Projeto Reavivados por Sua Palavra- Juízes 11
Leia ou ouça o capítulo de hoje: http://www.bibliaonline.com.br/acf/jz/10
Texto de hoje do blog da Bíblia:
Nossa primeira impressão de Jefté, o gileadita não é
positiva. Ele é filho ilegítimo de uma prostituta, um proscrito com uma história
familiar conturbada e o líder de uma gangue de "homens sem valor." No
entanto, este indivíduo aparentemente indigno tornou-se juiz de Israel por seis
anos (12:7), mas antes ele precisaria aprender algumas lições difíceis ao longo
do caminho.
Ao contrário de juízes anteriores, não houve uma chamada
divina de Jefté à liderança. Seu domínio sobre os gileaditas veio como
resultado da negociação junto aos anciãos de Gileade (11:8-10). Apesar disso,
no entanto, não há dúvida de que Deus está guiando os eventos nos bastidores. O
Senhor capacita Jefté para lutar contra os inimigos de Israel (11:29) e entrega
os amonitas em suas mãos (11:32). As livramentos do Senhor favorecem Israel
(11:27), mas não favorecem Jefté.
História de Jefté poderia muito bem ter terminado aqui, sem
o infeliz voto que ele fez. Mesmo estando claro que Deus o havia ajudado a
combater os amonitas, Jefté sentiu que poderia barganhar com Deus da mesma
maneira que ele fez com os anciãos de Gileade. Imediatamente nós nos chocamos com
a total falta de entendimento do sistema de sacrifício por parte de Jefté. A
Lei de Moisés claramente especificava que tipos de ofertas eram aceitáveis.
Jefté não tinha permissão para sacrificar a quem primeiro saísse das portas de
sua casa (11:31). No entanto, ele acredita que Deus pode ser subornado por
holocaustos. Este voto desnecessário traria muita tristeza a Jefté e a sua
filha única.
A narrativa não é clara sobre o que aconteceu com a filha de
Jefté. O voto está redigido de tal forma a dar a impressão de que Jefté se
referia a um sacrifício físico. Mas a Bíblia não diz que ela foi sacrificada.
Em vez disso, nos é dito simplesmente que ela cumpriu a promessa de seu pai e
não conheceu homem (11:39). Ela lamenta a sua virgindade ao longo da vida (11:37),
e está obviamente preocupada que seu pai a sacrificasse. Desde que sacrifícios
humanos foram condenado pela Torá (Dt 18:10), a filha de Jefté deveria viver a
vida solitária de um nazireu (Nm 6).
A experiência de Jefté é uma lição bíblica sobre como
devemos ser cuidadosos com o que dizemos. É também um aviso sobre negociar com
Deus, como se o Todo-Poderoso fosse uma divindade pagã, que pode ser
manipulado. Muitas vezes nos encontramos dizendo: "Senhor, se você fizer
isso por mim, então eu vou ser um cristão melhor." Não há nada que o
Senhor queira mais de nós do que a nossa entrega incondicional a Ele.
Deus anseia para regar as nossas vidas com bênçãos, mas
devemos estar dispostos a submeter-nos à Sua vontade em vez de tentar
manipulá-lo com a promessa de boas ações.
Justo Morales
Universidade Adventista do Sul
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