Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse
Leitura Bíblica – 1 Coríntios 7Comentário: Pr. Heber Toth Armí
I CORÍNTIOS 7 – A Igreja de Corinto estava inserida numa cidade cosmopolita, marcada por imoralidade sexual e pluralismo religioso. O templo de Afrodite, com suas práticas cultuais envolvendo prostituição, e a influência do estoicismo, que promovia o celibato como ideal de virtude, criaram tensões significativas na compreensão cristã do casamento e da pureza sexual. Surgiram dúvidas, tais como:
• Se o celibato era mais santo que o casamento.
• Como lidar com casamentos mistos (entre crentes e descrentes).
• A relação entre as realidades terrenas, como o casamento, e a iminência da volta de Jesus.
O casamento é uma instituição divina: Paulo reafirma o matrimônio como uma instituição honrada e necessária para evitar a imoralidade sexual (I Coríntios 7:1-3). O casamento é uma ordem estabelecida na criação (Gênesis 2:24). No entanto, Paulo não eleva o casamento acima da devoção espiritual, apontando que tanto casados quanto os solteiros podem servir a Deus em suas respectivas condições (I Coríntios 7:4-6).
O celibato como dom: Para Paulo, o celibato é um dom espiritual (I Coríntios 7:7-9). Ele não é uma imposição, é uma escolha legítima para aqueles que podem viver sem distrações no serviço a Deus. Enquanto o casamento é uma bênção (vs. 25-28), o celibato pode ser um chamado especial para dedicar-se exclusivamente ao Reino de Deus (vs. 36-40; Mateus 19:12).
A santidade do lar: A orientação de Paulo sobre casamentos mistos enfatiza que a presença de um crente no lar é uma fonte de santificação aos demais familiares (I Coríntios 7:10-16).
O evangelho e a prioridade do Reino de Deus: Paulo exorta seus leitores a viverem os benefícios do evangelho onde estão (I Coríntios 7:17-24), com senso de urgência – dado o contexto de que “a forma presente deste mundo está passando” (vs. 29-31). Assim, seja no casamento ou celibato, o foco deve estar em buscar primeiro o Reino de Deus (Mateus 6:33).
Num mundo que desvaloriza o casamento, Paulo defende o matrimônio como um pacto sagrado; não é uma instituição obsoleta. Sua abordagem equilibrada entre o celibato e o casamento oferece respostas tanto ao asceticismo, que despreza as alegrias da vida conjugal, quanto ao hedonismo, que glorifica os prazeres sem compromisso.
Esse texto convida-nos a viver com senso de missão, enquanto se navega pelas responsabilidades da vida presente! – Heber Toth Armí.
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