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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Atos 21 Comentários de Ron E. M. Clouzet

Reavivados por Sua Palavra
Leitura Bíblica  - Atos 21
Comentários  de  Ron E. M. Clouzet

A transformação de Paulo de um judeu zeloso que perseguia, torturava e matava os cristãos (Atos 22:4, 5) em um apóstolo amado é simplesmente incrível. Olhe para os muitos que foram impactados pelo ministério de Paulo. Quando Paulo e seus companheiros chegaram a Tiro, os membros locais o convidaram que ficasse com eles por uma semana. Quando chegou a hora de ir embora “todos os discípulos, com suas mulheres e filhos ” os acompanharam até a praia, onde todos  se ajoelharam e oraram juntos (vv.4, 5).

Então Paulo e seus companheiros chegaram a Cesareia, onde Ágabo profetizou que Paulo seria preso em Jerusalém. Ao ouvir isso, tanto os membros locais como os companheiros de Paulo tentaram persuadi-lo a não ir para lá (vv 8-13).

Estaria o Espírito Santo incentivando o apóstolo a ir a Jerusalém, ao mesmo tempo que o desencorajava de fazer isso? Uma leitura cuidadosa dos textos mostra que o Espírito Santo advertiu Paulo que “cadeias e tribulações” o aguardavam, mas não necessariamente dirigiu Paulo a Jerusalém. Foi o próprio Paulo quem desejou estar em Jerusalém, por ocasião da festa de Pentecostes (Atos 20:16). Ele estava ansioso para entregar as contribuições recolhidas nas igrejas dos gentios, em benefício das igrejas na Judeia que passavam necessidade.

Quando Paulo chegou a Jerusalém, quão diferente foi a sua recepção em comparação com a sua experiência no campo missionário. Ele se encontrou com Tiago, o equivalente ao presidente da Associação Geral naquele momento “e todos os anciãos” (v.18). Embora tenham dado glória a Deus pelo trabalho que Paulo fizera entre os gentios, ao longo dos últimos cinco anos, alguns desses líderes “não conheciam pessoalmente as circunstâncias e necessidades peculiares encontradas pelos missionários em campos distantes.” Eles achavam que tinham autoridade para “direcionar seus irmãos nesses campos” (Atos dos Apóstolos, p.400), mesmo depois de receber a generosa oferta destes gentios de tão longe. Os líderes em Jerusalém deram a entender que Paulo estava ensinando “todos os judeus que vivem entre os gentios a se afastarem de Moisés” e voltarem-se para Cristo (v.21 NVI). Então, eles propuseram a Paulo que participasse de um rito de purificação judaica no templo, para que todos pudessem ver  que Paulo não tinha virado as costas para as tradições judaicas.

Paulo concordou em fazer isto, o que se mostrou ter sido um grande erro. No último dia do festival, alguns dos “judeus da província da Ásia” (v 27), seus antigos inimigos, o viram e criaram um grande alvoroço. Eles arrastaram Paulo para fora do Templo e procuravam matá-lo (vv 30, 31). Paulo foi preso pelos romanos e sua tentativa de apaziguar os judeus “só precipitou a crise, apressando a predição de seus sofrimentos, privando a igreja de um dos seus pilares mais fortes, e trazendo tristeza ao coração dos cristãos em toda a terra” (Atos dos Apóstolos, p 405, 406).

Grandes homens de Deus também podem cometer erros. Mas, quando eles voltam seu coração a Deus, Ele usa esses erros para o bem do Seu trabalho. No final, Paulo acabaria em Roma.

Ron E. M. Clouzet

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