ‘desprezo’. Ezequiel foi um profeta que foi muito desprezado pelo povo e que foi tratado com descaso. Em seu ministério ele não recebeu glória”. Em contrapartida, “Ezequiel significa ‘Deus fortalecerá’. Também significa ‘O Todo-Poderoso é sua força’”. Desta forma, “por um lado, ele era o filho de Buzi, desprezado por outros. Por outro lado, era Ezequiel, fortalecido por Deus, o Poderoso”.
• Quando a fraqueza humana enfrenta oposição e rejeição que tentam minar a motivação do mensageiro, Deus mesmo Se torna sua proteção.
Em sua fraqueza, Ezequiel contemplou a majestade e a glória do Soberano Deus do Universo. Por isso, “do primeiro ao último capítulo, encontramos em Ezequiel a ideia central da soberania e da glória do Senhor Deus. Ele é soberano em Israel e nos assuntos das nações do mundo, ainda que a jactância ruidosa dos homens pareça ter abafado essa verdade. Em sua vontade soberana, Deus criou com o propósito de glorifica-lo em vida e dar testemunho dele até os confins da terra” (Charles Lee Feinberg).
Abra tua Bíblia, acompanhe...
• Deus revela a mensagem, e o Espírito Santo capacita ao mensageiro que representa ao Senhor perante ouvintes indiferentes, irreverentes e arrogantes (vs. 1-2);
• Deus comissiona mesmo sabendo que o resultado será negativo. Nem mesmo um poderoso profeta, cuja mensagem recebera diretamente de Deus, cheio do poder do Espírito Santo não tem sucesso frente a pessoas rebeldes, calejadas em seus pecados, insensíveis à voz de Deus (vs. 3-4).
• Deus, embora soubesse da rejeição ao profeta, ainda assim o envia aos pecadores impenitentes; pois, Deus não faz nada sem antes avisar. Se ouvirão ou não ao profeta, não importa. O que importa é que Deus enviou mensageiro – isso é graça! (vs. 5-7);
• Deus providencia meios para que Seus servos não se contaminem com a forte influência de um povo religioso, porém rebelde (vs. 8-10).
A proteção contra a hipocrisia, apostasia e perversão religiosa é a Palavra de Deus. Como deveríamos valorizá-la! – Heber Toth Armí #rpsp #rbhw #ebiblico
Ezequiel 1
Comentário Pr Heber Toth Armí
Quando tudo mostra-se ruindo, quando o desespero parece aumentar e quando o povo de Deus pode ter espaço para duvidar de Sua existência e poder, o próprio Deus faz alguma coisa para auxiliar, orientar e confortar aos aflitos.
“Ezequiel datou suas profecias com precisão. A primeira (Ez 1:2) é do quinto ano de Joaquim no exílio (593 a.C.); a última profecia datada é de 571 a.C. (Ez 29:17). Seu ministério durou, portanto, 22 anos. Se, como sacerdote, Ezequiel começou seu ministério aos trinta anos, estava com mais de cinquenta quando terminou de profetizar” (William MacDonald).
O profeta “Ezequiel ministrou aos companheiros de exílio pouco antes e durante os primeiros vinte anos do cativeiro. Os judeus alimentavam a falsa esperança de voltar em breve a Jerusalém, daí Ezequiel lhes mostrar a necessidade de se voltarem, primeiramente, para o Senhor” (MacDonald).
Em meio dos cativos israelitas na Babilônia, sofrendo as consequências dos erros alheios, e experimentando o preço do pecado na pele (vs. 1-3), Ezequiel recebe visões da soberania e glória de Deus (vs. 4-28).
• Deus veio como uma tempestade com ventos assustadores para julgar o impenitente Israel que rejeitara todos os sinais de alerta e misericórdia visando privar-lhe de sofrerem no exílio (vs. 3-4);
• Os querubins, lembrando os registros em Gênesis 3:24, mostram o poder dos seres celestiais para colaborar com Deus e Seus propósitos (vs.5-14);
• Rodas gigantes, seres viventes misteriosos, fogo que se revolvia e olhos nas extremidades das rodas, mostram que Deus é Onisciente e Onipresente no Universo (vs. 15-21);
• O firmamento como cristal brilhante, sons assustadores de asas dos querubins e voz poderosa mostram a Onipotência de Deus no Universo (vs. 22-25).
