terça-feira, 7 de maio de 2024

Ezequiel 43 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Ezequiel 43
Comentário Pr Heber Toth Armí


Mesmo sabendo que certos planos nunca aconteceriam por negligência dos judeus, Deus ainda revelou Seu sonho para Seu povo. Deus é bom demais, sem deixar de ser justo.

Antes de avançarmos, observe a síntese da história do Santuário/Templo judeu:

• A história do Templo remonta ao tempo do santuário no deserto, construído na Terra segundo o modelo do Céu. 
• Quando o povo se instalou na Terra Prometida, Davi e Salomão acharam a tenda inadequada e então, foi construído um grandioso templo que, posteriormente fora reparado por Joás e Josias, até o momento em que Nabucodonosor o saqueou e o destruiu.
• Na volta do exílio babilônico, Zorobabel reedificaria o templo, Herodes o ampliaria e Tito de Roma o destruiria – para nunca mais ser reconstruído.

O capítulo em apreço nos revela as intenções de Deus caso houvesse um retorno à verdadeira piedade por parte de Seu povo rebelde:

• A glória divina retornaria ao complexo do novo Templo pela porta oriental do átrio externo (vs. 1-12).
• Um novo altar deveria ser construído para sacrifícios de dedicação para, por sete dias, realizar as ofertas pelo pecado, tornando-o puro para o uso. A partir do oitavo dia o altar estaria pronto para holocaustos e ofertas pacíficas, visando expressar devoção do adorador e comunhão com Deus (vs. 13-27).

“Visto que o povo não mais pecará contra o Senhor, Yahweh promete habitar para sempre em seu meio (43:6-9) […]. Com base em Ezequiel 33-39, fica claro que os não-crentes não mais existirão em Israel, e, portanto, não haverá a possibilidade de profanar o Templo […]. A presença abençoadora de Deus está, dessa forma, assegurada para sempre por causa da criação, pelo Espírito, de uma comunidade santa” comenta o teólogo Paul R. House.

É evidente que isso nunca aconteceu na história dos judeus. Contudo, o plano divino foi ampliado; agora, cada crente de todas as épocas e lugares pode esperar o cumprimento mais abrangente destas profecias, graças ao gracioso sacrifício de Cristo:

• Na Cidade Santa Deus será o Deus dos salvos junto a eles (Apocalipse 21:7, 22-26; 22:1-6);
• Ninguém que possa profanar o Céu terá possibilidade de entrar lá (Apocalipse 21:8, 27).
• Portanto, é necessário abandonar aos pecados e purificar-se (Apocalipse 22:12-15).

Não negligencie como os judeus, renda-se inteiramente a Deus! – Heber Toth Armí.

#ebiblico #rpsp #palavraeficaz

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segunda-feira, 6 de maio de 2024

Ezequiel 42 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Ezequiel 42
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


EZEQUIEL 42 – Obediência é evidência de um coração sob nova direção, sob a regência do Espírito Santo. A desobediência caracteriza àqueles que não dão o trono do coração ao Espírito de Deus para regê-lo segundo os princípios do Céu.

O plano de Deus com o Santuário/Templo era habitar com Seu povo. Embora o templo não exista mais, nem deva ser reconstruído (pois Jesus “tabernaculou” entre nós para revelar a shekinah de Deus), a intenção de Deus de habitar conosco ainda é real.

Embora Deus seja santo e nós pecadores, Ele quer santificar-nos/separar-nos para poder habitar conosco no céu. Antes, Deus Se afastou do Templo devido à desobediência do povo (capítulos 8-10), porém, Deus não abandonou Seus propósitos.
• As celas revelam-nos que devemos separarmo-nos do pecado (Ezequiel 42:1-14). Os cristãos, sacerdotes atuais (Apocalipse 1:6), devem ser diferentes no comer e no vestir.
• Os muros devem separar-nos das coisas imundas (Ezequiel 42:15-27). A distância entre o estilo de vida do cristão deve ser plenamente visível em cada área da vida.

Deus quer levar-nos ao Céu, lugar do verdadeiro tabernáculo/templo – onde quer relacionar-Se conosco (João 14:1-4; Hebreus 8:1-2; 11:16). Se não permitirmos que Jesus nos purifique do pecado, não estaremos aptos para viver no Céu, um lugar santo. Se nossa vida não evidencia plena distinção dos padrões do mundo vivendo na desobediência, precisamos de reavivamento.

