sábado, 30 de novembro de 2024

Romanos 7 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Romanos 7
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ROMANOS 7 – Há uma tensão entre a Lei de Deus, o pecado, e a experiência humana. Em Romanos 7 temos uma visão rica da condição do ser humano caído e o papel da graça.

Paulo começa com uma analogia do casamento ilustrando a relação do pecador convertido com a Lei. Ele declara que a Lei tem domínio sobre uma pessoa enquanto ela vive, mas que a morte traz liberdade dessa jurisdição. Para o convertido, morrer com Cristo significa ser liberto da condenação da Lei, mas não da sua relevância moral (Romanos 7:1-6).

Romanos 7:12 afirma, “de fato a Lei é santa, e o mandamento é santo, justo e bom”. A Lei reflete o caráter divino. Desta forma, a Lei divina é imutável e serve como espelho, revelando o pecado (Romanos 7:7). Contudo, ela não é um meio de salvação, mas aponta para a necessidade da graça.

• A função da Lei é diagnosticar a condição pecaminosa do ser humano, mas somente Cristo pode prover o remédio.

A partir de Romanos 7:14, o apóstolo descreve uma luta intensa: “Sabemos que a Lei é espiritual; eu, contudo, não o sou, pois fui vendido como escravo ao pecado”. Paulo retrata uma guerra interna entre a vontade de Deus e a inclinação natural para o pecado. “Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer esse eu continuo fazendo” (Romanos 7:19). Essa luta é uma realidade na jornada da santificação – uma obra contínua do Espírito Santo, levando o fiel a refletir cada vez mais o caráter de Cristo.

• A vitória só é possível somente através da entrega completa ao poder de Cristo (Romanos 7:25).

A angústia do cristão culmina na expressão de Paulo: “Miserável homem que sou! Quem me libertará do corpo sujeito a esta morte?” Essa pergunta retórica aponta para a única resposta: “Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor!” (Romanos 7:20-25). Essa libertação em Cristo é o coração do evangelho.

• A liberdade em Cristo não é uma licença para pecar, mas um poder sobrenatural para vencer o pecado.

• Na teologia bíblica, a Lei não foi abolida. Romanos 7 mostra que ela continua sendo um guia moral aos cristãos, enquanto a graça os capacita à obediência.

Diante disso, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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Romanos 6 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse


Leitura Bíblica – Romanos 6
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ROMANOS 6 – Deus oferece Sua graça para nos tirar e não nos deixar na desgraça da escravidão do pecado. Paulo apresenta a libertação do pecado como uma obra poderosa da graça divina. Desta forma, a graça que não nos resgata é falsa!

A graça verdadeiramente bíblica nos leva a morrer para o pecado, não a promover a prática do pecado. Em Romanos 6:1-6 Paulo argumenta que a graça de Deus nos liberta do domínio do pecado. Essa graça nos alcança para transformar nossa condição espiritual, tirando-nos da escravidão do pecado para nos fazer servos de Deus.

A graça divina, quando bem entendida, nunca é uma licença para pecar. “Que diremos então? Continuaremos pecando para que a graça aumente? De maneira nenhuma!” (Romanos 6:1). A graça que transforma não nos deixa acomodado no pecado.

• A graça que vem de Deus não nos deixa na condição de miséria espiritual; ela nos tira dessa desgraça para nos levar a uma vida de vitória e santidade.

Romanos 6 destaca a morte do cristão para o pecado. Já que Cristo morreu pelos nossos pecados, morremos para eles também a fim de vivermos para Cristo Jesus. A nossa morte é ilustrada pela cerimônia do batismo. Assim que somos levantados das águas batismais, experimentamos novidade de vida – Essa novidade é a evidência de que fomos tirados da escravidão do pecado pela graça (Romanos 6:4-22).

O pecado traz uma consequência terrível: “Pois o salário do pecado é a morte”. No entanto, a graça de Deus nos oferece um novo destino: “Mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 6:23). Deus nos resgata da desgraça, não apenas para nos tirar do pecado, mas para nos dar a esperança de uma vida plena e eterna com Ele.

Diante destas verdades...

• ...Não se acomode ao pecado, mas permita que a graça de Deus transforme seus hábitos e pensamentos.
• ...Viva de forma a demonstrar que você experimentou a libertação e que está andando em novidade de vida.
• ...Compartilhe a graça com quem está preso à desgraça do pecado, mostrando que a graça de Deus é suficiente para libertá-los.
• ...Lembre-se que a graça não apenas perdoa, mas te capacita a viver livre do pecado, dedicando-se à justiça.

Enfim, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Romanos 5 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Romanos 5
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ROMANOS 5 – A cruz demonstra que o pecado é tão grave que só pode ser tratado pela morte do próprio Filho de Deus, e a justificação é tão preciosa que só pode ser recebida como presente!

A justificação pela fé é o coração do evangelho e a resposta ao dilema moral da história. Essa verdade desafia nossa racionalidade, destrói nosso orgulho e nos conduz à gratidão.

• Para defender esta verdade bíblica, não basta conhecê-la teologicamente; é necessário vivê-la diariamente!

A maior defesa da verdadeira fé cristã é uma vida transformada pela graça, refletindo a Cristo no caráter. Quando reconhecemos que somos perdoados e justificados, não por nossas obras, mas pela fé no magnífico sacrifício de Cristo, vivemos em esperança, confiança e amor, mostrando que a justiça de Cristo não é apenas teórica, mas também prática.

Assim, proclamamos a verdade que transforma: “Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo, por meio de Quem obtivemos acesso pela fé a esta graça na qual agora estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de Deus” (Romanos 5:1-2).

Em Romanos 5, Paulo apresenta um contraste profundo e teológico entre o primeiro Adão, que trouxe o pecado e a morte, e o segundo Adão, Cristo, que trouxe a justiça e a vida. Essa comparação é central para compreender o plano da salvação, destacando a universalidade do pecado e da graça:

• O pecado entrou no mundo através de Adão, e a morte passou a todos os seres humanos porque todos pecaram. Adão, representante da humanidade, trouxe condenação a todos os seus descendentes, pois sua desobediência teve consequências universais.

• Cristo, como o novo representante da humanidade, trouxe a justiça que leva à vida. Sua obediência perfeita reverteu as consequências do pecado de Adão. Ele inaugura uma nova criação, oferecendo condição de vida eterna àqueles que nEle creem.

• De Adão herdamos uma natureza pecaminosa e uma condição de alienação de Deus; seu pecado resultou numa corrupção moral que passou a todos os seus descendentes.

• Em Cristo, recebemos a justiça como dom perfeito. Assim como o pecado foi transmitido universalmente, a graça também está disponível a todos. Mas, ao contrário do pecado, a graça não é imposta: Ele é recebida pela fé!

Então, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Romanos 4 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Romanos 4
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ROMANOS 4 – Deus resolveu o maior dilema moral da História! Mas: Como um Deus santo pode perdoar pecadores?

A esta altura da leitura em Romanos, essa verdade foi desvendada. A resposta está na cruz de Cristo, onde justiça e graça se encontraram.

Agora, vamos mergulhar na teologia de Romanos 4:

• Abraão foi justificado pela fé, não pelas obras (Romanos 4:1-3): Deus credita justiça àqueles que confiam nEle, não aos que dependem do próprio esforço.

• A graça de Deus não é salário, é presente (Romanos 4:4-5): A justificação não é uma recompensa por obras humanas, mas um dom gratuito dado àqueles que creem.

• A verdadeira e maior bênção que recebemos de Deus é sermos perdoados (Romanos 4:6-8): Felizes aqueles cujos pecados Deus não leva em conta – um perdão imerecido!

• A fé não conhece barreiras culturais (Romanos 4:9-12): Abraão foi justificado antes da circuncisão, mostrando que a salvação é universal, para judeus e gentios.

• A promessa depende da fé, para que seja pela graça (Romanos 4:13-16): A herança espiritual não vem da Lei, mas de uma promessa acessível a todos os que creem.

• A fé em Deus desafia o impossível (Romanos 4:17-21): Abraão creu contra a esperança, confiando que Deus é poderoso para cumprir o que promete.

• A justificação pela fé é para todos os que creem em Cristo (Romanos 4:22-25): Assim como Abraão, somos declarados justos ao crer nAquele que ressuscitou Jesus, nosso Senhor.

Ellen White declara que “a justificação pela fé e a justiça de Cristo” são “as mais suaves melodias de origem divina” (T6, 426). Diversas vozes dissonantes têm sufocado essa melodia celestial. Mas, Romanos 4 nos leva a ouvi-la novamente.

Paulo evocou a pessoa de Abraão, o “pai da fé”, visando salientar que a salvação é recebida pela fé, não pelas obras. Sua experiência é uma resposta direta àqueles que tentam ganhar o favor de Deus através de obras. Para os que acreditam que o cristianismo é uma religião meramente de moralidade, o relato de Abraão é uma defesa poderosa de que Deus não nos salva por aquilo que fazemos, mas por Quem Ele é e faz!

• Se a graça for merecida, automaticamente deixa de ser graça.
• E, a fé é o único caminho para experimentarmos os benefícios da graça!

Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Romanos 3 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Romanos 3
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ROMANOS 3 – Em Romanos o pecado é exposto em toda sua gravidade, mas a graça é revelada em toda sua glória.

Mais que um mero texto, Romanos 3 é o cerne do Evangelho. Aqui percebemos que Deus é ao mesmo tempo Juiz e justificador; justo em Seu caráter e misericordioso em Sua ação. Ninguém é inocente diante dEle: judeus, gentios, religiosos, moralistas – todos estão debaixo do pecado. Contudo, Deus não apenas declara a culpa humana, mas oferece uma solução que resgata os culpados e os transforma em justos.

Considere:

• A fidelidade de Deus é inabalável (Romanos 3:1-4): Apesar da infidelidade humana, Deus permanece fiel e justo em Suas promessas.

• A justiça de Deus é justificada através de Seu juízo (Romanos 3:5-8): Deus é justo ao julgar o pecado; nossa injustiça destaca Sua glória sem anular Sua retidão.

• Todos estão sob o pecado (Romanos 3:9-18): Não há ninguém justo diante de Deus; todo ser humano está corrompido e distante da glória divina.

• A Lei revela o pecado, mas não justifica o pecador (Romanos 3:19-20): A função da Lei é trazer o conhecimento do pecado, não justificar o transgressor.

• A justiça de Deus é revelada pela fé em Cristo (Romanos 3:21-26): Deus oferece gratuitamente Sua justiça mediante a fé, justificando pecadores por meio de Jesus.

1. Deus ofereceu Jesus como sacrifício expiatório (propiciação) para satisfazer Sua justiça e desviar Sua ira contra o pecado.

2. Deus não puniu imediatamente os pecados passados, mostrando Sua paciência ao esperar o momento perfeito para manifestar Sua justiça por meio de Cristo.

3. Na cruz, Deus revelou que é justo – não ignorou o pecado – e, também justificador – declarando justo quem crê em Jesus.

• A salvação exclui qualquer glória humana (Romanos 3:27-28): A salvação é pela fé – não pelas obras –, eliminando, assim, qualquer mérito humano.

• Deus é Deus de todos (Romanos 3:29-31): A salvação está disponível tanto para judeus quanto para gentios, pois Deus é um só.

Ao refletir em Romanos 3, entendemos não apenas o peso da nossa condição, mas especialmente a grandeza da solução divina. Aqui compreendemos que a justiça de Deus se manifesta não para condenar, mas para salvar – um ato que transforma pecadores em filhos e declara justos aqueles que não têm justiça própria.

Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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terça-feira, 26 de novembro de 2024

Romanos 2 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Romanos 2
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ROMANOS 2 – Deus Se revela:

• Revelação Geral: Deus Se revela na criação. “A natureza não revela tudo, mas o suficiente para sabermos que há um Criador” (Emilson dos Reis).
• Revelação Especial: Deus Se revela nas Escrituras. “A Bíblia Sagrada é, sem dúvida, um dos maiores livros da História... Ela é um compêndio por meio do qual o Espírito Santo usou homens para Se dirigir com amor à humanidade e revelar os propósitos divinos para ela” (Rodrigo Silva).

Deus Se revela à humanidade através da criação, tornando Sua existência inegável. A natureza é uma evidência constante de Deus. A revelação natural é suficiente para que qualquer ser humano reconheça Sua existência, tornando-o indesculpável (Romanos 1:18-20). Quando o ser humano não reconhece a Deus, torna-se fútil em seus pensamentos e cai na idolatria e imoralidade. Isso é consequência de rejeitar a verdade revelada na natureza (Romanos 1:21-32).

Deus julgará à humanidade com base em Sua Lei, revelada tanto na consciência como nas Escrituras. Judeus e gentios serão julgados com base na luz que receberam (Romanos 2:12-16):

1. Judeus tinham a Lei escrita, e isso os responsabiliza diretamente (Romanos 2:17-29).
2. Gentios, por outro lado, têm a lei da consciência, que testifica o certo e o errado. Isso os torna igualmente responsáveis.

“Em Deus não há parcialidade” (Romanos 2:11). Todos são pecadores (Romanos 2:1-10). Deus julgará os segredos das pessoas por meio de Cristo. Sua justiça é perfeita e abrange atos externos quanto intenções internas (Romanos 2:16).

O evangelho é a única fonte de salvação tanto para o judeu quanto para o gentio (Romanos 2:16; 1:16-17).

A Revelação Geral aponta para a existência de um Criador; a Revelação Especial nos mostra como Ele é.  A natureza revela que há um Deus e alguns aspectos de Seu poder e caráter (como ordem e beleza) – mas, ela não revela a vontade divina.

O testemunho do Céu é universal, mas não detalhado; ele desperta no coração humano a reverência e a curiosidade pelo Criador, mas não dá instruções específicas sobre a moralidade ou sobre o plano da salvação. Daí a importância da Bíblia. A Revelação Especial, ao mostrar claramente o caráter de Deus, conduz a pessoa a um relacionamento profundo e responsável com seu Criador (Romanos 2:4).

Diante disso, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.
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segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Romanos 1 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Romanos 1
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ROMANOS 1 – Romanos 1:1-31 é uma introdução fundamental ao plano da salvação. Paulo revela tanto a profundidade da necessidade humana quanto a amplitude da provisão divina em Cristo.

• Romanos 1 auxilia-nos a compreender a gravidade do pecado, a magnificência da graça divina e o chamado para uma vida de fé e obediência em Cristo.

Paulo começa destacando que foi chamado para ser apóstolo e separado para o evangelho de Deus (v. 1). Ele enfatiza que o evangelho é fundamentado em Jesus Cristo, o Filho de Deus, que veio em carne, foi ressuscitado e agora é proclamado como Senhor (vs. 2-4). “Por meio dEle e por causa de Seu nome, recebemos graça e apostolado para chamar dentre todas as nações um povo para a obediência que vem pela fé. E vocês também estão entre os chamados para pertencerem a Jesus Cristo” (vs. 5-6).

O evangelho não é restrito a um grupo étnico no mundo. É um chamado a todas as nações. Por isso, Paulo declara ser “devedor tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes” (Romanos 1:14). Isso reflete o chamado para proclamar as três mensagens angélicas de Apocalipse 14:6-12, que, também enfatiza a justificação pela fé em Cristo, o chamado ao arrependimento, a adoração ao Criador, e a observância dos mandamentos de Deus no contexto do juízo final.

O evangelho é definido como “é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1:16). A crença é o meio pelo qual a graça é recebida. “No evangelho é revelada a justiça de Deus, uma justiça que do princípio ao fim é pela fé” (Romanos 1:17), indicando a contínua dependência da graça divina em todas as etapas da vida cristã.

Em Romanos 1:18-32 Paulo apresenta um diagnóstico da humanidade alienada de Deus. Ele descreve como todos os seres humanos, rejeitando a revelação divina, tornam-se culpados diante de Deus.

• O pecado é descrito como uma rejeição consciente de Deus, apesar de Sua revelação tanto na criação quanto na consciência humana (Romanos 1:20).

• A idolatria e as práticas degradantes descritas (Romanos 1:24-27) são manifestações externas da rebelião humana.

O evangelho não inclui somente o perdão, mas também o poder de viver em conformidade com a vontade divina!

Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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domingo, 24 de novembro de 2024

Atos 28 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse


Leitura Bíblica – Atos 28
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ATOS 28 – Atos é a continuação do cristianismo, que não morreu com a morte de Cristo. Pelo contrário, com Sua ressurreição, o evangelho espalhou-se por todo o Império Romano. A sociedade e a política do mundo agiam da mesma forma que agiram com Cristo, mas os cristãos não se acovardaram.

• “No decorrer do evangelho de Lucas e do livro de Atos, há paralelos interessantes entre Jesus e Paulo: ambos são presos por turbas judaicas e, em seguida, entregues às autoridades romanas (Lc 22:47-53; 23:1-5; At 21:10-11, 27-36); ambos são confrontados com acusações falsas (Lc 23:1-2, 5, 10, 13-14; At 21:28; 24:5-9); ambos são julgados pelo Sinédrio (At 22:30-23:10), por um rei judeu (Lc 23:6-12; At 25:13-26:30) e pelo administrador romano local (Lc 23:1-3; At 24:1-23; 25:1-26:30); ambos são sentenciados a sofrer açoites em algum momento em seus julgamentos (Lc 23:16, 22; At 22:24); ambos são considerados inocentes (Lc 23:4, 15, 20-22; At 23:29; 26:31-32); e ambos recebem tratamento injusto meramente por razões políticas (Lc 23:18-25; At 24:24-27; 25:6-9)” (Wilson Paroschi).

Lucas apresenta o naufrágio em Malta, onde Paulo e seus companheiros são recebidos com hospitalidade pelos habitantes locais. Durante a estadia, Paulo sobrevive à picada de uma serpente venenosa, o que causa grande impacto entre os nativos, que o consideram protegido dos deuses. Ele também realiza milagres, curando o pai de Públio, o líder da ilha, e muitos outros doentes (Atos 28:1-10).