• O imponente trono revela autoridade e domínio divinos acima da calamidade enfrentada pelos habitantes de Judá, exilados em Babilônia (vs. 26-28).
Diante das incertezas da vida, exausto pela situação aparentemente sem solução, e enfrentando dúvidas sobre a capacidade de Deus, o profeta Ezequiel recebe visões que transmitem segurança e esperança.
O apóstolo João precisou do mesmo conforto. Exilado na ilha de Patmos, com todos os colegas apóstolos martirizados, e, a igreja sendo perseguida e massacrada, as visões apocalípticas mostrou-lhe que Deus é soberano e está no controle na história de Seu povo.
Deus vê nossas aflições! Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí #rpsp #rbhw #ebiblico
Lamentações 5
Comentário Pr Heber Toth Armí
Creio que não damos o devido valor que merece o livro de Lamentações. Os judeus o consideram importante e o leem pelo menos uma vez ao ano. Lamentações consta na lista de livros lidos numa das festas anuais:
• Cantares de Salomão: Páscoa.
• Rute: Pentecostes.
• Eclesiastes: Festa das cabanas ou tabernáculos.
• Ester: Purim.
• Lamentações: Queda de Jerusalém e destruição do templo, festa celebrada no nono dia de Av (meados de julho).
O Dicionário Bíblico Wycliffe faz a seguinte análise sobre Lamentações: “O lamento não é simplesmente por Jerusalém estar destruída e o povo devastado. É que a catástrofe é um ato de Deus, executando um castigo merecido. Aqueles que deveriam ter sido líderes responsáveis não agiram corretamente, e o povo, voluntariamente, os seguiu. Deus está castigando Israel por seu pecado. Mas a adversidade não é apenas punitiva, é também corretiva. O amor e o propósito da aliança de Deus jamais falharam e jamais falharão”.
O capítulo final vai além do lamento. D. L. Moody declara que “este capítulo é realmente uma oração nacional feita a Jeová, a única esperança e auxílio de Sião”.
Assim, este capítulo é o auge do livro, o ápice dos lamentos, a conclusão apoteótica – a “cereja do bolo”. Então, redobre a tua atenção nestes últimos 22 versículos:
1. Reconhecimento nacional de que a terrível situação deu-se devido ao histórico carregado de pecados é uma nobre motivação para começar uma oração (vs. 1-4);
2. Embora a profecia indicasse exílio em Babilônia de 70 anos no livro de Jeremias (25:1-14), é sábio expor aflições a Deus e suplicar-Lhe misericórdia para suportar as consequências dos pecados (vs. 5-16);
3. Os caminhos seriam outros caso pecados não fossem amados. A história seria diferente se houvesse aberta rejeição à corrupção. Os pecados arruínam a sociedade, adoecem o coração e saqueiam as bênçãos de Deus (vs. 17-18).
4. Deus é a esperança exclusiva e concreta para qualquer desespero e angústia. O poema termina assim:
Contudo, ó Eterno, Tu ainda és soberano,
E teu trono eterno permanece para sempre...
Leva-nos de volta para Ti, Senhor! Estamos prontos para voltar.
Dá-nos um novo início.
A não ser que não tenha mais volta, não nos queira mais,
e a sua fúria não tenha fim (vs. 19-22).
“Senhor, reaviva-nos!” – Heber Toth Armí #rpsp #ebiblico #rbhw
Lamentações 4
Comentário Pr Heber Toth Armí
Fazer autoavaliação espiritual baseando-se na Bíblia é uma forma de buscar explicações concretas para nossas situações complexas.
“Duas ideias distintas, mas relacionadas, ajudam a unificar o livro das Lamentações. Primeiro, embora o texto lastime claramente a condição de Jerusalém, a retidão de Deus nunca é deixada de lado. O Senhor manteve as promessas de punição (2.17) ver Levítico 26; Deuteronômio 27-28; II Reis 17; 25. Segundo, Deus é fiel ao povo de Israel (3.22,23), o que significa que nele permanece a esperança para o futuro. Deus não rejeitará o povo para sempre, um fato que Deuteronômio 30, Isaías 65 e 66, Jeremias 30-33, Ezequiel 36 e 37 e inúmeros outros textos já proclamaram. A retidão de Deus exige que o pecado seja castigado. A fidelidade divina exige que as promessas feitas ao crente sejam mantidas” (Paul R. House).
