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quinta-feira, 21 de julho de 2022

A Busca

 A SÓS COM JESUS

21 de julho

      A Busca

    Nisto veio uma mulher samaritana tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-Me de beber. S. João 4:7. 

   Jesus sentou-Se perto de um poço. Era meio-dia e fazia muito calor. “Estava cansado da viagem”, diz a Bíblia. Cansado? Deus não Se cansa, Ele é todo-poderoso e eterno. Mas, na pessoa de Jesus, Deus Se fez homem. Era a única maneira de nos alcançar. Jesus não Se disfarçou de homem; tomou-Se humano. NEle Deus estava reconciliando consigo o homem. Com Sua divindade, Jesus podia tocar a mão do Deus eterno; com Sua humanidade, Ele podia tomar a frágil mão do homem. Ele é a ponte entre o Céu e a Terra, A cruz que se levantou no Calvário tocou o trono de Deus. 

   Lá estava Jesus esperando. Uma mulher apareceria a qualquer momento. Jesus sabia disso. Havia tempo que a esperava. Ele passou por aquela cidade porque tinha um encontro marcado. Era o encontro do desespero com a esperança, do vazio com a plenitude. Era o encontro entre a samaritana e Jesus. 

   Aquela mulher não tinha mais para onde ir. Sua vida era uma permanente busca. Carregava dentro de si um vazio que doía. Casara, tentando ser feliz, dera tudo errado. Tentou de novo e fracassou. Ela não desistia facilmente. Lutar era com ela mesmo. Tentou um terceiro, um quarto e um quinto casamentos. Mas o vazio não desaparecia do coração. Então parou de experimentar o matrimônio “legal” e tornou-se amante de um homem casado. 

   Por favor, não me diga que ela era má. Não pense que a luxúria a levava a colecionar maridos. Não. Era apenas uma pessoa solitária e desesperada. Sentia que faltava algo em sua vida e não sabia definir o que era. Tentava de tudo para ser feliz e nada dava certo. 

   Agora estava lá, buscando água como todos os dias. A água acabaria em poucas horas, depois teria que retornar ao poço. Sempre sozinha. Sempre buscando e caindo lentamente numa rotina angustiante. 

   Mas aquele dia foi diferente. E a diferença se chamava Jesus. Só Ele é capaz de quebrar a rotina da vida e dar-lhe um novo sentido. 

   — Dá-Me água — disse o Mestre. E a pobre mulher descobre que ela não era apenas solitária e vazia, mas também cheia de preconceitos. 

   — Como, sendo Tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou samaritana? 

   Vale lembrar que os judeus não se davam bem com os samaritanos. Pela primeira vez a samaritana estava diante de Alguém capaz de preencher o Vazio do seu coração, e o preconceito quase joga tudo no lixo. 

   Mas Jesus a aceita com seu preconceito. Com amor lhe abre os olhos. Mostra-lhe uma nova dimensão da vida. Diz-lhe que sem Ele a vida continuará sem do a rotina massacrante de sempre. “Quem beber desta água tomará a ter sede » disse, “mas aquele que beber da água que Eu lhe der nunca mais terá sede.” 

    Era pegar ou largar. Ela pegou e largou. Pegou o braço poderoso de Jesus e largou seus preconceitos. Nada custava tentar. Tentou e deu certo. 

   Aquela noite ela dormiu em paz. A busca tinha chegado ao fim. Agora tudo era maravilhoso. Mas ela tremeu quando lembrou que seu preconceito podia ter arruinado tudo.

MINISTÉRIO  BULLÓN

MEDITAÇÃO DIÁRIA

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