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quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

Por Que Perdoar?

 MEDITAÇÃO A SÓS COM JESUS

28 de dezembro

      Por Que Perdoar?

    E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que lhe pagasse toda a dívida. Mateus 18:34.

   Existem pessoas que seriam incapazes de matar, roubar ou adulterar, mas tampouco são incapazes de perdoar. “Pastor”, perguntam-me, “que faço para poder perdoar? Eu quero, mas não posso."

   O versículo de hoje está dentro da parábola dos dois devedores. Havia um rei que tinha dois servos. Um deles lhe devia o equivalente a um milhão e duzentos mil dólares. Era uma quantia incalculável, mas o servo suplica: “Dá-me um pouco de tempo e te pagarei.” Como poderia um pobre trabalhador juntar essa quantia de dinheiro? Jesus exagerou a soma de propósito, para mostrar ao ser humano que a dívida com Deus não pode ser paga com os esforços do homem. Nossa única saída é confiar em Alguém que pagou a dívida por nós.

   À parábola mostra um servo perdoado que não cria no perdão recebido. O rei havia dito: “Está livre”, mas ele continuava pensando que devia pagar a dívida. Por isso saiu buscando as pessoas que lhe deviam algum dinheiro. Encontrou um servo seu, a quem havia emprestado 200 dólares e começou a afligi-lo e mandou aprisioná-lo para que lhe pagasse. Este servo perdoado não era um homem feliz. Vivia angustiado e desesperado. Não tinha paz, porque pensava que devia pagar o que devia.

   O resultado de toda a confusão interior era que vivia atormentando os outros, possuía uma personalidade desagradável. Pensava que ninguém o queria, vivia atormentado pelo complexo de inferioridade e não era feliz.

   A parábola termina com o versículo de hoje: “O senhor o entregou à prisão, até que pagasse toda a dívida”. Os verdugos aqui são símbolos dos próprios sentimentos de rancor, ódio e ressentimentos que atormentam o coração do homem que não aprendeu a perdoar.

   Conheci uma pessoa que havia sido disciplinada pela igreja, mas na opinião dela, havia sido vítima de uma injustiça, porque não era “culpada de nada”. Para vingar-se de seus disciplinadores, esta jovem abandonou a igreja, e se entregou a uma vida de promiscuidade. Não quis saber mais da igreja, nem de Jesus, nem de ninguém. Desceu até o mais profundo no pecado, mas não era feliz.

   Angustiava-se por dentro; o complexo de culpa a atormentava dia e noite, até que um dia tivemos a oportunidade de conversar: “Por que faz isto, se não é feliz?”, perguntei-lhe. “Eles me disciplinaram injustamente e agora quero dar-lhes motivo de verdade para que a disciplina se torne justa”, me respondeu.

   Não era feliz. As pessoas culpadas nem se recordavam mais dela e ela era a única que sofria, se moía, se fazia sangrar e estava morrendo pouco a pouco.

   Aquela manhã entendeu que não perdoava porque nunca havia entendido o perdão de Deus para ela. Correu a Jesus, sentiu a paz que somente Jesus pode oferecer e levantou-se para buscar a seus ofensores e dizer-lhes que os amava. O milagre havia acontecido. O tormento havia chegado a seu fim.

MINISTÉRIO  BULLÓN
MEDITAÇÃO DIÁRIA

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