Depois de três meses, apesar dos desafios, Paulo e seus companheiros evangelistas viajam para Roma; ali encontram uma comunidade de irmãos que os recebem com alegria. Apesar de estar sob custódia domiciliar, Paulo aproveita a oportunidade para evangelizar com ousadia e ensinar sobre o Reino de Deus (Atos 28:11-31).

• “Da casa-prisão de Paulo o evangelho se expandiu para os judeus, para a Guarda Pretoriana, para os gentios de Roma e para a própria casa de Nero, o mais desprezível de todos os imperadores romanos” (Mário Veloso).

• “Houve conversos ganhos para a verdade na casa de César”, escreveu Ellen White. E, acrescentou que “mesmo na casa de Nero foram ganhos troféus para a cruz”.

Esse poder sobrenatural para pregar está à nossa disposição hoje. Devemos agir com fé a fim de alcançar até os mais improváveis com o evangelho! Precisamos nos reavivar espiritualmente! – Heber Toth Armí.

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sábado, 23 de novembro de 2024

Atos 27 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Atos 27
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ATOS 27 – Em vários momentos em Atos, o doutor Lucas esteve com Paulo e participou diretamente das viagens missionárias. Isso é indicado pelas seções conhecidas como “nós” no texto, onde o escritor usa a primeira pessoa no plural, indicando estar presente.

Após a visão de Paulo sobre o homem macedônio, o relato muda para “nós”, indicando que Lucas se juntou à equipe missionária em Troas (Atos 16:9-18).

Em Atos 20:5-15, Lucas menciona estar com Paulo durante sua viagem pela Macedônia e Ásia Menor, rumo a Jerusalém.

Lucas descreve a jornada de Paulo como prisioneiro rumo a Roma, incluindo o naufrágio em Malta (Atos 27:1-28:16). O uso de “nós” mostra que ele acompanhou Paulo até Roma.

Lucas não apenas registrou os eventos da história do cristianismo, mas também foi testemunha ocular de vários momentos importantes da missão evangélica. Sua presença proporcionou detalhes vívidos e preciosos que enriquecem o relato ao aristocrata Teófilo.

“A viagem de Paulo à Itália teve muitas privações. Lucas conta sobre isso com maestria, dinamismo, e com um realismo tão intenso que raramente se vê nesse tipo de relato. Um pequeno clássico da literatura (27:1-28:31). Por todos os detalhes e a forma de se referir aos acontecimentos ocorridos, é evidente que seu autor foi uma testemunha ocular dos fatos. Lucas estava com Paulo. Além de Lucas, como um gesto de simpatia especial, Festo lhe havia permitido levar consigo Aristarco (Cl 4:10). Dois companheiros que serviram com abnegação e lhe suavizaram grandemente a falta de comodidade da viagem” (Mario Veloso).

• A presença de amigos é um alívio em tempos de dificuldades; a presença de pessoas fiéis e solidárias suavizam os momentos mais difíceis dos líderes cristãos.

• A liderança cristã permanece firme mesmo em meio a tempestades. Mesmo como prisioneiro, Paulo demonstrou liderança ao encorajar a tripulação, dar conselhos e manter a fé em Deus durante o naufrágio (Atos 27:21-26).

• Apesar das privações, naufrágios e perigos, Deus preservou a vida de todos, cumprindo o que havia prometido (Atos 27:44). Isso nos ensina que mesmo quando tudo parece fora do controle, Deus está no controle!

• Em meio a uma viagem difícil, Paulo testemunhou e encorajou outros a confiarem em Deus (Atos 27:33-36). Em cada situação, temos oportunidade de apresentar nossa fé e encorajar outros.

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.
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sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Atos 26 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Atos 26
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ATOS 26 – O discurso de Paulo aqui ensina que proclamar o evangelho aos soberanos requer respeito, coragem, uma mensagem centralizada em Cristo, e apelo à transformação pessoal.

Assim como Paulo desejou que Agripa e todos os presentes tornassem como ele (exceto pelas correntes), os cristãos são chamados a proclamar o evangelho com amor e ousadia, confiando no poder divino para alcançar até os líderes mais poderosos.

“O julgamento de Paulo em Cesareia lhe proporcionou a oportunidade de demonstrar sua inocência. No entanto, não traria o veredito final. Sentindo ser apenas uma peça num jogo de xadrez político nas mãos de procuradores corruptos e arbitrários, decidiu usar seus direitos romanos e solicitar que fosse enviado a Roma para ser julgado pelo imperador. Mais tarde, Festo e Agripa prontamente admitiram um ao outro que Paulo não havia feito nada para merecer a prisão, muito menos a morte, e que poderia ser liberto, caso não tivesse apelado a César (At 26:30-32). Com base nisso, o leitor descuidado poderia muito facilmente concluir que a decisão de Paulo foi um erro, como aquele que havia precipitado sua prisão em Jerusalém. Na verdade, ambos os dignatários se mostraram dispostos a reconhecer a inocência do prisioneiro somente após estarem convenientemente livres da responsabilidade de seu caso, bem como por terem evitado os problemas políticos que sua soltura ou condenação poderia ter causado. De qualquer forma, Paulo seria enviado a Roma onde teria a oportunidade de realizar seu sonho a tanto tempo acariciado (19:21; cf. Rm 1:13; 15:22-24, 28-28). Portanto, quer sua decisão tenha sido certa ou errada, o plano soberano de Deus não seria detido. Mais cedo ou mais tarde, indo ou não à Espanha, como um homem livre ou prisioneiro, por caminhos retos ou tortuosos, o apóstolo dos gentios ainda daria testemunho de Jesus no coração do Império (23:11). Certamente, Paulo não era perfeito, mas sua fé e seu comprometimento com a causa de Deus superavam suas fraquezas (20:24; cf. 2Co 4:7-10; Fl 3:12-16), e, no fim, é isso o que realmente importa” (Wilson Paroschi).

A firmeza de Paulo em testemunhar, mesmo em circunstâncias adversas, evidencia que o avanço do evangelho não depende de condições ideais, mas da disposição do cristão em confiar e agir conforme a direção divina.

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Atos 25 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Atos 25
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ATOS 25 – A redefinição do cristianismo realizada por Paulo no capítulo anterior provavelmente era necessária para Teófilo, o destinatário aristocrata do segundo tratado do doutor Lucas (Atos 1:1-3); porém, embora tenha sido inserido na Bíblia, muitos cristãos e não-cristãos ainda precisam redefinir o cristianismo pela clara revelação de Deus a Paulo.

Paulo está representando o verdadeiro cristianismo a pessoas da alta sociedade, tanto do judaísmo quanto dos gentios (líderes políticos do Império Romano). Em Atos 25, Paulo está preso, mas se posiciona perante Festo e o Rei Agripa – conforme lhe fora divinamente prometido (Atos 23:11). Deus estava escrevendo a história de Sua igreja, o corpo de Cristo no mundo.

• Deus estava utilizando o sistema político romano como um meio para garantir a segurança de Seu mensageiro e levar a mensagem do evangelho a lugares mais distantes.

Note que interessante! O Rei Herodes Agripa e sua esposa Berenice visitam Festo em Cesareia. Festo se aconselha com ele sobre o caso de Paulo, pois ele precisa justificar o envio desse prisioneiro a César sem evidências claras de culpa. Este encontro cria uma oportunidade única para Paulo pregar o evangelho a líderes políticos de alta influência (Atos 25:13-22).

Desta forma, Deus criava o cenário em que o evangelho é proclamado a governadores, cumprindo o propósito pelo qual fora chamado pelo próprio Cristo – para levar o evangelho perante reis (Atos 9:15).

Paulo poderia se sentir frustrado pela demora do julgamento (Atos 24:27); porém, Deus usava esse tempo para posicioná-lo estrategicamente. Em vez de ser rapidamente julgado e condenado, Paulo foi colocado em uma rota que o levaria a pregar na capital do grandioso Império Romano.

• Deus transforma os atrasos e as complexidades políticas em oportunidades para expandir o evangelho e proteger Seus servos.

Atos 25 nos ensina que Deus está no controle, mesmo em sistemas políticos aparentemente corruptos e confusos. Ele guia os eventos de forma a cumprir Sua vontade, transformando obstáculos em oportunidades e utilizando líderes, governantes e circunstâncias para o avanço de Seu Reino.

Portanto, podemos confiar que, mesmo diante de injustiças ou desafios políticos e sociais, Deus está dirigindo os eventos para o cumprimento de Seus propósitos maiores. Assim como Ele esteve com Paulo, estará conosco em nossas batalhas, guiando cada passo para o bem! – Heber Toth Armí.

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quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Atos 24 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Atos 24
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ATOS 24 – O que em tua vida prova que você se comprometeu inteiramente com Cristo?

Paulo foi levado a Cesareia. “A numerosa guarda para Paulo mostra a gravidade do tumulto armado contra ele e a conspiração para matá-lo. O governador Félix foi nomeado procurador da Judeia por Cláudio (52.d.C.). Ele era cruel e tinha poucos princípios morais [Atos 23:23-24]” (Merrill Unger).

