Reavivados
por Sua Palavra
Leitura
Bíblica - Mateus 21
Comentários de Stephen Bauer, Ph.D.
Este capítulo nos leva aos acontecimentos finais da vida de
Jesus, pouco antes de Seu julgamento e crucificação. O capítulo se inicia com a
entrada triunfal em Jerusalém e introduz um tema que nos leva a Mateus 22:14:
“Porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos.” (ARA). Na entrada
triunfal, Jesus publicamente se identifica como o Rei messiânico de Zacarias
9:9. As pessoas se animam e há uma grande profissão pública de amor e apoio,
por parte do público em geral. Em seguida, Jesus entra no templo como Rei
messiânico e assume o controle. Ele expulsa os cambistas e se congratula com os
cegos e coxos, a quem Ele então cura. Ele permite que as crianças gritem
hosanas de louvor.
Tais ações continuariam a exaltá-Lo junto ao povo, mas os
sacerdotes e escribas não gostaram do rompimento da “ordem” que tinham
estabelecido, bem como se irritaram por Jesus ter expulsado os cambistas que
lhes traziam altos lucros.
Em seguida, Jesus deixa o Templo a caminho de Betânia e
passa por uma figueira. Suas folhas vistosas proclamam que ela deveria ter
frutos, mas a árvore era estéril. Isso equivale a alguém que faz uma profissão
vistosa de amor e apoio a Cristo, mas que se revela sem fruto. Exatamente igual
aos que receberam triunfalmente a Jesus e, menos de uma semana depois, pediram
a Sua crucificação. Deus não está à procura de vistosas demonstrações públicas
de apreço, mas busca pelos tranquilos frutos de piedade na vida pessoal.
Jesus ressalta a importância do “fruto verdadeiro” em
contraste com o discurso dos líderes religiosos, quando eles desafiavam a Sua
autoridade em assumir o controle do Templo. Ele ilustra isso apresentando a
parábola de um filho que proclama a sua vontade de realizar um trabalho
ordenado por seu pai, mas que não o realiza. Como a figueira vazia, ele produz
palavras, mas nenhuma ação significativa. Por contraste, o outro filho deste
homem parece inicialmente rebelde, recusando-se a ir, mas depois se arrepende e
produz resultados práticos. Ele não faz grandes demonstrações públicas, mas, na
verdade, cumpre a vontade do pai.
A esta parábola se seguem mais duas em que palavras e ação
são contrastadas. Primeiro, temos a vinha arrendada, aonde os arrendatários
inicialmente professam lealdade para com o proprietário, mas depois maltratam
os servos do proprietário e matam Seu filho. Este capítulo termina com a
parábola do banquete de casamento. Jesus conta uma história em que pessoas
comuns são convidadas a uma festa de casamento em lugar dos aristocratas que se
recusaram a ir. No entanto, uma das pessoas do povo se recusa a colocar a roupa
de casamento que foi concedida de graça.
A lição é clara: o elogio público vistoso a Deus não tem
sentido sem uma prática que o acompanhe. Uma árvore que produz mais folhas
vistosas que frutos não é uma árvore completa. Se estamos produzindo mais
elegantes demonstrações públicas de culto do que frutos piedosos, isto é um
sinal que nossa vida espiritual é deficiente. Somente nos ligando a Deus, a
Videira verdadeira, pela Sua graça, é que produziremos frutos de justiça que
agradam ao nosso Criador e pregam de Sua atuação em nossas vidas.
Stephen Bauer, Ph.D.
Professor de Teologia e Ética
Universidade Adventista do Sul
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/mat/21/
http://www.palavraeficaz.com/
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