Deus usa ilustrações para o Seu ensino e em todas elas Ezequiel
toma parte
1-Ezequiel deveria arrumar um tijolo e gravar a cidade de
Jerusalém nele. Ao redor do tijolo, o profeta devia colocar cerco e
fortificação, como se estivesse fazendo isto ao redor de Jerusalém. Além das
fortificações ao redor do tijolo, o profeta colocaria uma frigideira de ferro
ao redor, ilustrando Jerusalém.
O profeta Ezequiel deitaria do lado esquerdo e
o número de dias que ficasse naquela posição seria o número de dias da
iniquidade de Israel, ou seja, 390 dias (A LXX diz 190 dias).
Da mesma forma o profeta
devia se virar do outro lado e ficar por 40 dias; cada dia representaria um
ano. O profeta devia olhar para o cerco de Jerusalém com o braço descoberto.
Para que o profeta cumprisse a ordem de ficar de um só lado por tantos dias,
Deus o amarrou com cordas. Para cumprirmos certas ordens Deus tem que nos
amarrar (v.1-8).
2.Todo o tempo que o profeta ficar deitado de um lado ele
deve também se alimentar do pão que fizer de cevada, favas, lentilhas, milho
miúdo e espelta (trigo vermelho). Não podemos fazer a obra de Deus sem
alimentação, tanto a física quanto a espiritual.
A comida de Ezequiel seria
racionada a vinte siclos por dia, ou seja, 260 gramas, e devia comer algumas
vezes ao dia. Em nossos dias corresponde a cinco pãezinhos. A água também seria
racionada para o profeta. Durante o dia ele teria o direito de beber a sexta
parte de um him. A palavra “hïn” significa “um pote” que era igual a um sexto
de um “bato”, um pote de 22 litros. Portanto, a sexta parte de 22 litros é
igual a 3,6 lt e a sexta parte disso é 600 ml. Corresponde a 3 copos de 200 ml
de água.
Com os ingredientes o profeta devia assar um bolo em cima de
excremento humano. Embora repugnante e nada saudável, isto mostrava as
condições do povo no cativeiro: comida racionada e repugnante. Com essas
ilustrações podemos facilmente perceber um pouco a situação dos filhos de
Israel.
A desobediência faz com que o homem prefira as coisas mais irracionais.
Lembre-se do filho pródigo que desejava comer das bolotas que eram dadas aos
porcos. Não era nada fácil para o profeta Ezequiel que se manteve limpo em não
comer carne de animal morto por si mesmo ou morto por predação de outro animal
e nem mesmo colocou coisa imunda em sua boca.
Deus fez uma concessão para o profeta e deixou que ele assasse o bolo sobre
esterco de gado. Assim como o profeta Ezequiel ficou espantado com o
racionamento e a repugnância da maneira como preparar o alimento, o povo de
Israel teria a mesma sensação por causa da desobediência a Deus (v.9-17).
Pércio Coutinho Pereira
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