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segunda-feira, 8 de agosto de 2022

Quando a Culpa Vem, o Que Fazer?

 A SÓS COM JESUS

8 de agosto

      Quando a Culpa Vem, o Que Fazer?

    Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova dentro de mim um espírito inabalável. Salmo 51:10.

   De repente, Davi acordou como de um terrível pesadelo e confrontou-se com a realidade. Ele, o rei de Israel, tinha mergulhado no sensualismo e acabara no homicídio. Apaixonou-se pela mulher de um comandante de seu exército, adulterou, e, quando soube que ela estava esperando um filho, enviou o comandante à guerra para ser morto. A história está na Bíblia. 

   Podia negar. Dizer que tudo era mentira, intriga da oposição. Dizer que ele nunca fizera nada daquilo. Podia queimar as provas, fazer as testemunhas desaparecerem. Mas o que faria com a consciência? Iria dizer que Deus não existe? Que a moral depende da cabeça de cada um? Que ninguém tem o direito de dizer o que a gente deve fazer? Muitos tentam fazer isso em nossos dias e só conseguem se perder nos labirintos de suas próprias argumentações. 

   Davi podia também tentar explicar. Dizer que tudo não passava de um mal-entendido. Que, na realidade, fora visto algumas vezes com a mulher de um comandante de seu exército, mas que só a estava aconselhando. 

   Ou podia dizer que mandou o comandante para a frente da batalha não para que fosse morto, mas porque era o melhor homem para a posição. Porém, o que faria com a verdade interior de seus propósitos reais? Argumentar consigo mesmo? Tentar se enganar? Repetir aquelas explicações diante de um espelho até acreditar em suas próprias mentiras? 

   Podia também racionalizar. Dizer, por exemplo, que um rei não pode se sujeitar às mesmas regras que o povo. Dizer que o que tinha feito não era tão grotesco como estavam pintando. Que, afinal de contas, todo mundo faz, não existem regras estabelecidas, e que, quando os dois concordam, não existe nada de errado. Mas o que faria com o vazio existencial que estava no seu coração? Ou com as intermináveis noites de insônia? Como calaria o grito desesperado do complexo de culpa que naturalmente toma conta das pessoas quando sabem que machucaram o coração de Deus? 

   Davi refugiou-se no deserto. Lá, de joelhos, reconheceu a miséria de sua vida. Aceitou a realidade de suas tendências naturais, a monstruosidade de seu pecado. Clamou pela misericórdia divina. Entendeu que seu grande pecado não consistia apenas em ter quebrantado princípios morais de conduta, mas em ter ferido o coração de um Deus de amor. Chorou como uma criança e então retornou para a cidade. 

   Esse foi o início de uma nova etapa em sua experiência. E talvez Dav! seja hoje uma inspiração para muita gente. Não que não tenha errado, mas porque errando soube encarar a situação, reconhecer seu erro, aceitar o perdão divino e levantar-se das cinzas.

MINISTÉRIO  BULLÓN

MEDITAÇÃO DIÁRIA

Pr. Alejandro Bullón

https://youtu.be/_Fd4t41AFV4

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