Reavivados
por Sua Palavra
Leitura
Bíblica - Jó 15
Elifaz vê as respostas de Jó como “ciência de vento” (v. 2).
Elas se chocam com a experiência de Elifaz, que baseia o seu conhecimento em
evidências da vida. Ele considera que a fala de Jó é “conversa inútil e sem
valor” (v. 3). Para Elifaz as respostas são encontradas dentro dos limites da existência e, portanto,
Jó está demonstrando desrespeito pela tradição (v. 4). Elifaz acredita que, se
você é bom, Deus lhe abençoa e se você é ruim, Deus lhe castiga. Como coisas
ruins aconteceram com Jó, ele deveria estar cheio de “culpa” e “astúcia” (v.
5).
De acordo com Elifaz, a valiosa tradição dos seres humanos
deve ser considerada (v. 7). Jó não é o “primeiro homem” nascido e nem foi
criado antes das colinas terem sido feitas. Assim, ele deve ouvir a maioria e não
achar que somente ele possui sabedoria (v. 8). A experiência comum a todos os
seres humanos pode explicar a situação de Jó (v. 9). Então Elifaz, acrescenta:”
o que você sabe que nós não sabemos?” Nosso conhecimento não é a experiência de
um só homem, mas “Temos do nosso lado homens de cabelos brancos, muito mais
velhos que o seu pai” (v. 10).
O que Elifaz não entende é que alguém que está ligado a Deus
e Seus planos está em contraste gritante com aquele que se limita apenas ao
pensamento terreno. Pensadores cristãos corretamente concluem que quando uma
pessoa se “liberta” da Bíblia o seu quadro de compreensão acerca da realidade
diminui. Jó pergunta aos seus três amigos, por que seus “olhos brilham”, quando
sentem que o apanharam com suas perguntas e respostas (v. 12).
Ninguém pode afirmar ser puro sobre a terra, diz Elifaz:
“ninguém nascido de mulher é justo” (V. 14). Mas Cristo era justo. Ele é a nossa
justiça. Esta experiência de receber a justiça de Cristo, experimentada por Jó,
Elifaz não consegue entender. Em certo sentido, Elifaz é um porta-voz de
Lúcifer, ao dizer que Deus não confia em ninguém – a mesma acusação de Lúcifer
contra Deus durante a rebelião no Céu (v. 15-16). Uma segunda acusação contra
Deus se segue: “E nem os céus são puros aos Seus olhos”. Esta alegação é
contrária a Gênesis 1-2 e está mais próxima de Gênesis 3 e da serpente. Elifaz
fala a Jó baseado na tradição (v. 17 – 19). Na contramão do sucesso está o
homem mau (o que inclui a Jó, é claro). “Todos os dias de um homem perverso
estão cheios de dor e luto” (v. 20). “Só ouve ruídos aterrorizantes; quando se
sente em paz, ladrões o atacam” (v. 21). Os ímpios estão destinados à espada e
não têm pão (vv. 22-23). A visão de Elifaz sobre o envolvimento de Deus com
este mundo é de punição. Deus envia o sofrimento e a angústia para assustar os
maus.
Como um guerreiro, o homem quer resistir a Deus e acrescenta
ao peso do seu pecado um estilo de vida descuidado (vv. 25-27). Cidades serão
destruídas e se tornarão ruínas. Ele não ficará rico, mas ainda assim ele não
se afastará da escuridão. Os ímpios sofrerão e perderão tudo. E isso, de acordo
com Elifaz, inclui a Jó (vv. 30-33).
Querido Deus,
Ajude-nos a não depositarmos a nossa confiança apenas
naquilo que vemos ao nosso redor, mas no Alto, de onde vem toda a nossa ajuda.
Guarde-nos em segurança em Seu coração antes que dias de sofrimento surjam em
nosso caminho. Amém.
Koot van Wyk
Universidade Nacional Kyungpook
Sangju, Coreia do Sul
Trad GASQ/JDS
Leia na
Bíblia: http://www.bibliaonline.com.br/nvi/j%C3%B3/15
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