Reavivados
por Sua Palavra
Comentários deNorman McNulty
Este capítulo começa com um apelo a todos os cristãos para
que apresentem seus corpos como sacrifício vivo. Paulo faz este apelo:
“Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis os vossos
corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto
racional” (v. 1). Este apelo é feito com base no entendimento do evangelho tal
como apresentado nos primeiros onze capítulos. Todos, judeus ou gentios,
precisam do evangelho e este evangelho pede um culto racional que é apresentar
o nosso corpo como um sacrifício vivo. Isto é semelhante ao pensamento exposto
em Rm 6:6-7 e Gl 2:20, que devemos ser crucificados com Cristo. Quando
apresentamos os nossos corpos como sacrifício vivo para Cristo e nos
transformamos pela renovação das nossas mentes, já não nos conformamos com este
mundo. Esta experiência é muito apreciada por Deus.
Em seguida, Paulo admoesta os crentes cristãos, que agora
possuem uma mente renovada, a não pensar em si mesmos mais do que deveriam. A
razão é que no corpo de Cristo existem diferentes dons espirituais. Nem todos
têm os mesmos dons e, assim, enquanto um profetiza, outro recebe o dom do
ministério, ou ensino, ou exortação, ou benevolência, e outro, ainda, de
liderança (vs. 3-8). Um dom não é superior ao outro, mas todos são necessários
para a edificação do corpo de Cristo.
Nos versos restantes do capítulo, Paulo dá exemplos práticos
do poder do evangelho que será visto entre os crentes cristãos. O amor não será
pretensioso, ou hipócrita. Nós odiaremos o que é mau e nos apegaremos ao que é
bom. Nos afeiçoaremos com bondade aos outros com amor fraternal e daremos mais
importância aos outros, mais do que a nós mesmos. Não seremos preguiçosos em
nosso trabalho, mas fervorosos no espírito ao servirmos a Deus.
Regozijaremo-nos na esperança que Deus nos deu, seremos pacientes nas provações
e viveremos sempre em espírito de oração.
Faremos trabalho de benevolência, auxiliando financeiramente
aos necessitados e abençoaremos nossos inimigos, em vez de amaldiçoá-los. Tanto
quanto possível, viveremos em paz com todos os homens e alimentaremos nossos
inimigos quando estiverem com fome. E, assim, venceremos o mal com o bem.
Deixaremos que Deus decida como disciplinar os que nos fizeram mal, porque isso
Lhe pertence.
Deste modo, Paulo nos dá ilustrações muito claras e práticas
do poder do evangelho. Quando oferecemos os nossos corpos como sacrifício vivo
a Ele, nos tornamos altruístas e, pelo modo como nos relacionamos com crentes e
não crentes, exemplificamos o caráter de Jesus.
Norman McNulty
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/rom/12/
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