Moisés na transfiguração
Por Alberto R. Timm
Deuteronômio
34:7 nos diz que Moisés morreu, e Lucas 9:30 e 31 sugere que sua morte haveria
de se cumprir em Jerusalém. Como harmonizar essas duas declarações?
Deuteronômio 34:5-7 afirma explicitamente que Moisés morreu
com “a idade de cento e vinte anos” (a.C. 1405), e que o Senhor “o sepultou num
vale, na terra de Moabe, defronte de Bete-Peor”.
Lucas 9:30 e 31, por sua vez,
declara que o diálogo da transfiguração foi sobre a futura morte de Cristo em
Jerusalém (ver Lc 10:31-33), e não a respeito de outra morte de Moisés.
O aparecimento de Elias e Moisés no evento da transfiguração
foi genuíno e possível pelos fatos (1) de Elias haver sido trasladado vivo ao
Céu, sem provar a morte (II Rs 2:9-12), e (2) de Moisés haver sido previamente
ressuscitado dos mortos e levado para o Céu, como sugere a declaração de que
certa ocasião o arcanjo Miguel disputou com o diabo a posse “do corpo de
Moisés” (Jd 9).
Qualquer tentativa de justificar a teoria espírita da
reencarnação, com base no relato da transfiguração, está em direta oposição ao
claro ensinamento bíblico de que “aos homens está ordenado morrerem uma só vez
vindo depois disso o juízo” (Hb 9:27).
As Escrituras não reconhecem como
autênticas quaisquer comunicações com mortos que não foram previamente
ressuscitados de forma corpórea e literal. Manifestações espirituais de mortos
não ressuscitados são identificadas como enganosas contrafações satânicas (ver I
Sm 28:1-25; Is 8:19 e 20; Ap 21:8).
Fonte: Sinais dos Tempos, outubro de 1997, p. 29
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