Este é o caminho que o Senhor seguiu – M. Lloyd-Jones
(1899-1981)
«Ah», dizemos, «a mesma coisa sempre, semana após semana».
Essa é a nossa atitude para com nossa vida, e. . . nos exaurimos. . . Se você
considera a vida cristã como uma tarefa monótona, está insultando a Deus.
Se eu e você chegamos a considerar qualquer aspecto da vida
cristã meramente como uma tarefa e um dever, e se temos que aguilhoar-nos a nós
mesmos e rilhar os dentes, a fim de prosseguirmos com ela, digo que estamos
insultando a Deus e que esquecemos a própria essência do cristianismo.
A vida cristã não é uma tarefa. Só a vida cristã merece o
nome de vida. Só ela é reta e santa e pura e boa. É a espécie de vida que o
próprio Filho de Deus viveu. É para ser como Deus .em Sua santidade. Aí está
por que devo vivê-la. Não é bem que eu tenha que resolver fazer um grande
esforço para levá-la adiante de qualquer jeito. . . Como é que entrei nesta
vida — esta vida da qual ando resmungando e me queixando, achando-a pesada e
difícil? . . . há somente uma resposta. . . é porque o unigênito Filho de Deus
deixou o Céu e veio à terra para a nossa salvação; despojou-se de todas as
insígnias da Sua glória eterna e se humilhou nascendo como um nenê e sendo
colocado numa simples manjedoura. Suportou por trinta e três anos a vida deste
mundo. Foi cuspido e ultrajado. Espinhos Lhe furaram a cabeça, e Ele foi
cravado numa cruz, para levar sobre Si o castigo do meu pecado. Assim foi que
cheguei à vida cristã.
. . . «Não vos canseis de fazer o bem». Meu amigo, se você
pensa na vida cristã. . . com este sentimento de repulsa, ou vendo-a como
cansativa tarefa ou obrigação, digo-lhe que volte ao princípio da sua vida,
retroceda os passos até àquela porta estreita pela qual você entrou. Olhe para
o mundo e para o seu mal e seu pecado, veja o inferno para o qual ele o estava
levando, e depois olhe para a frente e dê-se conta de que você está no meio da
mais gloriosa campanha na qual alguém já pôde entrar, e que você está
percorrendo a mais nobre estrada que o mundo já conheceu./ M. Lloyd-Jones/
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