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quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Jó 31 Comentário

Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 
Leitura Bíblica : Jó 31
Comentário: Koot van Wyk

Jó quer tratar aqui de sua inocência. Ele tinha feito um “pacto” com os olhos, “de não olhar com cobiça para moças” (v. 1, NVI). Este texto é suficientemente claro em qualquer versão, dispensando qualquer pesquisa e análise adicional, mostrando que Jó não permitia que seus olhos se demorassem sobre o que lhe pudesse sugerir pensamentos que turbassem sua comunhão com Deus, mantendo seus desejos sob domínio do Espírito. Que porção, portanto, ele poderia esperar receber de Deus se alimentasse uma mente impura? (v. 2). Ele sabe que os ímpios só podem esperar a ruína (v. 3). E que Deus conhece os “caminhos” de sua vida, num testemunho de quem andava nos caminhos de Deus (v. 4).

A partir do versículo 5 em diante, quase quinze vezes, Jó usa uma fórmula que podemos descrever como: Se for encontrado nele algum mau comportamento, que se abata sobre ele uma maldição. Ele defende sua integridade e diz que as acusações de ser falso e enganador (como os amigos repetidamente acusavam Jó) (v. 5) não tinham fundamento e invoca ao próprio Deus que o avalie imparcialmente (pesasse com balança justa), atuando como testemunha em seu favor (v. 6).

Jó continua: Se o seu coração ceder aos seus desejos e persistir de fazer o mal (v. 7), que ele semeie e outro coma (v. 8); Se o seu coração for seduzido por uma mulher casada e ele cheg
ar a espreitar à porta do seu próximo (v. 9), que sua própria mulher se transforme em escrava e concubina de outros (v. 10).

No verso 11, Jó enfatiza que está plenamente consciente de que más ações precisam punição adequada, em especial à cobiça sexual, porque é “fogo que consome até à destruição” (v. 11 e 12).

Caso Jó desprezasse conscientemente o direito de seu servo e serva, criaturas e filhos de Deus como ele próprio, como poderia estar perante Deus, quando Ele se levantar (v. 13-15)?  Se Jó ignorou os pobres e necessitados, em especial a viúva, o órfão e o faminto, o que padece com frio, que seu braço, símbolo de sua capacidade de fazer algo, lhe seja arrancado (v. 16-22).

Jó fornece então o maior motivo de sua inocência: ele vivia sempre na consciência da presença de Deus, O amava e reverenciava, com temor (v. 23). Se Jó tivesse colocado acima de Deus suas riquezas (pois tinha muitas posses) ou qualquer outra coisa, incluindo o sol, lua e estrelas (que tanto fascinavam os povos antigos), ele sabe que mereceria a condenação (versos 24-28).

Jó ainda se declara inocente de ter se alegrado com a infelicidade e desgraça de seus inimigos, ou mesmo desejado intimamente este mal (v. 29-30); de ter recusado alimento ou abrigo ao estrangeiro e viajante (v. 31-32) ou cometido qualquer dos pecados que seus amigos falsamente lhe atribuíram. E afirma que nunca deixou de fazer o mal tão somente por temer a voz da multidão ou desprezo das famílias (v. 33 e 34) ou de ter se calado em defesa de uma causa justa.

Nos versos 35 a 37 Jó descreve o quanto almeja que alguém o ouça (v. 35). Moisés, o escritor do livro de Jó também era um profeta e não podemos deixar de relacionar o que disse com as cenas de juízo investigativo de Daniel 7. Ele viu, como Abraão (Jo 8:56), a Cristo como seu Advogado (Heb. 11:26).

Após isto, Jó volta às condições e maldições: se ele tivesse sido desonesto ao adquirir suas propriedades, que seu solo produza, espinhos ao invés de trigo e ervas daninhas em vez de cevada.

Estas foram as últimas palavras de lamento e auto defesa de Jó. Ele só voltará a falar após os discursos divinos, apresentando breves palavras de arrependimento (40:4,5; 42:2 a 6).

Querido Deus,
Abraão e Moisés já sabiam que necessitavam de um intercessor no Céu, Alguém que fosse um divino Príncipe da Paz, que tivesse acesso ao próprio Deus. Nós não queremos nada entre nós e nosso Advogado, Jesus Cristo. Nada mesmo. Amém.

Koot van Wyk
Kyungpook National University
Sangju, Coreia do Sul

#rpsp

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