Reavivados
por Sua Palavra
Leitura
Bíblica - Isaias 50
Comentários
de: Ron E M Clouzet
Deus havia abandonado Seu povo? Para muitos judeus parecia
que sim. Seus inimigos eram uma ameaça constante para eles, e Deus havia
predito o exílio dos judeus em uma terra estrangeira. Neste capítulo o Senhor
apresentou diante deles duas questões legais: divórcio e escravidão (v.1).
Deus não tinha, de fato, se divorciado de Judá, apesar de
muitos falarem desta maneira em Jerusalém. Se fosse assim, eles poderiam
apresentar um certificado de divórcio? Não podiam. Não havia como obter provas
de que isto houvesse acontecido. Deus também não os havia vendido
permanentemente como escravos. Ninguém podia apresentar um documento de que os
havia comprado.
Judá seria mandado embora por um período de tempo, mas isso
não significava uma ruptura permanente de seu relacionamento com Deus. Desta maneira,
os judeus não poderiam em auto piedade reivindicar que haviam sido abandonados
pelo Senhor. Na verdade, o Senhor já havia tentado várias vezes obter alguma
resposta da Sua noiva: “Por que razão … quando chamei, ninguém respondeu?” (v.2
ARA), Ele chorou.
Deus continua a justificar a sua capacidade de cuidar de
Judá no verso 2. Sua mão não era curta que não os pudesse alcançar. A expressão
“mão que não pode alcançar” estava relacionada à falta de recursos financeiros
(Lv 5:7; 12:8; 14:21), a incapacidade de alguém de pagar o preço para libertar
um escravo. Certamente, o Senhor do universo era totalmente capaz de sustentar
sua “esposa”, bem como de pagar o resgate por ela. Ele não havia feito isso
antes, quando Ele libertou o seu povo do Egito?
À pergunta no verso 2: “Quando eu chamei, por que ninguém
respondeu?” (NVI) surge a resposta: Jesus, o Servo de Deus, seria esse homem,
esperando ansiosamente para trabalhar para o Senhor. A cada manhã o Senhor
acordava Jesus, despertava o Seu ouvido (v. 4), como discípulo fiel. Foi essa
rotina matinal de se tornar cheio do Espírito e submissão diária, aprendendo a
levar adiante a missão de Deus no mundo, que preparou Jesus a oferecer suas
costas àqueles que O feriam (v. 6; ver Marcos 15:15). Os Evangelhos não registram
que a barba de Jesus tenha sido arrancada (v. 6 NVI) em seu julgamento, embora
isso possa ter acontecido. Jesus suportou tudo que o diabo pode imaginar trazer
contra Ele.
Durante anos eu ministrei uma disciplina universitária sobre
a vida de Jesus. Por volta da terceira semana, eu desafiava meus alunos a
tentarem esta experiência: durante 10 dias pedirem a Deus que os acordasse
todas as manhãs, como havia feito com Jesus, a fim de passarem tempo com Ele.
No início, muitos estudantes que estudavam até tarde da noite não acreditavam
que seria possível acordar cedo sem um despertador, simplesmente pelo sussurro
do Senhor. Para grande surpresa deles, isto acontecia a todos aqueles que
sinceramente desejavam passar tempo com Deus pela manhã.
Este era a grande necessidade de Cristo, e é também a nossa.
“Muitos, mesmo nas horas de devoção, deixam de receber a bênção da comunhão
real com Deus. Estão com demasiada pressa. Com passos precipitados se apressam
a atravessar o círculo da amável presença de Cristo, detendo-se somente um
momento no recinto sagrado, não esperando por conselho. Não têm tempo de ficar
com o Mestre divino. Com seus fardos voltam eles a seus trabalhos. Estes
trabalhadores nunca poderão alcançar o maior êxito antes que aprendam o segredo
da força. Devem dar a si mesmos tempo para pensar, orar e esperar de Deus a
renovação da força física, mental e espiritual. … Não uma parada momentânea em
Sua presença, mas um contato pessoal com Cristo, assentando-nos em Sua
companhia – tal é a nossa necessidade” (Educação, p 260-261).
Ron E M Clouzet
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/isa/50/
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