Sobre o capítulo 4, House afirma: “Apesar de constante esperança baseada no caráter de Deus, expressa em Lamentações 3, Israel como um todo tem ainda que voltar-se para o fiel Yahweh. Por isso, a realidade continua severa. Cada elemento da sociedade israelita foi afetado pela queda de Jerusalém. Crianças morrem (4.4), algumas cozidas pela própria mãe, que as comem devido ao sítio (4.10). Profetas (3.13) e nazireus (4.7 na NVI: príncipes) compartilham a miséria nacional. Em resumo, a ira de Deus ‘dividiu’, ou espalhou, o povo pelo mundo (4.16). Tão efetiva foi essa dispersão que seu efeito em Isael é comparada à destruição de Sodoma (4.6)”.
Pecadores precisam arrepender-se!
• Desvalorizar ao Senhor é armadilha fatal que leva pecadores a serem e se sentirem desvalorizados na sociedade (vs. 1-4);
• Justos não são desamparados nem sua descendência mendiga o pão (Salmo 37:25); mas, a imoralidade e a impiedade resultam em misérias inigualáveis (vs. 5-10);
• A intolerância de Deus ao pecado é visível em Suas atitudes, as quais visam corrigir e libertar Seu povo, inclusive profetas e sacerdotes, das marcas do diabo (vs. 11-16).
• A disciplina de Deus não é exclusiva para Seu povo, Ele quer restaurar Edom e o mundo. O castigo divino objetiva eliminar o mal, por isso há esperança em Deus (vs. 17-22).
Antes de irritar-se com Deus por tua situação, irrite-se com o pecado; depois, busque perdão em Deus!
“Senhor, perdoa-nos! Restaura-nos! Reaviva-nos...” – Heber Toth Armí #rpsp #ebiblico #rbhw
Lamentações 3
Comentário Pr Heber Toth Armí
Todos nós temos problemas, enfrentamos desafios e lutamos por soluções. Há momentos de bonança, mas são muitos (e intensos) os momentos tensos e angustiantes.
“Os problemas nunca vão desaparecer durante nossa existência. Problemas existem para ser resolvidos e não para perturbar-nos. Quando a ansiedade ou a angústia invadir sua alma, não se desespere, extraia lições de sua aflição. É a melhor maneira de ter dignidade na dor. Caso contrário, sofrer é inútil. E, infelizmente, a maioria das pessoas sofre inutilmente. Elas expandem a sua miséria sem enriquecer a sua sabedoria”, explica o médico, psicoterapeuta e psiquiatra Augusto Cury.
O Comentário Bíblico Adventista observa que “por 40 anos, Jeremias instou o povo de Judá a que se arrependesse; ele procurou fortalecer as mãos de Josias e de seus sucessores por meio de um governo justo e uma política externa sábia e honesta; e, acima de tudo, alertou a Judá da certeza da destruição que viria caso a nação persistisse em seus maus caminhos. As Lamentações são o clímax destas profecias. Testificam do seguro cumprimento dos juízos prometidos por Deus. Contudo, sua mensagem não é desesperadora. Em meio à mensagem de desolação corre um fio de esperança de que o Senhor perdoará e abrandará o sofrimento de Seu povo”.
Note que o remanescente sofre ao ver o povo de Deus sofrendo. Entretanto, ao voltar-se para Deus, sem ignorar a prevalência da justiça divina sobre o pecado de um povo injusto, apoia-se sobre a esperança e misericórdia divinas. Então, clama por libertação e pede justiça contra inimigos.
W. Osborne sintetiza o terceiro lamento de Jeremias da seguinte forma:
1. O homem que viu a aflição (vs. 1-21);
2. O tempo de esperar em Deus (vs. 22-39);
3. Um tempo para avaliação (vs. 40-54);
4. Um Deus pronto para responder (vs. 55-66).
Misericórdia e graça de Deus transbordam em um mundo sofredor. Elas se renovam a cada amanhecer. Quando você acorda, o saldo de misericórdia Deus está sempre positivo!
• Sábio é quem aprende tirar o foco das preocupações e colocar na oração que espera pelo Senhor.
Relembrar atos divinos na história sagrada enche-nos o coração de esperança. Na cruz aconteceu a maior demonstração da graça e misericórdia divinas. Reflita no sofrimento de Jesus por ti.
Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí #rpsp #rbhw #ebiblico
Lamentações 2
Comentário Pr Heber Toth Armí
Junto com o livro de Jó, o livro de Lamentações trata do sofrimento. Em Jó, o justo sofre. Em Lamentações, justos e injustos sofrem. Em ambas situações o sofrimento motiva a buscar explicações, induzindo indivíduos à reflexões profundas para alcançar conclusões positivas.
“O livro de Lamentações não contém apenas queixas. O autor percebe a importância de refletir sobre o próprio sofrimento e sobre a dor de seu povo. Ele busca – e encontra – as razões do sofrimento e do infortúnio. Portanto, o livro serve de modelo para meditação sobre o sofrimento ou durante um momento difícil, para que se possa entender a razão da dor no esquema das coisas e tomar a atitude correta, reconhecendo que o sofrimento não é o fim de tudo” (Issiaka Coulibaly).
R. K. Harrison nos dá os seguintes tópicos do segundo capítulo de Lamentações:
• Hostilidade de Deus para com Seu povo (vs. 1-9);
• Sofrimento pelo homem (vs. 10-13);
• Verdadeiros e falsos profetas (vs. 14-17);
• Uma chorosa oração a Deus (vs. 18-22).
Deixar de confiar em Deus para confiar em qualquer outra coisa, faz Deus evidenciar a insensatez desse tipo de confiança. O texto nos ensina, por meio dos erros de Israel, que de nada vale colocar a confiança em:
1. Líderes (v. 2);
2. Poderes (v. 5);
3. Palácios (v. 5);
4. Fortalezas (v. 5);
5. No templo (Igreja) e seus oficiantes (v. 6);
6. Nas festas religiosas (v. 6).
Confiar em tudo, exceto em Deus, significa preencher o próprio atestado de óbito. Nem mesmo rituais religiosos possuem algum tipo de valor desvinculado de íntimo relacionamento com o Soberano Senhor do Universo.
Não adianta criticar aqueles que erram. Jeremias percebe a situação de Israel e sem criticar chora ao ver os filhos de seu povo morrendo de fome. O profeta não ficou importunando os miseráveis sofredores, dizendo: “Eu avisei”, “não me quiseram ouvir”, etc. Pelo contrário, veja o que o profeta disse:
“Como poderei entender sua terrível condição, amada Jerusalém?
O que posso dizer para dar a você conforto, amada Sião?
Quem pode restaurar você? Esse rompimento está além da compreensão” (v. 13).
Só em Deus existe esperança. Só nEle há restauração. Ele é o único que pode reverter qualquer situação, inclusive as piores consequências do pecado! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí #rpsp #rbhw #ebiblico
Lamentações 1
Comentário Pr Heber Toth Armí
Uma visão míope da Bíblia interpreta-a como antiquada para povos não-judeus. Uma visão distorcida da Palavra de Deus corrompe o verdadeiro conceito do Criador e interpreta de forma limitada Suas revelações.
O livro de Lamentações, escrito por Jeremias, inspirado pelo Espírito Santo, complementa os 52 capítulos do livro de Jeremias. Ele é pequeno, mas tão importante quanto o livro grande. Este profetiza a destruição da cidade da paz (Jerusalém); aquele é uma demonstração dos sentimentos do profeta frente ao cumprimento das suas tristes profecias.
Cada capítulo de Lamentações “tem vinte e dois versículos, exceto o capítulo central, que tem exatamente três vezes esse número” (J. Sindlow Baxter). “O número de versículos em cada poema é divisível por 22, porque são poemas acrósticos: Cada versículo ou conjunto de versículos começa com uma letra diferente, entre as 22 consoantes do alfabeto hebraico” (Lawrence O. Richard).
A Septuaginta (LXX) oferece informações precisas do contexto do livro na introdução do texto: “E aconteceu que, depois que Israel foi feito cativo e Jerusalém desolada, Jeremias sentou chorando e lamentou com esta lamentação sobre Jerusalém, e disse...”
O Comentário Bíblico Adventista oferece-nos este esboço do primeiro capítulo para auxiliar-nos na interpretação e aplicação de seus princípios a nossa vida:
A triste condição da outrora orgulhosa Jerusalém (1:1-22):
• O lamentável estado da cidade (vs. 1-11);
• O lamento da cidade sobre sua própria condição (vs. 12-17);
• A confissão e oração da cidade (vs. 18-22).
