sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Atos 26 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Atos 26
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ATOS 26 – O discurso de Paulo aqui ensina que proclamar o evangelho aos soberanos requer respeito, coragem, uma mensagem centralizada em Cristo, e apelo à transformação pessoal.

Assim como Paulo desejou que Agripa e todos os presentes tornassem como ele (exceto pelas correntes), os cristãos são chamados a proclamar o evangelho com amor e ousadia, confiando no poder divino para alcançar até os líderes mais poderosos.

“O julgamento de Paulo em Cesareia lhe proporcionou a oportunidade de demonstrar sua inocência. No entanto, não traria o veredito final. Sentindo ser apenas uma peça num jogo de xadrez político nas mãos de procuradores corruptos e arbitrários, decidiu usar seus direitos romanos e solicitar que fosse enviado a Roma para ser julgado pelo imperador. Mais tarde, Festo e Agripa prontamente admitiram um ao outro que Paulo não havia feito nada para merecer a prisão, muito menos a morte, e que poderia ser liberto, caso não tivesse apelado a César (At 26:30-32). Com base nisso, o leitor descuidado poderia muito facilmente concluir que a decisão de Paulo foi um erro, como aquele que havia precipitado sua prisão em Jerusalém. Na verdade, ambos os dignatários se mostraram dispostos a reconhecer a inocência do prisioneiro somente após estarem convenientemente livres da responsabilidade de seu caso, bem como por terem evitado os problemas políticos que sua soltura ou condenação poderia ter causado. De qualquer forma, Paulo seria enviado a Roma onde teria a oportunidade de realizar seu sonho a tanto tempo acariciado (19:21; cf. Rm 1:13; 15:22-24, 28-28). Portanto, quer sua decisão tenha sido certa ou errada, o plano soberano de Deus não seria detido. Mais cedo ou mais tarde, indo ou não à Espanha, como um homem livre ou prisioneiro, por caminhos retos ou tortuosos, o apóstolo dos gentios ainda daria testemunho de Jesus no coração do Império (23:11). Certamente, Paulo não era perfeito, mas sua fé e seu comprometimento com a causa de Deus superavam suas fraquezas (20:24; cf. 2Co 4:7-10; Fl 3:12-16), e, no fim, é isso o que realmente importa” (Wilson Paroschi).

A firmeza de Paulo em testemunhar, mesmo em circunstâncias adversas, evidencia que o avanço do evangelho não depende de condições ideais, mas da disposição do cristão em confiar e agir conforme a direção divina.

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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