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domingo, 17 de novembro de 2013

RPSP- Salmos 102

Reavivados por Sua Palavra 
Leitura Bíblica  - Salmos 102
Comentários: R. Lynn Sauls
Arrependimento e esperança

Este é um dos Salmos mais tristes. É uma oração de alguém que está passando por grandes aflições. Suas queixas são seguidas por palavras de consolo. O Salmo pode ser lido a partir de pelo menos dois pontos de vista:

1) Um jovem exilado na terra do cativeiro reclama de sua dor, tristeza, solidão, perseguição, doença e medo de morrer na juventude, antes de retornar à sua terra natal. Sua esperança é que a profecia da restauração esteja prestes a se cumprir: “Tu te levantarás e terás misericórdia de Sião, pois é hora de lhe mostrares compaixão; o tempo certo é chegado” (v. 13, NVI). No fim da sua oração, ele expressa a confiança no amor eterno de Deus ao lidar com seus filhos.

2 ) O Salmo 102 pode ser considerado um Salmo Messiânico. Pode ser lido como um diálogo entre Jesus e seu pai. O Salmo começa com Jesus expressando suas queixas: “pareço um pássaro solitário no telhado. Os meus inimigos zombam de mim o tempo todo; os que me insultam usam o meu nome para lançar maldições” (v. 7-8, NVI). Ele fala da indignação de Deus contra Ele: “me rejeitaste e me expulsaste para longe de ti” (v. 10b, NVI).  A resposta e consolo do Pai podem ser vistos nos versos 12-22: “Tu, porém, Senhor, no trono reinarás para sempre; o teu nome será lembrado de geração em geração. Tu te levantarás e terás misericórdia de Sião, pois é hora de lhe mostrares compaixão; o tempo certo é chegado” (v. 12-13, NVI). Em uma condição enfraquecida, podemos antever a oração de Jesus no Getsêmani:”Ó meu Deus, não me leves no meio dos meus dias” (v. 22, NVI). A resposta do Pai, em parte citada em Hebreus 1:10-12, estabelece a divindade de Jesus:

“No princípio firmaste os fundamentos da terra, e os céus são obras das tuas mãos.

Eles perecerão, mas tu permanecerás; envelhecerão como vestimentas.

Como roupas tu os trocarás e serão jogados fora.

Mas tu permaneces o mesmo, e os teus dias jamais terão fim” (v. 25-27, NVI)

Neste salmo aprendemos também sobre a importância da comunicação autêntica, a qual envolve a expressão de sentimentos “negativos”.

Quando criança, frequentemente eu ouvia meus pais dizerem: “Pare de reclamar!”. Talvez por isso, eu não gostava da ideia de levar reclamações a Deus. Eu pensava que era desrespeitoso. Mas nos Salmos muitas reclamações são apresentadas a Deus. Não apenas relatando os problemas que vêm sobre nós, mas reclamando com Deus acerca de coisas que Ele havia feito ou deixado de fazer. Agora, sou grata pelas “reclamações” encontradas nos Salmos.

Quando estamos sobrecarregados, Deus prefere que levemos nossas queixas a Ele ao invés de guardarmos nossos sentimentos apenas para nós mesmos. Quando reclamamos de algo a Deus, reconhecemos que Ele existe. Mas não precisamos parar por aí. Podemos reconhecer o Seu poder, sabedoria, bondade, misericórdia, amor e cuidado por nós. Podemos encontrar alegria em louvá-Lo.

Neste Salmo, nós que estamos vivendo no século 21 podemos encontrar garantia de consolação celestial em tempos de angústia avassaladora. Leia-o vez após vez e seja sensibilizado pelo sofrimento de Jesus. Lembre-se que Ele superou todos os obstáculos e venceu pelo carinho e amor sempre constantes que tem por você.
R. Lynn Sauls
Estados Unidos

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