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quarta-feira, 3 de julho de 2024

Naum 2 - Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Naum 2

Comentário: Pr. Heber Toth Armí


NAUM 2 – Os profetas Naum e Jonas têm Nínive como tema central em seus livros e lidam com a relação de Deus com esta cidade pagã, imoral e perversa. Ambos anunciaram o juízo divino sobre Nínive devido à sua titânica iniquidade. No tempo de Jonas, os ninivitas se arrependeram; entretanto, no tempo de Naum, não há qualquer menção de confissão de pecados.

• Jonas enfatiza a possiblidade de misericórdia de Deus em resposta ao arrependimento humano; Naum enfatiza a justiça divina e a certeza do julgamento contra uma cidade que já havia retornado à maldade após uma fase de arrependimento.

• Jonas demonstra que Deus está incrivelmente disposto a perdoar aqueles que se arrependem sinceramente, enquanto Naum ilustra que o arrependimento superficial e temporário não impede o julgamento final de Deus contra o pecado persistente.

O arrependimento genuíno abre portas da misericórdia divina, mas se for meramente uma mudança temporária, o juízo é inevitável. Jonas exemplifica a mensagem de Amós 3:7, de que Deus não “faz coisa alguma sem revelar o Seu plano aos Seus servos, os profetas”; desta forma, Deus pretende oferecer salvação aos habitantes do mundo todo. Naum, complementando, anuncia o juízo iminente para aqueles que rejeitam o evangelho eterno (ver Apocalipse 14:6-12).

“O destruidor avança contra você, Nínive!... ‘Eu estou contra você’, declara o Senhor dos Exércitos” (Naum 2:1, 13). Do começo ao fim, Deus sentencia a capital de Assíria. Rodrigo Silva explica que “Naum escreveu na forma poética, utilizando imagens e simbolismo que o fazem próximo da literatura apocalíptica. Seu tom é marcadamente hostil contra Nínive, da qual ele descreve com maestria a futura destruição. O tema da ira divina choca-se com aquelas visões mais românticas da divindade que negam descrevê-lO como juiz e vingador. Porém, é importante reconhecer que, por trás da ira do Senhor em relação à Nínive, há uma profunda preocupação pelo sofrimento de vários povos que tinham sido conquistados, mortos, escravizados e aterrorizados por esse poder estrangeiro. Ou seja, o caráter irado de Deus justifica-se no sofrimento dos justos e opressão aos mais necessitados”.

Está claro: Deus está disposto a perdoar inclusive cidades ímpias como Nínive, caso se arrependam; no entanto, a paciência de Deus tem limites e Sua justiça prevalecerá contra a contínua maldade! Portanto, vamos reavivarmo-nos! – Heber Toth Armí.
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