Reavivados
por Sua Palavra
Jó declara sua integridade- Leitura Bíblica - Jó 31
Jó quer tratar aqui de sua inocência. Ele tinha feito um
“pacto” com os olhos, “de não olhar com cobiça para moças” (v. 1, NVI). Este
texto é suficientemente claro em qualquer versão, dispensando qualquer pesquisa
e análise adicional, mostrando que Jó não permitia que seus olhos se demorassem
sobre o que lhe pudesse sugerir pensamentos que turbassem sua comunhão com
Deus, mantendo seus desejos sob domínio do Espírito. Que porção, portanto, ele
poderia esperar receber de Deus se alimentasse uma mente impura? (v. 2). Ele
sabe que os ímpios só podem esperar a ruína (v. 3). E que Deus conhece os
“caminhos” de sua vida, num testemunho de quem andava nos caminhos de Deus (v.
4).
A partir do versículo 5 em diante, quase quinze vezes, Jó
usa uma fórmula que podemos descrever como: Se for encontrado nele algum mau
comportamento, que se abata sobre ele uma maldição. Ele defende sua integridade
e diz que as acusações de ser falso e enganador (como os amigos repetidamente
acusavam Jó) (v. 5) não tinham fundamento e invoca ao próprio Deus que o avalie
imparcialmente (pesasse com balança justa), atuando como testemunha em seu
favor (v. 6).
Jó continua: Se o seu coração ceder aos seus desejos e
persistir de fazer o mal (v. 7), que ele semeie e outro coma (v. 8); Se o seu
coração for seduzido por uma mulher casada e ele chegar a espreitar à porta do
seu próximo (v. 9), que sua própria mulher se transforme em escrava e concubina
de outros (v. 10).
No verso 11, Jó enfatiza que está plenamente consciente de
que más ações precisam punição adequada, em especial à cobiça sexual, porque é
“fogo que consome até à destruição” (v. 11 e 12).
Caso Jó desprezasse conscientemente o direito de seu servo e
serva, criaturas e filhos de Deus como ele próprio, como poderia estar perante
Deus, quando Ele se levantar (v. 13-15)?
Se Jó ignorou os pobres e necessitados, em especial a viúva, o órfão e o
faminto, o que padece com frio, que seu braço, símbolo de sua capacidade de
fazer algo, lhe seja arrancado (v. 16-22).
Jó fornece então o maior motivo de sua inocência: ele vivia
sempre na consciência da presença de Deus, O amava e reverenciava, com temor
(v. 23). Se Jó tivesse colocado acima de Deus suas riquezas (pois tinha muitas
posses) ou qualquer outra coisa, incluindo o sol, lua e estrelas (que tanto
fascinavam os povos antigos), ele sabe que mereceria a condenação (versos
24-28).
Jó ainda se declara inocente de ter se alegrado com a
infelicidade e desgraça de seus inimigos, ou mesmo desejado intimamente este
mal (v. 29-30); de ter recusado alimento ou abrigo ao estrangeiro e viajante
(v. 31-32) ou cometido qualquer dos pecados que seus amigos falsamente lhe
atribuíram. E afirma que nunca deixou de fazer o mal tão somente por temer a
voz da multidão ou desprezo das famílias (v. 33 e 34) ou de ter se calado em
defesa de uma causa justa.
Nos versos 35 a 37 Jó descreve o quanto almeja que alguém o
ouça (v. 35). Moisés, o escritor do livro de Jó também era um profeta e não
podemos deixar de relacionar o que disse com as cenas de juízo investigativo de
Daniel 7. Ele viu, como Abraão (Jo 8:56), a Cristo como seu Advogado (Heb.
11:26).
Após isto, Jó volta às condições e maldições: se ele tivesse
sido desonesto ao adquirir suas propriedades, que seu solo produza, espinhos ao
invés de trigo e ervas daninhas em vez de cevada.
Estas foram as últimas palavras de lamento e auto defesa de
Jó. Ele só voltará a falar após os discursos divinos, apresentando breves
palavras de arrependimento (40:4,5; 42:2 a 6).
Koot van Wyk
Kyungpook National University
Sangju, Coreia do Sul
Trad/Adap JAQ/GASQ
Texto original em: http://revivedbyhisword.org/en/bible/job/31/
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