O sumo sacerdote contratou um advogado romano “Tertúlio, que fez a acusação contra Paulo diante de Felix [Atos 24:2-9]”. Duas vezes Paulo falou perante Félix, mas Félix “deliberadamente sacrificou o dever e a justiça em nome das egoístas ambições pessoais. Por causa dele, Paulo definhou na prisão durante dois anos [Atos 24:27]” (Idem).

• Ao discursar, Paulo mostra que, muitas vezes, somos zelosos; mas, nossa paixão pode estar mal direcionada. Diante disso, é sempre prudente examinar se estamos seguindo tradições humanas ou a vontade de Deus.

• Além disso, Paulo também destaca que todos nós precisamos de um confronto com a luz de Cristo para mudar radicalmente o rumo de nossa vida.

• Finalmente, Paulo deixa claro que Deus não apenas salva os pecadores, mas os transforma a fim de enviá-los para a missão. E, o testemunho dele prova que Deus pode usar pessoas improváveis para cumprir Seus nobres propósitos.

Um tema que vale a pena salientar neste capítulo é sobre “seitas”. Paulo foi considerado o “principal defensor da seita dos nazarenos” (Atos 24:5), e alegou servir “O Caminho a que chamam seita”. De acordo com Unger, o Caminho “foi uma das primeiras designações do cristianismo”.

Nesse contexto, as autoridades judaicas usaram o termo “seita” para descrever um grupo dissidente ou desviado do judaísmo tradicional. Os líderes religiosos referiam-se ao cristianismo como uma seita, tratando-o como uma ameaça à unidade eclesiástica e à tradição do país.

Paulo, ao responder, não nega que segue “O Caminho”, mas redefine a acusação. Paulo afirma que o cristianismo não é uma ruptura do judaísmo, mas sua extensão. Ele crê na Lei e nos Profetas, evidenciando que a fé cristã está profundamente enraizada nas Escrituras Hebraicas.

O cristianismo era visto como “um novo caminho” dentro do judaísmo, mas Paulo destaca que não era uma rejeição da fé dos patriarcas, mas a realização das profecias messiânicas.

Muitos atualmente precisam desta redefinição!

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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terça-feira, 19 de novembro de 2024

Atos 23 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Atos 23
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ATOS 23 – Mesmo diante da injustiça e perseguição, Deus permanece no controle, usando diferentes caminhos para conduzir Seus filhos. As experiências de Paulo exemplificam essa verdade.

Continuando os eventos do capítulo anterior, Atos 23 apresenta Paulo submetido ao julgamento do Sinédrio. “O comandante convocou os principais sacerdotes e todo o Sinédrio para saber o motivo das acusações contra Paulo. Mandou que lhe tirassem as cadeias e o fez comparecer perante o Sinédrio. O Grande Sinédrio era também chamado de Concílio, a Suprema Corte Judaica que, ao mesmo tempo, era tribunal de justiça, corpo legislativo e órgão diretivo em assuntos religiosos e políticos. Nessa época, era integrado de 71 membros, uma mescla de fariseus e saduceus. Seu presidente era o sumo sacerdote. Suas decisões podiam ser finais, com exceção da pena de morte, que o Império Romano reservava unicamente para suas próprias autoridades” (Mario Veloso).

Diante do Sinédrio, Paulo afirma ter vivido com uma consciência pura diante de Deus. Por conta disso, o sumo sacerdote pediu que o ferissem na boca. Então, Paulo o repreendeu chamando-o de “parede branqueada”, que era “uma metáfora adequada para o hipócrita sumo sacerdote que violou a lei judaica ao mandar açoitar Paulo mesmo antes que se provasse sua culpa. A metáfora sugeria uma parece rachada, cujo estado precário fora disfarçado com uma generosa camada de cal. Por causa dessa conduta Paulo não reconheceu o sumo sacerdote (vs. 4-5, cf. sua citação de Êx 22:28). Mesmo muito pressionado, Paulo lançou mão de espirituosidade e humor (vs. 6-10). Os saduceus eram críticos racionalistas que negavam a ressurreição” (Merrill Unger).

Paulo declara ser julgado por sua crença na ressurreição dos mortos – uma verdade central ao evangelho. Esta afirmação provocou uma divisão entre os saduceus, que negavam a ressurreição.

Contudo, Paulo continuou preso. Na prisão, o Senhor lhe apareceu, encorajando-o e prometendo que ele testemunhará em Roma (Atos 23:11).

• Esta visão reafirma o cuidado soberano de Deus sobre o destino de Seus servos, guiando-os e protegendo-os em meio aos desafios.

A providência divina se manifesta ainda mais quando Paulo descobre um plano para matá-lo e é resgatado por intervenção de seu sobrinho e da guarda romana (Atos 23:12-35).

• A presença de Deus é o melhor conforto em meio às agruras da vida!

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Atos 22 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Atos 22
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ATOS 22 – Há vários discursos (sermões) em Atos:

• Quatro sermões de Pedro: No Pentecostes (2:14-36), no templo (3:12-26), dois deles perante o Sinédrio (4:8-12; 5:29-32).

• Um sermão de Estevão sobre a teimosia de Israel (7:1-56).

• Sete sermões de Paulo: Na sinagoga de Antioquia da Pisídia (13:16-41), contra a adoração grego-romana (14:15-18), aos atenienses no Areópago (17:21-23), aos líderes da igreja de Éfeso (20:17-35), diante da multidão judaica em Jerusalém (22:1-21), diante de Félix (24:10-21), e diante de Agripa (26:1-29).

Esses sermões têm como propósito central testemunhar sobre Jesus Cristo, Sua ressurreição, e o chamado ao arrependimento e à fé para a salvação. Os principais pregadores em Atos, proclamam corajosamente a nova aliança tanto para judeus quanto para gentios, em diversas ocasiões e para audiências diferentes. Cada sermão se adapta ao contexto e ao público específico, mas compartilham uma mensagem fundamental: Jesus.

Em Atos 22, o sermão de Paulo ocorre em Jerusalém, diante de uma multidão judaica hostil que o acusa falsamente de profanar o templo e desrespeitar a Lei. Foi-lhe permitido falar ao povo e aproveitou a oportunidade para contar seu testemunho pessoal em defesa de sua fé em Cristo. Ele estrutura seu discurso em torno de três tópicos principais:

• Sua identidade judaica e formação: Paulo inicia identificando-se como judeu, criado em Jerusalém e instruído por Gamaliel, um dos rabinos mais respeitados da época. Salienta seu zelo pelas tradições judaicas e sua perseguição anterior aos cristãos. Assim, estabelece conexão com seus ouvintes, demonstrando compartilhar a mesma herança e fervor religioso (Atos 22:1-5).

• Sua conversão dramática: Em seguida, Paulo narra seu encontro sobrenatural com Jesus, apontando para a autenticidade de sua experiência de conversão e chamado de Cristo (Atos 22:6-20).

• Sua missão aos gentios: Finalmente, Paulo fala sobre sua vocação específica de levar o evangelho aos gentios (Atos 22:21). Ao iniciar esse ponto, Paulo foi interrompido, sem poder concluir seu sermão.

Ao mencionar a missão aos gentios, a multidão enfureceu-se, pedindo que Paulo fosse retirado e morto. Porém, a cidadania romana de Paulo favoreceu-o a ser levado sob custódia romana para sua proteção (Atos 22:22-29).

Não devemos titubear em nosso testemunho:

• Quando testemunhamos, damos voz à graça de Deus que age em nossa história!
• Nossa conversão é o sermão mais poderoso que podemos pregar!

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.
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domingo, 17 de novembro de 2024

Atos 21 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Atos 21
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ATOS 21 – Assim como “os evangelhos não são biografias e nem uma história no sentido restrito do termo”; pois “são documentos teológicos, altamente bem pensados, mas também absolutamente baseados na verdade e nos fatos, dada sua natureza sincera e honesta”, também “o livro [de Atos] não abrange a história da igreja como um todo, mas apenas mostra a trajetória do evangelho, através de Pedro e, sobretudo, de Paulo, para mostrar o evangelho chegando a Roma” (Álvaro César Pestana).

A ida de Paulo a Jerusalém acabou sendo o ponto de partida para sua viagem a Roma, mas de uma maneira que ele nem imaginava.

Durante a terceira viagem missionária de Paulo, Ágabo o encontrou em Cesareia. Ali, ele profetizou que Paulo seria preso pelos judeus em Jerusalém e entregue aos gentios (romanos). Essa foi a segunda profecia desse profeta. A primeira profecia sinalizou uma grande fome que aconteceria em todo o mundo romano (Atos 11:27-30). Como resposta, os discípulos em Antioquia decidiram enviar ajuda aos cristãos da Judeia pelas mãos de Paulo e Barnabé, o que fortaleceu o senso de comunidade e apoio mútuo entre eles.

Embora respeitado como profeta de Deus, a profecia de Ágabo sinalizando a prisão de Paulo em Jerusalém, Paulo escolheu ir mesmo assim. A atitude de Paulo em relação à profecia de Ágabo não implica desobediência, mas determinação em cumprir a missão mesmo sabendo dos perigos (Atos 21:10-15). Ele viu a advertência não como uma ordem para afastar-se, mas como uma preparação para o que enfrentaria.