Ellen G. White convida-nos à reflexão profunda:
“Se a verdade para este tempo, se os sinais que estão se multiplicando por todas as partes – os quais testemunham que o fim de todas as coisas está próximo – não são suficientes para despertar a energia adormecida dos que professam crer na verdade, então trevas os alcançarão proporcionalmente à luz que tem brilhado sobre eles. No grande dia de acerto final não poderão apresentar a Deus nenhuma desculpa por sua indiferença. Não haverá razão alguma para argumentar acerca do porquê não viveram, andaram e trabalharam à luz da sagrada verdade da Palavra de Deus. Nem do porquê não revelaram ao mundo obscurecido pelo pecado, mediante sua conduta, sua simpatia e seu zelo, que o poder e a realidade do evangelho não podem ser controversos”.

O que poderia ter sido, não aconteceu devido à indiferença dos judeus. Agora, aguardamos a promessa de morarmos com Deus. Santifiquemo-nos! – Heber Toth Armí.

#rpsp #ebiblico #palavraeficaz
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domingo, 5 de maio de 2024

Ezequiel 41 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Ezequiel 41
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


EZEQUIEL 41 – Embora este capítulo seja minucioso e aparentemente técnico, é possível extrair uma mensagem relevante que aqueça o nosso coração atualmente.

“A visão do Templo apresenta duas dificuldades: (1ª) o Templo nela descrito não corresponde aos dados que se encontram no Pentateuco para o antigo Santuário; (2ª) o Templo reconstruído em Jerusalém depois do exílio não correspondeu tampouco ao daqui descrito. Em vista disto, pergunta-se qual seria o propósito da visão. Já os rabinos que compuseram o Talmud admitiam que só o profeta Ezequiel poderia elucidar esses capítulos. Uma possível explicação é que uma nação ideal vivendo na Terra Prometida depois do exílio teria construído este templo ideal. Mas como o povo judeu não viveu à altura do ideal que Deus lhes propunha, um templo que obedecesse as estipulações deste nunca foi construído”, analisou Siegfried Schwantes.

“Ezequiel viu representações da realidade e não a realidade em si, e o grau de identidade entre as duas coisas é um problema que permanece. Contudo, em qualquer grau que as duas variem, uma comparação com outras profecias relativas à restauração leve à crença de que o profeta está descrevendo uma nação literal, com um templo e uma capital literais [...]. Sem dúvida, a profecia foi apresentada como uma meta futura que eles se deviam se esforçar para alcançar”. No entanto, “Se Deus sabia que tal templo nunca seria construído, por que Se daria ao trabalho de fornecer um modelo tão detalhado à futura nação? A resposta é: Deus não deixou de tentar nenhum método para levar os israelitas a aceitar o elevado destino que originalmente lhes foi planejado. Até então, a história deles havia sido de repetidos fracassos. Desta vez, Deus lhes estava oferecendo uma oportunidade de recomeço. O passado seria esquecido e nunca mais seria apresentado contra eles. Israel como nação, e seus habitantes, individualmente, foram convidados a se apossar da gloriosa provisão”, explica o Comentário Bíblico Adventista.

• Deus ampliou essa provisão em Apocalipse 21 e 22 visando motivar-nos à consagração. Ele intenta motivar-nos a fim de não nos perder.
• O Deus que deu Seu Filho para morrer por nós não poupa estratégia para incentivar-nos a apropriarmos de Seus maravilhosos planos para nossa vida.

Devemos permitir que Deus avive as chamas da esperança em nós! Heber Toth Armí.

#rpsp #ebiblico #palavraeficaz
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sábado, 4 de maio de 2024

Ezequiel 40 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Ezequiel 40
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


EZEQUIEL 40 – A visão escatológica deste capítulo revela uma narrativa simbólica que transcende a história judaica antiga, apontando para eventos e significados espirituais ao longo da história da igreja cristã.

A libertação e reavivamento dos capítulos anteriores resultaram no Templo restaurado; suas medidas, portões e câmaras são detalhes simbolizando a restauração espiritual do povo de Deus. Os portões mencionados indicam oportunidades de entrada na comunhão com Deus. As medidas específicas do Templo sugerem a precisão e a perfeição do plano divino para a redenção da humanidade.

Assim, Ezequiel 40 lembra-nos que, mesmo em meio às provações e decadência espiritual, Deus continua trabalhando para restaurar e renovar Seu povo, conduzindo-o à comunhão mais profunda e uma vida de plena santidade.

