Reavivados
por Sua Palavra
Leitura
Bíblica - Mateus 22
Comentários de Stephen Bauer, Ph.D.
Mateus 22 inclui várias histórias dentro do tema do desafio
ao qual Jesus está sendo submetido pelos líderes religiosos. Quero focar,
entretanto, os versos 34-40. Como especialista em ética, me é muito
interessante esta história do doutor da lei pedindo a Jesus que identifique o
“maior mandamento da lei”. Por que fazer tal pergunta?
Quando o doutor (ou: intérprete, ARA; perito, NVI) da
lei se refere à “lei”, ele quase
certamente estava se referindo à Torá, os cinco livros de Moisés. Na época de
Cristo, os rabinos já há muito tempo haviam contado os mandamentos da Torá e
haviam encontrado 613 deles (incluindo
os 10 mandamentos). Observar estas 613 leis havia se tornado o ponto focal para
recuperar a bênção de Deus e evitar outro cativeiro como o babilônico. Esta
questão, que envolvia forte vigilância interna e externa, no entanto, levava a
um problema.
Se a pessoa não fosse um “doutor da lei” (ou seja, um
estudioso da Bíblia), como poderia este inexperiente “homem comum” se lembrar
de todos os 613 mandamentos? Seria um grande desafio para a grande maioria das
pessoas manter o controle sobre mais de 600 regras. Mesmo que tivesse uma lista
escrita, a pessoa média certamente esqueceria algumas. Assim, a pergunta lógica
seria: que mandamento, ou mandamentos, seria o maior, o mais crítico e
importante, que uma pessoa deveria ter cuidado para não esquecer? Os advogados
estavam aparentemente debatendo este problema entre si. A pergunta feita a
Jesus sugere que, a fim de ajudar as pessoas a resolver esta questão, os
peritos da lei classificaram os mandamentos, alguns como mais importantes e
outros como menos importantes, ou descartáveis. Assim, se a pessoa perdesse o
controle de todos os 613 mandamentos, seria melhor esquecer um dos menores
mandamentos, não um dos maiores.
Jesus responde apresentando uma visão holística e
indivisível dos mandamentos de Deus, que contrastava radicalmente do senso
comum. Há, de fato, apenas duas ideias centrais em todos estes mandamentos:
Amar a Deus acima de tudo e amar o próximo. Todo o resto deriva destes dois.
Portanto, o homem comum não precisa lembrar de 613 mandamentos. Ele só precisa
de dois e com o pensamento santificado, ele pode descobrir as suas várias
aplicações.
Podemos cair na tentação de organizar os mandamentos de Deus
como mais ou menos importantes e assim não nos sentirmos responsáveis em certas
situações.
Que, em lugar de procurar exceções às nossas responsabilidades
ou inventarmos novas categorias de regulamentos para nós mesmos e para os
outros, possamos descobrir o poder dos dois grandes mandamentos.
Stephen Bauer, Ph.D.
Professor de Teologia e Ética
Universidade Adventista do Sul
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/mat/22/
http://www.palavraeficaz.com/
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