Reavivados
por Sua Palavra
Leitura
Bíblica - Jó 24
Comentários
do Pastor: Koot van Wyk
Jó deseja levar seus três amigos ao cerne da questão: este
mundo e seus eventos não durarão para sempre; os maus serão destruídos nos
últimos dias; não importa o sucesso que possam alcançar na vida. Resumidamente,
este é o tema do capítulo.
Jó começa o capítulo perguntando por que Deus não estabelece
períodos de julgamento e retribuição. Por que aqueles que conhecem e amam a
Deus não poderiam ver esses julgamentos em seus próprios dias? Por que eles
devem ver todo o sofrimento? (v. 1).
Então Jó identifica o ímpio, numa lista extensa e bem
detalhada: São eles quem remove fronteiras [grileiros] (v. 2); roubam os
rebanhos e os tomam para si (v. 2), levam o jumento do órfão (v. 3), tomam o
único boi da viúva em penhor (v. 3), fazem com que os pobres tenham de sair da
estrada e se esconder em busca de segurança (v. 4).
Jó, a seguir, descreve os efeitos da opressão realizada
pelos ímpios, através da geografia do sofrimento dos necessitados e oprimidos:
Nos lugares ermos como asnos selvagens à procura de pão (v. 5), no campo,
tentando, em vão, achar algo deixado quando da colheita nos campos e vinhas do
ímpio (v. 6); sem roupa e sem cobertores, sofrem pelo frio, não tendo onde se
abrigar (v. 7-8), tendo os seus próprios filhos arrancados de seu peito como
penhor (v. 9), e, para sobreviverem e por conta de suas dívidas com o perverso,
são forçados a, vestidos de andrajos, trabalhar pesado, carregando feixes de
cereais (v. 10), espremendo azeite e uvas, mas sofrendo de fome e sede (v 10,
11).
Jó se revolta com esta condição social de exploração e
sofrimento, relatando os gemidos e clamor dos feridos e oprimidos, desejando
que Deus interrompa logo esta situação, dando aos ímpios a sua paga (v. 12).
Moisés, o escritor, podia bem identificar-se com esta
acusação de Jó contra os ímpios e o sofrimento dos oprimidos, especialmente
quando ele, enquanto relata a história de Jó, se lembra de seus parentes,
amigos e demais hebreus tão oprimidos após a morte de José.
As más ações dos ímpios nos dias de sofrimento dos hebreus no
Egito eram as mesmas que aconteciam nos dias de Jó.
A vida dos ímpios não possui dimensão espiritual. Eles “são
inimigos da luz” e não reconhecem os caminhos de Deus (v. 13). Eles roubam,
assassinam em plena luz do dia, e matam os pobres (v. 14). O adúltero usa o
crepúsculo da noite para cobrir seus pecados (v. 15). Eles invadem casas (v.
16), e se escondem de dia porque nada tem a ver com a luz (v. 17).
Após descrever a atuação dos perversos (v 13-17), Jó
relembra a teoria do castigo imediato sustentada pelos seus amigos (v 18-21), e
diz que (v. 22-24), na realidade, as coisas não ocorrem desta maneira, pois
Deus permite que eles sejam “exaltados por breve tempo”, mas serão, ao final,
colhidos, como todos, pela morte, como são cortadas as pontas das espigas (v.
24)
Jó descreve a atuação dos ímpios, mas destaca que o poder
deles é passageiro, restritos a uma vida, deixando implícita a idéia de
julgamento e retribuição divinas posteriores. Ele termina sua exposição
desafiando seus amigos a desmenti-lo ou a mostrar a invalidade de seus
argumentos; se alguém acha que ele é um mentiroso, que prove que ele está
errado (v. 25).
Querido Deus,
Nós também vivemos nesse ambiente hostil cercado por todos
os tipos de maldade. Proteja-nos neste dia com a Sua graça sustentadora. Amém.
Koot van Wyk
Kyungpook National University
Sangju, Coreia do Sul
Trad/Adap GASQ/JAQ/JDS
Leia na
Bíblia: http://www.bibliaonline.com.br/acf/j%C3%B3/24
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