A previsão de Ágabo se concretizou quando Paulo foi preso em Jerusalém, iniciando uma longa sequência de eventos que o levariam a Roma (Atos 21:17-40).

As duas profecias de Ágabo registradas exemplificam a prática e a relevância da profecia na igreja primitiva e mostram como Deus usava os profetas para guiar e preparar Seu povo. Além de Ágabo, Lucas cita quatro mulheres com o dom de profecia, filhas do evangelista Filipe (Atos 21:8-9).

• A prontidão de Paulo para enfrentar a perseguição em Jerusalém desafia cada crente a avaliar sua própria disposição de viver e até sofrer pelo evangelho.

• A oração da igreja é fundamental para fortalecer a convicção dos líderes (Atos 21:1-7).

• Os dons espirituais são essenciais na Igreja. Nunca devem ser descartados!

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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sábado, 16 de novembro de 2024

Atos 20 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Atos 20
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ATOS 20 – Paulo prega o evangelho na Grécia, durante três meses; ali tramaram contra sua vida, e então dirigiu-se para Trôade acompanhado de sete colegas; ali, ele prega até a meia-noite, um jovem que assistia da janela pega no sono, cai do terceiro andar e morre.

Paulo interrompe seu sermão, o ressuscita e continua a pregar (Atos 20:1-12). Depois se dirige a Mileto, e pede que os anciãos de Éfeso o encontrem ali. Depois, Lucas registra os ensinamentos e as despedidas de Paulo aos líderes e membros da igreja em Éfeso (Atos 20:18-38).

Paulo lembra à congregação que serviu a Deus com humildade, lágrimas e paciência, enfrentando adversidades, e que nunca evitou ensinar o que era proveitoso para a edificação da fé deles. Ele destaca que seu ministério foi marcado pela sinceridade e dedicação, sempre chamando todos ao arrependimento e à fé em Jesus Cristo.

Paulo também adverte os líderes sobre a importância de cuidarem da igreja, pois ele prevê que, após sua partida, falsos mestres e “lobos ferozes” surgirão, distorcendo a verdade e desviando discípulos. Ele exorta os líderes a permanecerem vigilantes, apegando-se fielmente ao evangelho e à doutrina cristã, sem permitir que ideias humanas contaminem a mensagem.

No trecho final, Paulo mostra seu exemplo pessoal. Ele trabalhou para sustentar-se e ajudar aos necessitados, destacando a importância da generosidade e do desprendimento, ecoando as palavras de Jesus: “Há maior felicidade em dar do que em receber”. Em lágrimas, Paulo se despede dos líderes, orando com eles e demonstrando sua profunda afeição, o que revela sua preocupação pastoral e o compromisso com a pureza e a autenticidade da doutrina cristã.

Podemos destacar, a partir da advertência de Paulo que,

• Aquele que desdenha a doutrina ou a chama de irrelevante jamais estará apto para ensinar a Palavra de Deus.
• Quem manipula e adultera as verdades sagradas mostra-se indigno de instruir o povo.
• O líder espiritual que rebaixa as Escrituras à lógica humana, distorcendo-as para atender aos próprios desejos, não merece espaço no púlpito cristão.

A Bíblia não é brinquedo nem ferramenta de manipulação; é a revelação de Deus – portanto, deve ser tratada com temor e reverência. Ensinar as Escrituras exige compromisso com a verdade, não com vaidades ou opiniões pessoais.

Reavivemo-nos na sã doutrina bíblica! – Heber Toth Armí.

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sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Atos 19 Comentário

Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Atos 19
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ATOS 19 – Lucas, inspirado pelo Espírito Santo, pesquisou criteriosamente e documentou o início da igreja cristã no mundo.

Álvaro César Pestana salienta que “Lucas usa com precisão os títulos dos oficiais romanos de cada região, o que mostra sua acuracidade de historiador:

• Atos 13:7 – Procônsul Sérgio Paulo que a história posterior dá evidências de sua conversão;
• Atos 18:12 – Gálio, irmão de Sêneca, é corretamente citado;
• Atos 19:38 – A estranha menção do plural ‘procônsules’ pode indicar um momento histórico em que Éfeso teve dois oficiais simultaneamente;
• Atos 19:31 – Asiárcas, oficiais do culto dos imperadores;
• Atos 16:12, 20s, 35s – Pretores, corretamente citados em uma colônia romana”

Portanto, Atos é um documento histórico da Igreja Primitiva. Esse relato é fiel, digno de nosso estudo. Em Atos 19 Paulo havia iniciado sua terceira viagem missionária.

Paulo prometera voltar a Éfeso, e está cumprindo. Ali encontrou um grupo que fora evangelizado, sem lhes informar sobre o Espírito Santo. Então foram batizados novamente (Atos 19:1-7).

Paulo permaneceu três anos em Éfeso; o evangelho crescia e prevalecia ali. “Em Éfeso, tudo havia ocorrido muito bem. O rebatismo dos doze que tinham conhecido apenas o evangelho do arrependimento pregado por João Batista. As boas relações com a sinagoga, onde Paulo esteve ensinando durante três meses. A separação pacífica dos cristãos que se reuniam com os judeus quando alguns deles rejeitaram a pregação de Paulo com respeito ao reino de Deus. O progresso da igreja cristã nos dois anos durante os quais Paulo pregou na escola de Tirano. Os milagres que Deus havia realizado através de Paulo. A superioridade manifestada pelo poder de Deus sobre os demônios em relação ao trabalho dos judeus exorcistas ambulantes. A vitória sobre a magia satânica, quando gregos e judeus aceitaram o evangelho. Tudo havia corrido bem para os missionários. Mas as forças inimigas ocultas estavam vivas e ativas. Apenas esperando o momento oportuno para dar um duro golpe sobre Paulo. ‘Houve grande alvoroço acerca do Caminho’, diz Lucas... A pregação de Paulo havia complicado os negócios dos ourives [fabricantes de estatuetas religiosas]. Os compradores haviam diminuído. Isso demonstra a grande quantidade de pessoas que haviam aceitado o cristianismo” (Mario Veloso).

Onde o verdadeiro cristianismo chega, produz mudanças profundas na cultura, nos valores e nas práticas sociais! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Atos 18 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Atos 18
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ATOS 18 – A pregação do evangelho passa por momentos difíceis. Oposição, acusação, perseguição surgem com o avanço da missão cristã. Mas, através do auxílio divino é possível perseverar nos momentos críticos e desafiadores.

• Lucas destaca a ação perseverante de Paulo e descreve sua chegada e trabalho em Corinto. Ali ele passa a trabalhar junto com Áquila e Priscila, recém-chegados de Roma após a expulsão dos judeus pelo imperador Cláudio. Aos sábados, Paulo prega nas sinagogas, mas quando alguns judeus rejeitam Sua mensagem cristocêntrica, ele decide concentrar seus esforços nos gentios declarando que sua responsabilidade estava cumprida em relação aos judeus que recusaram (Atos 18:1-11).

• Lucas relata que Paulo foi acusado perante Gálio, mas a decisão do procônsul da Acaia favoreceu a pregação de Paulo (Atos 18:12-17). Após um ano e meio em Corinto, Paulo parte para Síria, levando Áquila e Priscila. Depois, segue para Éfeso, e, apesar dos pedidos para que fique por mais tempo, Paulo parte, prometendo retornar se Deus permitir (Atos 18:18-22).

Neste ponto do relato, Paulo encerra sua segunda viagem missionária. Wilson Paroschi atesta que “a segunda viagem missionária de Paulo é um lembrete solene de resgatar a centralidade e a direção do Espírito em nossa vida individual e como igreja. A igreja começou com o derramamento do Espírito, avançou sob a guia do Espírito e não terminará sua missão a não ser pelo poder do Espírito (At 1:8)”.

• Em Atos 18:23 Paulo inicia sua terceira viagem missionária; ele não iniciou essa nova jornada evangelística sem antes fortalecer as igrejas por onde ele havia passado e não sem antes voltar a Antioquia, à igreja que o enviara para a missão.

• Atos 18 finaliza com a introdução de Apolo, um judeu eloquente e conhecedor das Escrituras, que chega e Éfeso. Apolo é fervoroso e ensinava com precisão sobre Jesus, contudo precisou ajustar sua teologia após o auxílio espiritual de Áquila e Priscila.

Aqui aprendemos que a missão cristã é uma caminhada que requer perseverança, adaptação, trabalho em conjunto e uma profunda dependência do Espírito Santo. O fortalecimento mútuo, a humildade de aprender e ensinar, e a disposição para cumprir a missão, mesmo em meio a oposições, são atitudes que nos guiam na jornada de fé e serviço a Deus!

Revivemo-nos na missão! – Heber Toth Armí.
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quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Atos 17 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Atos 17
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ATOS 17 – As boas-novas de Cristo se espalhou rapidamente após a morte e ressurreição de Cristo. Depois do primeiro concílio eclesiástico para acertar alguns detalhes teológicos e missiológicos em Jerusalém, houve avanços significativos.

