sábado, 12 de março de 2022

Fugindo do Perigo

 A SÓS COM JESUS

12 de março

      Fugindo do Perigo

    O prudente vê o mal, e esconde-se; mas os simples passam adiante e sofrem a pena. Provérbios 22:3.

   Quando era missionário na Amazônia Peruana, aprendi a conviver com os perigos e as dificuldades de uma selva que não conhecia. Um desses perigos era a presença de cobras nos lugares mais inesperados. Com o tempo, acho que Deus me ajudou a desenvolver o estranho instinto de pressentir quando alguma serpente andava por perto. 

   Em certa ocasião me dirigia à aldeia de Zotami, por um estreito trilho em meio da mata quando subitamente senti o perigo. Fiquei completamente parado, em silêncio, observando qualquer detalhe em volta de mim. Em poucos segundos vi a cobra com a cabeça levantada, disposta a atacar. As cobras em geral não atacam, elas simplesmente se defendem quando alguém passa seu perímetro de proteção. Com frequência, somos nós que, sem perceber, entramos no território delas e aí elas atacam motivadas pela sobrevivência. 

   Aquela manhã, estava o indesejado bicho justamente à beira do trilho. Não tinha outro caminho a seguir. Entrar pelo mato era algo que não me animava a fazer nessas circunstâncias. Fiquei vários minutos esperando que ela fosse embora, mas ela não o fez. Depois de um tempo baixou a cabeça, mas ficou agachada à beira do caminho. 

   De repente uma idéia subiu à minha mente. Peguei o meu sapato e atirei para onde estava a cobra. Instantaneamente ela pulou sobre o sapato e depois desapareceu a toda pressa. 

   Com que sabedoria, Salomão faz um contraste entre o néscio e o prudente. Por que brincar com o perigo? O prudente vê o mal e se afasta. Se Adão e Eva tivessem feito isso, não teriam sido enganados. Deus os tinha advertido. O único lugar onde o inimigo seria capaz de enganá-los era perto da árvore da ciência do bem e do mal. “Fiquem longe dela”, disse o Senhor, mas eles pensaram: “Que mal tem?” e brincaram com o perigo. 

   Conheço jovens que arruinaram suas vidas por brincar com o mal. “Que mal tem um cigarro, só por curiosidade?” “Como saberei que a droga faz mal se não a experimentar?” “Por que o sexo antes do casamento está errado, se o amor é maravilhoso?”, perguntam e justificam suas atitudes se aproximando do mal. “Passam adiante”, diz Salomão. Só que o tempo é o juiz implacável e dá seu veredicto: “viciado”, “acabado”, “condenado”, “perdido”. Que Deus nos ajude a ser inteligentes e a evitar o mal.

MINISTÉRIO  BULLÓN

MEDITAÇÃO DIÁRIA

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