Reavivados
por Sua Palavra
Leitura
Bíblica - Atos 24
Comentários de Ron E. M. Clouzet
O comandante, Cláudio Lísias, ao ouvir do pacto de 40 judeus
para matar Paulo, tomou medidas para proteger seu prisioneiro, que era um
cidadão romano. Ele o mandou ao governador Félix, em Cesaréia. Félix havia
passado de escravo a governador com a ajuda de seu irmão, que era um dos
favoritos do imperador Nero. Félix era conhecido por seu comportamento
inescrupuloso e crueldade. Mas ele decidiu ouvir o caso de Paulo e convocou
seus acusadores de Jerusalém.
Os dois discursos feitos neste capítulo não poderiam ser
mais contrastantes. Tértulo, o astuto advogado que representava o Sinédrio,
disse uma mentira atrás da outra – algumas ousadas, outras sutis – misturadas
com bajulação ao governador. Paulo, em sua defesa, apresentou a pura verdade do
caso. Félix podia ver através de mentiras de Tértulo e decidiu que os judeus
não estavam colaborando em trazer luz para o julgamento. Ele interrompeu o
processo e disse que iria esperar por um relatório pessoal do comandante
Cláudio Lísias. Os judeus foram, então, forçados a sair.
Félix, um velho estrategista e mentiroso, ficou intrigado
com Paulo. Sua esposa Drusila era judia, filha de Herodes Agripa. Eles
decidiram ter um encontro privado com Paulo. Félix conhecia bem os ensinamentos
e estilo de vida dos judeus, mas ficou intrigado com essa “fé em Cristo Jesus”
(v.24). Paulo alegremente discorreu para o poderoso casal sobre a justiça de
Deus, comportamento adequado, e o julgamento final do homem diante de Deus.
A maldade cruel de Félix era bem conhecida foi, e poucos, se
houvessem, teriam ousado enfrentar o governador romano com a verdade. Mas Paulo
não tinha medo de homens e viu nisso uma oportunidade para apelar para que
Félix se reconciliasse com Deus. “Mostrou que esta vida é o tempo de preparo do
homem para a vida futura.” Então, Paulo apontou-lhes o “grande sacrifício pelo
pecado” e o fato de que Cristo tinha cumprido as exigências da lei (Atos dos
Apóstolos , pp. 424, 425).
Félix sentiu-se culpado. Ele estava com medo do julgamento
(v.25). Ele manteve Paulo sob custódia e ao longo dos próximos dois anos, falou
com Paulo várias vezes sobre estas questões, mas nunca se rendeu. Mais tarde
Félix foi chamado a prestar contas em
Roma por ter matado milhares de judeus e permitir saques das casas dos
ricos [em Cesaréia], e foi removido de seu posto. Ele deixou Paulo na prisão
para conseguir favorecer sua imagem com
os judeus, mas nunca mais ouviu uma mensagem de advertência para que se
arrependesse. Como é trágico é o fim de quem adia o arrependimento!
Ron E. M. Clouzet
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