Diz Matthew Henry que “uma vez que Salomão diz, ainda que contrarie o conceito habitual do mundo, com certeza é verdade que, ‘melhor é a tristeza do que o riso’. Que ‘melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete’. Nós devemos ler e considerar os capítulos melancólicos deste livro, não somente com a disposição, mas com a expectativa de que nos edificaremos com ele. E, para que possamos fazer isto, devemos nos investir de uma santa tristeza e devemos nos determinar a chorar com o profeta chorão”.
• As aflições devem ensinar-nos preciosas lições;
• O pecado rouba paz, alegria e saqueia bens materiais;
• Lamentos presentes são consequências de negligências espirituais no passado;
• O choro pode auxiliar-nos a compreender onde erramos;
• Situações lamentáveis devem reavivar nossas orações moribundas.
Vamos reavivar-nos? – Heber Toth Armí #rbhw #ebiblico #rpsp
Imagens: Google
Jeremias 52
Comentário Pr Heber Toth Armí
A profundidade da Palavra de Deus é incrível. Quando mais você se aprofunda mais você percebe o quanto tem para aprender.
Este último capítulo é um anexo histórico, uma retrospectiva da história do povo de Deus. Observe:
1. Com 21 anos Zedequias foi colocado por Nabucodonosor para reinar em Judá. Reinou 11 anos. Porém, por ser rebelde, mau, instável, e independente das mensagens proféticas, indignou-se e provocou rebelião contra o rei de Babilônia (vs. 1-3).
2. Consequentemente, Nabucodonosor ordenou seus exércitos cercarem Jerusalém – o que durou um ano e meio. Devido à falta de alimento e água, o Zedequias e seu exército fogem em direção ao Jordão (vs. 4-7).
3. Zedequias, fugindo, foi encontrado; Nabucodonosor assassinou seus filhos, depois furou os seus olhos e o levou cativo – ficando preso em Babilônia até morrer (vs. 8-11).
4. Em Jerusalém, logo em seguida, Nebuzaradã ateou fogo no templo, no palácio do rei e nas casas grandes da cidade, quebrou os muros, levaram os mais nobres ao exílio com os móveis do templo. E, os mais pobres foram estabelecidos para cuidar das plantações (vs. 12-27).
5. Os judeus foram deportados em fases (vs. 28-30):
• Em 605 a.C., no reinado de Joaquim, quando iniciou os 70 anos de exílio;
• Em 597 a.C., no reinado de Jeoaquim;
• Em 586 a.C., sob o governo de Zedequias;
• A campanha de deportação mais prolongada se deu de 581 a 582 a.C.
6. Exilado, o rei Joaquim, recebe privilégios, é liberto da prisão e come junto ao rei babilônico (vs. 31-34).
A graça de Deus suplanta a desgraça do pecado. Onde parecia que Satanás tinha vencido, Deus Se mostra no controle. As profecias referentes ao Messias não foram sufocadas com o pecado de Israel nem com a opressão de Babilônia.
(Para entender melhor a profecia dos setenta anos de cativeiro babilônico você precisa estudar o que escreveram os escritores de II Reis e II Crônicas e mais os livros de Ezequiel, Daniel, Esdras e Neemias inspirados pelo Espírito Santo).
Em Jeremias aprendemos, resumidamente, que:
• ...a Palavra de Deus não caduca, ela se cumpre até quando é improvável seu cumprimento.
• ...Deus permite a disciplina para educar Seu povo, mas jamais desiste de operar para salvar.
• ...com Deus, sempre há esperança!
Reavivemo-nos! - Heber Toth Armí #rpsp #ebiblico #rbhw
Jeremias 51
Comentário Pr Heber Toth Armí
Com Deus não se brinca. A criatura precisa saber que não é Deus. Tal arrogância gera autodestruição. Babilônia sentirá isso na pele.
1. Deus está de olho em Seu povo e punirá quem intentar eliminá-lo do mapa. O megalomaníaco Império Babilônico seria destruído repentinamente, como de fato o foi em 539 a.C. pelos Medos e Persas (vs. 1-11; ver Daniel 5).
2. Deus não abandonou Seu povo, ainda que este O tenha abandonado. Deus é o Criador, Seu poder e sabedoria são esmagadoramente maiores que qualquer deus ou ídolos, ou mesmo todos juntos. Os deuses falsos e seus seguidores terão o mesmo destino (vs. 12-19).