Atos 17 narra a jornada missionária de Paulo e Silas por várias cidades da Macedônia e da Grécia, incluindo Tessalônica, Bereia e Atenas, onde eles compartilham o evangelho com diferentes audiências e enfrentam variadas reações.

• Em Tessalônica: A dupla missionária pregou durante três sábados apresentando aos judeus Jesus como o Messias prometido (Atos 17:1-9).

• Em Bereia: Forçados a deixar Tessalônica por inveja de alguns judeus, Paulo e Silas foram bem recebidos em Bereia. Os bereanos investigaram as Escrituras verificando a veracidade da mensagem de Paulo. Muitos judeus e gregos creem. Pela perseguição dos judeus de Tessalônica, Paulo é obrigado a partir, deixando Silas e Timóteo para fortalecer os novos na fé (Atos 17:10-15).

• Em Atenas: Sozinho em Atenas, Paulo discute nas sinagogas e no mercado com judeus, gentios e filósofos epicureus e estoicos. Sua mensagem desperta interesse, então foi convidado a falar no Aerópago, um importante tribunal e espaço para debates públicos (Atos 17:16-34).

“Neste discurso perante o conselho, Paulo elogia a religiosidade dos atenienses e faz menção ao altar com a inscrição ‘AO DEUS DESCONHECIDO’. Ele declara que havia chegado para falar sobre aquele Deus. Parafraseando o vocabulário e os conceitos do mandamento do sábado (Êx 20:8-11), o apóstolo anuncia que Deus é o Criador e, diferentemente dos deuses tão comuns em Atenas, não pode ser contido em templos, nem necessita de serviços de sacerdotes e sacerdotisas (At 17:24-25). Paulo usa citações de poetas antigos do próprio povo grego (Epimênides, Arato e Cleantas) para destacar que o Deus criador é a fonte de toda a vida (v. 26-28; comparar com 14:15). Ele argumenta contra a adoração a ídolos: como nós, que fomos criados por Deus, podemos criar deuses e adorá-los? (ver v. 29). No decorrer do discurso, ele mostra como a história humana começou: por meio da criação divina. Ao concluir, ressalta o fim dessa história: o dia designado por Deus para julgar e o papel determinante de Jesus (At 17:30-31)” (Bíblia Andrews).

Atos 17 mostra que o evangelho confronta a cultura, mas precisa ser adaptado a cada contexto. Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.
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terça-feira, 12 de novembro de 2024

Atos 16 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Atos 16
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ATOS 16 – Percebe-se como a atuação do Espírito Santo e as visões são elementos centrais que orientam a missão da Igreja e confirmam o plano divino em contextos específicos:

• Em Atos 4:31 e 10:44 o Espírito Santo atua diretamente, preenchendo e fortalecendo os discípulos para que compartilhem a mensagem de Cristo com coragem e poder.

• Em Atos 8:29 e 13:2-4 o Espírito Santo fala diretamente e instrui os discípulos sobre a direção que deveriam seguir, especialmente em momentos críticos da missão.

Nesta direção, em Atos 16, o Espírito Santo proíbe Paulo e seus companheiros de pregar em algumas regiões, direcionando-os para outro local. Esse direcionamento mostra que Deus, por meio do Espírito Santo, tem plano específico onde a mensagem deve chegar em cada momento.

• Em várias ocasiões, como em Atos 7:31 (com Moisés), Atos 9:10-12 (Ananias) e Atos 10:3, 9-19 (Pedro e Cornélio), as visões são usadas para revelar a vontade de Deus, instruir, ou corrigir os discípulos. Elas demonstram a importância de uma comunicação direta e sobrenatural para orientar os mensageiros de Deus.

Em Atos 16:9, Paulo tem uma visão de um homem macedônio pedindo ajuda, o que se revela como uma convocação divina para pregar o evangelho na Europa. Essa visão se alinha com o padrão dos textos anteriores, onde Deus usa visões para garantir que Seus mensageiros sigam o caminho certo.

Em Atos 16 nota-se a combinação entre o direcionamento do Espírito Santo e a visão dada a Paulo confirmando a natureza guiada por Deus da missão cristã. Essa dependência da orientação divina (por meio do Espírito Santo e de visões) era essencial para a pregação do evangelho e garantia que cada passo fosse dado conforme a vontade de Deus, abrindo portas e quebrando barreiras culturais.

• A obra de Deus requer sensibilidade espiritual para seguir o caminho que Ele indica e, aprender a evitar o caminho que Ele fecha.

• É importante ter flexibilidade e disposição para mudar de direção, entendendo que Deus tem propósitos específicos para nós em lugares e tempos que não previmos.

Assim a expansão do evangelho dependia de uma sintonia com a vontade divina, evidenciada pelas intervenções sobrenaturais em momentos estratégicos, hoje a igreja remanescente carece dessa mesma experiência objetivando concluir o que a igreja primitiva iniciou!

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.
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segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Atos 15 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Atos 15
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ATOS 15 – Ao escrever ao aristocrata Teófilo, o Dr. Lucas não explorou o ministério de todos os apóstolos da igreja originada com Cristo. Seu foco foi Pedro, um dos primeiros discípulos de Jesus que testemunhou diretamente Sua vida e ministério (Lucas 5:1-11), que era pescador de origem simples; e o outro foi Paulo, chamado após a ascensão de Cristo, numa experiência sobrenatural em Damasco (Atos 9:1-9), um fariseu instruído no judaísmo, conferindo-lhe grande conhecimento teológico e uma formação erudita.

Atos 1-12 focam na liderança de Pedro e na expansão do evangelho principalmente entre os judeus. Pedro assume um papel central em Jerusalém e na Palestina, pregando a judeus e aos samaritanos. Isso inclui eventos como o Pentecostes (Atos 2), a cura do coxo no templo (Atos 3), e o batismo de Cornélio, o primeiro gentio a converter-se ao cristianismo (Atos 10).

• Pedro era respeitado como uma figura de liderança entre os apóstolos, sendo um porta-voz importante nas primeiras decisões da igreja em Jerusalém (Atos 1:15-26; 15:6-11).

• Pedro experimentou prisões e perseguições com coragem – muitas vezes ao lado de outros apóstolos – confiando que Deus o livraria (Atos 4:1-21; 5:17-32).

A partir de Atos 13 o foco muda para o ministério de Paulo, especialmente entre os gentios. Paulo é enviado em sua primeira viagem missionária (Atos 13-14) e, a partir daí, passa a ser figura central na expansão do evangelho fora de Israel, incluindo Ásia Menor, Grécia e até Roma. A conferência em Jerusalém, do capítulo em pauta (Atos 15), é um marco de transição, onde se decide que os gentios não precisam seguir tradições cerimoniais judaicas para tornar-se cristãos – validando o ministério apostólico de Paulo.

• Paulo atuava como um plantador de igrejas e mentor. Além de evangelizar, ele cuidava das igrejas por meio de cartas e visitas, orientando-as doutrinariamente (Atos 15:36; 20:17-38).

• Paulo suportou perseguições físicas severas, como ser apedrejado e chicoteado, e expressou sua disposição de sofrer pelo evangelho (Atos 14:19; II Coríntios 11:16-33).

Mais do que apresentar Pedro e Paulo como líderes, a ênfase de Lucas é revelar a transição da liderança da igreja em Jerusalém para a missão entre os gentios.

Lucas compartilha a expansão do cristianismo para além das fronteiras judaicas. Portanto, o evangelho é global; devemos compartilhá-lo ao máximo.

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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domingo, 10 de novembro de 2024

Atos 14 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Atos 14
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ATOS 14 – Deus conduz Sua Igreja, o corpo de Cristo. Atos oferece vários exemplos que destacam a importância da estrutura eclesiástica e da liderança organizada para o avanço da missão evangélica:

Em Atos 11:19-26, a Igreja de Antioquia emergiu como centro importante para o cristianismo nascente. A estrutura eclesiástica ali foi essencial para organizar e apoiar a pregação do evangelho aos gentios. Essa igreja exemplifica como uma base estruturada permite que o evangelho alcance regiões ainda não evangelizadas. A congregação local oferece recursos, orientação e um ambiente de discipulado, essenciais para o cristianismo saudável e o cumprimento da missão.

Em Atos 13:1-3 nota-se que na Igreja de Antioquia havia profetas e mestres que ministravam ao Senhor e jejuavam. Foi nesse contexto que o Espírito Santo direcionou que Paulo e Barnabé fossem separados para uma missão específica. Esse episódio enfatiza o papel vital dos líderes espirituais na escuta e obediência à orientação divina, o que resulta numa obra missionária organizada e respaldada pela Igreja. Essa estrutura também garante que os missionários não ajam isoladamente, mas em nome e sob a autoridade da Igreja.

Em Atos 14:26-27, após a primeira viagem missionária, Paulo e Barnabé retornam a Antioquia para relatar tudo o que Deus fizera através deles. Esse relatório fortalece os irmãos e valoriza a conexão entre missionários e a igreja que os enviou. Além disso, revela que a estrutura eclesiástica desempenha o papel de acompanhar, apoiar e alegrar-se com o sucesso da missão. Este vínculo cria um ciclo de prestação de contas e edificação mútua.