Considerando Ezequiel 40 em paralelo com Apocalipse, Mateus Felipe Cordeiro Caetano Pinto salienta que “Ezequiel é colocado em um alto monte, onde ele vê uma cidade (v. 2; cf. Ap 21:10). Surge a figura de um homem, com a aparência como de bronze, e este homem tem uma cana medidora (v. 3; cf. Ap 21:15). O anjo passa então a medir a estrutura do templo e a especificar cada detalhe. Assim como o templo que Ezequiel vê, a Nova Jerusalém é descrita como quadrangular (Ap 21:16). O próprio João faz uma comparação entre a Nova Jerusalém e o tabernáculo: ‘Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles’ (Ap 21:3b)”.

Desta perspectiva apocalíptica, podemos extrair as seguintes aplicações:

• O paralelo entre Ezequiel 40 e Apocalipse 21 nos fala da esperança da Nova Jerusalém, onde Deus habitará com Seu povo. Essa esperança nos sustenta durante os momentos difíceis, lembrando-nos de que um dia estaremos na presença de Deus para sempre – sem obstáculos – livres de toda dor e sofrimento.
• Ezequiel 40 nos mostra que, apesar das dificuldades e da decadência espiritual que podemos enfrentar, Deus está sempre comprometido em restaurar e renovar Seu povo. Isso nos traz uma mensagem de esperança profunda, especialmente quando enfrentamos desafios pessoais, crises de fé ou momentos de desânimo.
• Assim como o Templo restaurado simboliza a restauração espiritual, podemos confiar que mesmo nos momentos mais sombrios, Deus está trabalhando para nos restaurar espiritualmente.

Portanto, temos razões para reavivarmo-nos! – Heber Toth Armí.

#rpsp #ebiblico #palavraeficaz
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sexta-feira, 3 de maio de 2024

Ezequiel 39 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Ezequiel 39
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


EZEQUIEL 39 – A complexidade e a profundidade de Ezequiel 38 e 39 oferecem uma oportunidade para reflexão teológica sobre a relação entre os eventos históricos, as profecias bíblicas e a soberania divina, desafiando os leitores a manter uma postura de vigilância espiritual e confiança na providência de Deus em meio às incertezas sociais.

Aqui somos apresentados a um cenário de intriga profética e drama cósmico, onde as forças do mal se reúnem numa última tentativa desesperada de desafiar a soberania divina e destruir o povo de Deus. Este relato desafiador não apenas oferece uma visão intrigante do futuro, mas também nos convida a refletir sobre a interconexão entre eventos históricos, profecias bíblicas e soberania de Deus, especialmente em tempos de incerteza.

“Os Cap. 38-39 de Ezequiel apresentam o único evento que poderia atrapalhar [a restauração do povo de Deus]. Depois de ter sido reunido, restaurado e de servir novamente a Deus e seguir os Seus caminhos, uma última perturbação aparece para tentar destruir o povo de Israel. Gogue, da terra de Magogque, reúne nações de todo o mundo para invadir, saquear e destruir a Nova Cidade em que habitará o povo de Deus. Ezequiel 38 descreve essa coalizão, e o capítulo 39 foca-se no juízo de Deus contra estas nações e sua destruição final através de fogo e enxofre... este evento se conecta intertextualmente com Apocalipse 20:7-10”, analisa Mateus Felipe Cordeiro Caetano Pinto.

Ezequiel lembra-nos da importância da vigilância espiritual em face às ameaças contra o povo de Deus. Assim como os antigos israelitas foram desafiados a permanecer firmes em sua fé diante da iminente invasão, somos chamados a manter uma postura de vigilância espiritual em meio às incertezas e desafios do mundo contemporâneo.

A destruição final dos inimigos de Deus através do fogo e enxofre não apenas simboliza o juízo divino, mas também a vitória definitiva do bem sobre o mal e a soberania final de Deus sobre todas as coisas.

“Após o juízo, Ezequiel passa a ver o templo da Nova Cidade em que o povo de Deus habitará. Há vários paralelos relevantes entre este texto e Apocalipse 21” (Idem). Aguardamos uma Nova Era, Um Novo Tempo, uma Nova Cidade... A restauração realizada por Deus será completa!

Temos bons motivos para reavivarmo-nos! – Heber Toth Armí.

#rpsp #ebiblico #palavraeficaz
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