3. William MacDonald oferece-nos os seguintes detalhes:
• Os versículos 20-23 são direcionados aos medos;
• O versículo 24 provavelmente é dirigido a Judá;
• O versículo 25 volta a falar à Babilônia até o 33;
• Os habitantes de Judá e Jerusalém falam nos versículos 34 e 35.
4. Os detalhes de como se dará a destruição de Babilônia se cumpriram exatamente como foi profetizado (compare com Daniel 5):
• Os medos e os persas secaram o rio Eufrates e entraram por baixo do muro (v. 36);
• Babilônia foi destruída pelos medos e persas como Deus previra (v. 37);
• A destruição se daria num dia de banquete, festas e bebedeiras (vs. 38-44);
• Sobre o versículo 31 John MacArthur observa: “Mensageiros trouxeram a notícia da queda da cidade. Uma vez que Belsazar fora morto dentro da cidade na noite de sua queda (Dn 5.30), a ordem era que os mais velozes corredores levassem a notícia ao corregente Nabonido, que estava longe da cidade, ou talvez para avisar Daniel, que era o terceiro regente do reino (Dn 5.29)”.
5. Deus pede a Seu povo para sair de Babilônia e retorne a Jerusalém, e expõe as razões (vs. 45-59);
6. Seraías ilustra o fim de Babilônia (vs. 59-64).
Essa profecia foi reformulada pelo profeta de Patmos (Apocalipse 18). Há uma Babilônia espiritual da qual o remanescente de Deus precisa abandonar antes da destruição. Não devemos...
• ...envolver-nos com seus pecados;
• ...ser cúmplices de suas doutrinas espúrias;
• ...ter vínculos com suas tradições;
Deus vindicará Seu povo, não os simpatizantes de Babilônia. Não existe salvação à parte de Deus! Como Seraías, devemos proclamar a revelação divina! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí #ebiblico #rbhw #rpsp
Jeremias 50
Comentário Pr Heber Toth Armí
A Bíblia cita Babilônia cerca 370 vezes. Aproximadamente, 200 citações estão em Jeremias. No capítulo em questão temos quase 20 citações, beirando 10% de todo o livro.
Deus incluiu Babilônia várias vezes em Suas profecias! Babilônia serviu como Seu propósito para executar juízo sobre nações perversas; todavia, agora Deus avaliará suas ações, sendo ela também julgada.
Medite nestes pontos:
1. A soberania não está com Impérios e potências mundiais, não há nenhum poder que sufoque o poder de Deus (vs. 1-2).
2. De onde ninguém imagina Deus suscita instrumentos para executar Seus propósitos, e ninguém segura; Seu maior objetivo é restaurar Seu povo (vs. 3-5).
3. A disciplina corretiva é divina, e, caso não se aprende a confiar em Deus, deve seguir Suas orientações para salvar-se do caos previsto nas profecias (vs. 6-9).
4. Deus explica as razões de Suas ações; Ele não tolera explorações (vs. 10-15).
5. Deus profetiza detalhes do sofrimento dos julgados, e elucida reiteradamente Suas motivações (vs. 16-18).
6. Israel é a preciosa nação que recebe a principal atenção benfazeja de Deus, pois dela viria o Messias (vs. 16-20).
7. O martelo usado por Deus será julgado por Ele, pois maldito aquele que faz a obra de Deus conforme quer. O remanescente judeu que sobrou do martelo de Deus degustará da misericórdia celestial, mas Babilônia, o martelo indisciplinado, será sentenciado (vs. 21-30).
8. Orgulho, adoração adulterada, injustiças e arrogâncias foram motivações babilônicas que resultaram em ações ilegais (delitos) perante o Juiz do Universo (vs. 31-39);
9. Tudo o que um indivíduo, povo, nação ou império planta, certamente terá sua colheita (vs. 41-43).
10. Deus é soberano e está no controle do Universo, Suas obras surpreendem ao mundo inteiro, pois Ele quer atrair a todos com objetivo de salvar o maior número possível de perdidos no pecado (vs. 44-46).
Sintetizei estes dez pontos, mas o texto bíblico fala de muitas outras formas ao nosso coração. As orientações de Deus são valiosíssimas em cada versículo, se estudado com oração!
Para encerrar este comentário, quero extrair mais uma verdade desta mensagem:
• Mais importante que ser usado por Deus é ser aprovado por Ele. Melhor mesmo é ser USADO e APROVADO por Ele.
Babilônia não aprendeu essa lição, e nós aprendemos? Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí #ebiblico #rpsp #rbhw