Em Atos 15, o Concílio de Jerusalém é fundamental. A estrutura eclesiástica permite que líderes como apóstolos e presbíteros se reúnam para resolver questões doutrinárias importantes. Esse concílio exemplifica como uma liderança organizada ajuda a resolver diferenças, mantém a unidade da Igreja e garante que o evangelho seja pregado sem distorções.

Portanto, consideremos:

• Quando a igreja está unida e apoiada pela liderança, ela persevera e avança na missão, mesmo em tempos de provação (Atos 14:1-7).
• Embora a igreja seja estruturada e organizada, ela deve depender da intervenção do Espírito Santo para que o Evangelho seja eficaz (Atos 14:8-18).
• A prestação de contas fortalece a fé dos membros e edifica a igreja como um corpo unificado (Atos 14:19-28).

Aprendamos para reavivarmo-nos! – Heber Toth Armí.

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sábado, 9 de novembro de 2024

Atos 13 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse


Leitura Bíblica – Atos 13
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ATOS 13 – A igreja de Cristo avança pelo Seu poder. O evangelho se espalha de forma miraculosa.

Atos 13 marca o início de uma jornada cheia de desafios, milagres e conversões; e, e revela como o Espírito Santo guia e capacita a Igreja para romper barreiras culturais e religiosas, estabelecendo o cristianismo como uma fé global.

A partir de Atos 13, Paulo e Barnabé são separados pelo Espírito Santo na Igreja de Antioquia para a primeira viagem missionária. Esse momento representa uma transição importante: O evangelho se expande além das fronteiras de Israel, alcançando povos e culturas diversas. Paulo, que antes era um perseguidor da Igreja, agora lidera a missão de levar o evangelho ao mundo gentílico, cumprindo a promessa de que a mensagem de Cristo seria proclamada até os confins da Terra (Atos 1:8).

Sobre isso, Wilson Paroschi detalha:

“Com os apóstolos ainda posicionados em Jerusalém, a cidade de Antioquia da Síria terminou ocupando um lugar de honra na história da Igreja ao se tornar a terra natal das missões cristãs. O zelo missionário daqueles que primeiro pregaram o evangelho ali era tanto que continuou a repercutir entre os novos na fé. De fato, ‘todo verdadeiro cristão, segundo Ellen G. White, ‘possuirá espírito missionário’. Após um ano de evangelismo local, Barnabé e Saulo – nessa ordem (13:1, 2, 7), implicando claramente a liderança de Barnabé – foram enviados pela igreja em uma viagem missionária por terras estrangeiras. Na primeira parte da jornada, estavam acompanhados por João Marcos, primo de Barnabé (v. 5, 13; cf. Cl 4:10). Esse é o primeiro esforço missionário intencional e cuidadosamente planejado em Atos. Ainda assim, Lucas esclarece que foi Deus quem tomou a iniciativa (Atos 13:2). Por mais importantes que sejam as decisões humanas, os eventos na história da salvação seguem um plano superior, algo que é recebido na mente de Deus (2:23; 4:37, 28; 13:36)”.

Os planos de Deus nem sempre fluem bem entre os seres humanos (Atos 13:4-50). Os missionários de Cristo “foram bem-sucedidos em atrair conversos dentre os gentios, mas os judeus incitaram uma perseguição” (Bíblia Andrews), então, Paulo e Barnabé avançam para outro lugar: Icônio (Atos 13:51-52).

Fica a lição: Se cada cristão deve ser um missionário, cada igreja deve ser uma agência missionária.

Então, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Atos 12 Comentário

Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Atos 12
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ATOS 12 – Temos aqui lições profundas sobre a soberania de Deus, a perseverança na fé e a vitória sobre a oposição. A Bíblia Andrews comenta:

“Outro grupo de histórias, desta vez, sobre Herodes Agripa I, ilustra a orientação divina em meio à perseguição. Uma introdução (v. 1-3) ambienta a história da prisão e libertação de Pedro (v. 4-19) e da morte de Herodes (v. 20-23), a qual contrasta com o avanço da igreja (v. 24)”.

• A prisão de Pedro mostra que nada detém o plano de Deus para Sua igreja: Quando o mundo tenta calar a fé, Deus continua abrindo caminhos de liberdade.

• Herodes buscou glórias para si, mas seu fim é um lembrete de que o poder humano é temporário e frágil diante da soberania de Deus: Enquanto os homens se exaltam, Deus levanta a Sua igreja.

• A perseguição aos cristãos tornou-se combustível para o crescimento da igreja primitiva: Perseguição não impede o avanço da Igreja, pelo contrário, fortalece a fé e revela o poder de Deus.

• Mesmo na prisão, Pedro experimentou a libertação pela mão divina, mostrando que Deus age além dos limites humanos: O poder de Deus é superior às potentes grades da prisão!

• A morte de Herodes Agripa I aponta para o juízo de Deus que prevalece sobre qualquer opressor: A justiça de Deus é certa e Seu tempo é perfeito; Ele sabe o que fazer e o faz no tempo certo!

• A igreja orou intensamente pela libertação de Pedro, provando o poder da oração intercessora em prol de seu líder: A oração coletiva da igreja é uma poderosa força que rompe correntes do impedimento do avanço da pregação do evangelho.

• O episódio de Pedro liberto da prisão inspira os cristãos a não desistirem diante das dificuldades, confiando que Deus tem sempre a última palavra: O Reino de Deus é construído por aqueles que confiam no poder divino, mesmo em face do improvável.

Os cristãos, ao caminhar com Deus, podem enfrentar dificuldades com confiança, pois ao estudar a Palavra de Deus, se tornam cientes que a vitória pertence a Cristo e Sua Igreja.

Quando adversários investem contra a liderança da Igreja, Deus investe em Sua proteção e direção; por isso, a oposição fortalece aqueles que perseveram na oração; portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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quinta-feira, 7 de novembro de 2024

Atos 11 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Atos 11
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ATOS 11 – A visão do lençol com animais imundos foi o divisor de águas no ministério evangelístico de Pedro (Atos 10:9-22); em seu discurso em Cesareia (Atos 10:24-48) ele explica a visão (Atos 10:28).

Em Atos 11, Pedro refere à visão do lençol como um ponto crucial para explicar à Igreja em Jerusalém porque ele havia ido à casa de um gentio e comido com ele – algo que, até então, os judeus consideravam impuro. Ao ser criticado pelos irmãos judeus por entrar na casa de Cornélio e associar-se a gentios, Pedro narra detalhadamente a visão visando esclarecer a direção divina que havia recebido.

Pedro relata ter compreendido a visão do lençol, de que Deus não faz distinção entre pessoas e a salvação em Cristo está disponível para todos, judeus e gentios. Em Atos 11:12, ele explica o Espírito Santo o orientou a ir com os homens de Cornélio sem titubear, mostrando haver entendido que essa era a vontade de Deus.

Em Atos 11:15-18 Pedro demonstrou que o propósito da visão do lençol foi prepará-lo para aceitar os gentios como iguais na fé, um verdadeiro divisor de águas em seu ministério e na missão da igreja.

Atos 11:19-26 mostra o resultado prático da revelação que Pedro recebeu sobre a inclusão dos gentios e o avanço do evangelho além das fronteiras judaicas. Esses versículos destacam como a Igreja começou a abraçar de fato a missão de alcançar todos os povos, refletindo o entendimento que Pedro teve na visão de Atos 10 e que compartilhou com a Igreja em Jerusalém, em Atos 11.

O novo movimento de pregação aos gentios resultante da perseguição após o martírio de Estêvão (Atos 7) mostra como a igreja estava começando a viver a mensagem que Pedro havia recebido na visão: A salvação é para todos, ninguém deve ser excluído da pregação do evangelho.

• A visão de Pedro rompeu a ideia de exclusividade judaica, e isso abriu portas para a evangelização em Antioquia, onde os gentios passaram a responder à mensagem do evangelho em grande número.
• Esse evento simboliza um ponto de virada em que o evangelho começou a se espalhar de forma mais ampla entre os gentios, com a aprovação da Igreja.

Do que a Igreja atual precisa para ser reavivada? – Heber Toth Armí.

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quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Atos 10 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Atos 10
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ATOS 10 – Deus é excelente missionário e evangelista. Ele trabalha incansavelmente tanto na preparação de Seus servos quanto na preparação de novos conversos para que a missão evangelística seja frutífera.

Em Atos 9, Deus fala diretamente a Ananias numa visão, instruindo-o a ir ao encontro de Saulo. Ananias, a princípio, hesita; pois conhece a reputação de Saulo como perseguidor dos cristãos. Contudo, Deus o encoraja, assegurando-Lhe que Saulo era um alvo missionário do Céu para levar o evangelho aos gentios, reis e filhos de Israel.

• Ananias representa a igreja, que está sendo chamada a superar o medo e preconceitos para abraçar aqueles que estão sendo transformados pelo Espírito Santo.

