Reavivados
por Sua Palavra
Leitura
Bíblica - Jeremias 38
Lançado no poço
Comentários de Koot van Wyk
Neste capítulo, vemos os últimos apelos de Jeremias aos
líderes e ao último rei de Judá, Zedequias, no 11º ano do seu governo,
imediatamente antes da queda de Jerusalém perante os babilônios (Jer 39).
Alguns príncipes (v. 1) ouviram Jeremias transmitir a
mensagem do Senhor a todo o povo que o visitava no pátio da guarda: “Aquele que
permanecer nesta cidade morrerá …; mas aquele que se render aos babilônios
…viverá.” (v. 2 NVI). Sendo esta mensagem contrária aos interesses destes
líderes (para que mantivessem suas posições de destaque) e céticos com relação
à Palavra de Deus pregada por Jeremias, pediram ao rei que o condenasse à morte
(v. 4) como se ele fosse o inimigo público número um, por enfraquecer os ânimos
do povo para a guerra.
Zedequias adotou a abordagem de Pôncio Pilatos e deixou que
esses líderes decidissem o destino do profeta (v. 5). Jeremias foi, então,
lançado por eles no poço sem água existente no pátio da prisão para ali morrer
de fome. O poço tinha muita lama no fundo e Jeremias afundou nela (v. 6). Foi aqui, provavelmente, que nasceu
Lamentações 3: “Cercou-me de muros, e não posso escapar; atou-me a pesadas
correntes.” (Lam 3:7).
O Senhor, entretanto, não permitiu que Seu profeta ficasse
naquela situação e moveu o coração de um compassivo oficial etíope (negro),
chamado Ebede-Meleque (“Escravo do rei”, em hebraico), que, junto à porta de
Benjamim contou ao rei do perigo pelo qual passava o profeta (v. 7, 8. Ver Jer.
37:13). O rei, temeroso de ser responsável pela morte de um profeta de Deus,
voltou atrás e ordenou que o oficial etíope levasse consigo três homens (NVI)
sob seu comando e libertasse Jeremias do poço, o que foi feito cuidadosamente
utilizando cordas e trapos velhos colocados debaixo dos braços do profeta.
A pedido do rei, Jeremias se encontrou com Zedequias na
terceira entrada do templo (provavelmente uma entrada particular do palácio
para o templo). O rei, então, lhe perguntou se havia alguma palavra do Senhor
para ele (v. 14) e secretamente jurou que não o mataria qualquer que fosse a mensagem
(v. 15, 16). O rei demonstra aqui a sua fraqueza: apesar de acreditar que
Jeremias tinha realmente a Palavra de Deus, teve medo de enfrentar abertamente
a vontade e influência dos príncipes. Ele, os líderes e toda Jerusalém sofreram
terrivelmente por esta hesitação.
Jeremias, então, repetiu a mesma mensagem que pregara ao
povo e aos príncipes: resistir significaria condenação. Esta foi a última
pregação de Jeremias a Zedequias. O rei temeu mais aos homens, líderes e
desertores, que a Deus e Deus o entregou e ao povo ao único amargo remédio a
que sua rebeldia os levara: o cativeiro babilônico.
O rei tomou providências para que Jeremias ficasse fora do
alcance das mãos dos que queriam matá-lo, desde que mantivesse silêncio quanto
a suas últimas advertências (v. 24, 25). O profeta ficou no pátio da casa da
guarda, até o dia em que Jerusalém foi capturada (v. 28).
Que triste destino de um rei e de um povo que não deram
crédito às solenes advertências de Deus! Estamos nós, hoje, atentos à voz da
Palavra de Deus, através do Espírito Santo, corrigindo nosso caminho e
cultivando a comunhão com Deus?
“Querido Deus, quando a Sua Palavra causar um impacto em
nós, ajuda-nos a agir de acordo com Suas exigências e não tentarmos modificar
ou negar o papel contemporâneo da Sua Palavra para nossas vidas. Amém.”
Koot van Wyk
Coreia do Sul
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/jer/38/
Nenhum comentário:
Postar um comentário