Deus atuava em Saulo. Após o encontro dramático com Jesus no caminho de Damasco, ele foi confrontado com a verdade de Cristo, ficou cego, jejuou e orou por três dias. O Espírito Santo usou esse tempo de reflexão para transformá-lo e prepará-lo como discípulo. Quando Ananias chega, ele confirma a experiência de Saulo, impõe-lhe as mãos, ele recebe o Espírito foi batizado e então começou a pregar sobre Jesus.

• Em Atos 10, Pedro representa a liderança da Igreja Cristã.

Pedro foi chamado a superar suas próprias barreiras culturais e religiosas. Numa visão, vê um lençol de animais imundos, e Deus o instruiu a não chamar impuro o que Ele purificou. Pedro, inicialmente confuso, tentando entender o que Deus queria dizer. “Naquele mesmo instante, homens de Cornélio chegaram à casa a qual estiveram procurando junto às pessoas” procurando por Pedro (Mário Veloso).

Deus atuava em Cornélio. Ele é descrito como piedoso, temente a Deus, que orava e praticava a caridade.

• O Espírito Santo é o agente de preparação e transformação, e a Igreja – representada por Ananias e Pedro – é chamada a ser sensível à Sua voz para acolher os recém-convertidos e seguir para onde Ele conduz.

• Deus trabalha de forma simultânea na Igreja e no mundo. Ananias e Pedro precisaram superar preconceitos para estarem abertos à obra que Deus realizava; ambos precisaram reconhecer que Deus vê e escolhe de forma diferente do que as pessoas julgam.

• A Igreja deve estar pronta para ouvir a direção de Deus e acolher aqueles que Ele está chamando a fazer parte de Sua obra.

Deus conta sempre com Sua Igreja! – Heber Toth Armí.
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terça-feira, 5 de novembro de 2024

Atos 9 Comentário

Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse


Leitura Bíblica – Atos 9
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ATOS 9 – A força do evangelho alcançou inclusive um dos maiores inimigos da Igreja Cristã: Saulo.

O relato de Atos 8 revelou que o poder do evangelho transforma vidas e que o Espírito Santo não pode ser comprado, manipulado ou submetido a propósitos egoístas.

• Somo chamado à pureza espiritual e à rejeição de toda prática que contradiga o caráter de Deus.

Por isso, em Atos 9, Saulo, embora fosse um indivíduo dedicado à religião judaica, como o mágico de Atos 8, devia reconhecer a superioridade do cristianismo ao revelar que o único poder digno de confiança é aquele que vem de Deus, transformando pessoas para viverem em conformidade com Sua vontade e para a glória de Seu nome.

Atos 9 lembra-nos que Deus tem o poder de transformar completamente qualquer vida que se dispõe a conhecê-lO.

• Somos chamados a ser instrumentos em Suas mãos como Ananias, ajudando a acolher e discipular pessoas, independente do passado. A história de Saulo nos desafia a viver em plena obediência, com uma nova identidade em Cristo e em comunhão com a Igreja.

O apoio e acolhimento de Barnabé nos lembra da importância da comunhão e do apoio mútuo na igreja. Todos enfrentamos lutas e desafios, e o papel de irmãos maduros é essencial para o crescimento espiritual (Atos 9:26-31).

• Somos chamados a ser acolhedores e generosos, ajudando outros a se integrarem, especialmente aqueles que vêm de contextos difíceis. Pergunte-se: Sou um “Barnabé para alguém em minha congregação? Tenho estendido a mão para os novos na fé?

Encontramos no texto o relato de Dorcas, uma discípula querida e admirada pela comunidade em Jope por sua bondade/generosidade. Sua morte causou grande comoção; então, a Igreja chamou Pedro que orou por ela, trazendo-a de volta a vida. Sua história nos ensina que todos nós temos dons dados por Deus e que cada um de nós é insubstituível na missão de servir e abençoar o próximo.

Hoje não precisamos que Dorcas seja ressuscitada; precisamos, sim, que os dons que Deus nos deu sejam aplicados no serviço ao próximo.

Portanto, seja um atencioso Ananias ou um Barnabé na missão e acolhimento ou uma Dorcas na compaixão e atendimento aos necessitados, a fim de que tenhamos mais pessoas convertidas no Reino de Deus!

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

#rpsp #ebiblico #palavraeficaz
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segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Atos 8 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Atos 8
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ATOS 8 – Com a perseguição à igreja (Atos 8:1-3), o cristianismo espalhou-se rapidamente. Um exemplo é o relato do batismo do Eunuco por Felipe (Atos 8:26-40).

Com o avanço da Igreja no mundo gentio (Atos 8:4-8), os cristãos lidaram com formas de religião contrárias à revelação de Deus. Um exemplo foi a magia de Simão (Atos 8:9-25).

O mágico Simão intentava impressionar o povo de Samaria com práticas sobrenaturais, e vemos como a chegada do evangelho através de Filipe, e posteriormente Pedro e João, revelou a superioridade do poder de Deus sobre a magia e a bruxaria.

A cultura da época misturava-se frequentemente com crenças e práticas pagãs que viam o sobrenatural como fonte de poder. Em contraste, o cristianismo apresentava-se como uma fé baseada na revelação de Deus através das Escrituras e da manifestação visível do poder de Deus na vida de Jesus e de Seus apóstolos.

Diferente da magia, que manipula forças para benefício próprio ou para impressionar, o poder que acompanha a pregação de um cristão vem diretamente de Deus e é voltado para a libertação e salvação das pessoas. Contudo, quando observou os milagres realizados pelo poder do Espírito Santo, Simão impressionou-se e, aparentemente, converte-se ao cristianismo, sendo batizado.

Mesmo depois de batizado, quanto Pedro e João chegam a Samaria e os samaritanos recebem o Espírito Santo, Simão oferece dinheiro para comprar essa capacidade. O fato é que o Espírito Santo não pode ser comprado ou manipulado, pois o cristianismo trata de um relacionamento autêntico com Deus, no qual o Espírito é dado gratuitamente como presente divino. A tentativa de Simão de adquirir o poder de distribuir o Espírito Santo demonstra seu entendimento equivocado do cristianismo e sua visão ainda enraizada nas práticas de manipulação espiritual que ele conhecia.

Em Atos 8:20 Pedro expõe que o verdadeiro poder espiritual não é algo negociável; é concedido por Deus Àqueles que O seguem com sinceridade. Tal confronto serve para ressaltar que o evangelho não é um meio de obter poder para si, mas um chamado à submissão a Deus e serviço aos outros!

Os apóstolos rejeitam qualquer tentativa de misturar o evangelho com práticas espirituais pagãs ou mágicas. A resposta de Pedro a Simão é, em essência, uma repreensão contra o sincretismo... – Heber Toth Armí.

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domingo, 3 de novembro de 2024

Atos 7 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Atos 7
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ATOS 7 – A morte de Estêvão é um evento de grande relevância na história do cristianismo e na interpretação das profecias de Daniel, especialmente as 70 semanas mencionadas em Daniel 9:24-27.

Estêvão foi um dos primeiros líderes nomeados pelos apóstolos na igreja primitiva, o qual se destacou por sua eloquência. Seu poderoso discurso diante do Sinédrio é uma recapitulação da história do povo de Deus, destacando a resistência desse povo e culminando numa advertência contundente contra os líderes religiosos da época. Ele os confronta, dizendo que eles sempre resistiram ao Espírito Santo e mataram os profetas.

• A resposta violenta dos ouvintes, que apedrejaram Estêvão até a morte, marca a primeira vez que um cristão é martirizado, simbolizando a rejeição do evangelho por parte dos líderes judeus.

As 70 semanas de Daniel 9:24-27 são frequentemente interpretadas como um período profético que abrange desde o decreto da restauração de Jerusalém até a vinda do Messias. De acordo com essa profecia, o “Ungido” (ou Messias) seria cortado (morto) após 69 semanas – isto é, a crucificação de Cristo. Daniel 9:27 menciona que o Messias fará uma aliança com muitos por uma semana, e que em meio à semana Ele será cortado.

O fim das setenta semanas coincide com a morte de Estêvão. Noutras palavras, sua morte é um marco que representa o fim do tempo destinado ao povo de Israel, conforme a profecia de Daniel. Ao rejeitar Estêvão, os líderes israelitas rejeitaram a mensagem do Evangelho e também selaram seu destino como povo escolhido de Deus. Este evento aponta para a conclusão do apelo de Deus aos judeus, que culmina com a morte de Cristo e agora, extrapola com a morte do primeiro mártir.

• Tudo isso sinaliza uma nova fase no plano de Deus, onde a salvação é oferecida a todos, incluindo os gentios.

Algumas implicações do sermão e morte de Estêvão: Esse episódio representa...

• a transição da liderança espiritual de Israel para a Igreja Cristã, incluindo os gentios como povo de Deus.
• a rejeição final da mensagem cristã pelos líderes israelitas. A partir desse momento, a Igreja se expande rapidamente, conforme o livro de Atos.
• que o tempo de graça para Israel étnico se esgotou, e Deus agora Se volta para um novo povo.

Portanto, devemos reavivarmo-nos! – Heber Toth Armí.

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